Hotel da Covilhã / Hotel Solneve
| IPA.00027485 |
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso |
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Arquitectura comercial e turística, modernista. Hotel de planta rectangular simples, adulterado recentemente na fachada posterior, permitindo a sua ampliação, com criação de novos panos, janelas de sacada e ampliação em altura. Possui uma regularidade extrema nas demais fachadas, marcadas inferiormente por silharia fendida, dando um ar rústico, rasgada por vãos em arco de volta perfeita, tendo, no piso superior mezzanino; os pisos intermédios estão divididos em panos por frisos verticais em cantaria, havendo, no piso nobre, uma alternância de janelas de peitoril com janelas de sacada e, no superior, janelas de peitoril. Fachadas com embasamento alto, com cunhais em cantaria, firmados por amplos pináculos piramidais e rematadas em cornija e beirada simples, sustentadas por mísulas. |
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Número IPA Antigo: PT020503200244 |
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Registo visualizado 62 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Comercial e turístico Unidade hoteleira Hotel
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Descrição
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Planta rectangular irregular, ligeiramente curvilínea na fachada posterior, de volume único e cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de rosa, com o primeiro piso em cantaria de granito aparente, de silharia fendida, dando um ar rústico, com cunhais em cantaria, rematados por altos pináculos piramidais, evoluindo em três pisos e mezanino superior, em cantaria de granito, rasgado por janela rectangulares com moldura de cantaria ostentando os ângulo chanfrados e côncavos, prolongando-se inferiormente, formando avental, divididos pelas mísulas que sustentam os remates em friso de cantaria e beirada simples; na fachada principal possui onze vãos, na lateral esquerda quatro, surgindo um espaço cego com uma estrela relevada, e, na fachada lateral direita, uma janela, com dois espaço cegos, ostentando uma estrela relevada. Fachada principal, virada a S., rasgada por três arcos de volta perfeita, e oito rectilíneos, encimados por vão em arco de volta perfeita, que marca a sobreloja, protegidas por guardas em ferro fundido, correspondendo ao acesso ao hotel e a lojas. Os pisos superiores estão divididos em oito panos, por frisos de cantaria, cada um com um eixo de vãos, formando, no segundo piso, uma alternância de janelas de sacadas trapezoidais, em cantaria, com guardas em ferro fundido pintado de verde, para onde se abrem portas-janelas rectilíneas, com molduras simples em cantaria, com janelas de peitoril rectilíneas e molduras recortadas inferiormente, formando falsos aventais; no piso superior, onze janelas de peitoril, com molduras de cantaria, formando avental recortado. Fachada lateral esquerda, virada a O., com três vãos em arco de volta perfeita no piso inferior e duas montras rectilíneas nos extremos. Nos pisos superiores, divididos em cinco panos, surge, no primeiro, uma sacada corrida em cantaria de granito, assente em quatro mísulas do mesmo material e com guarda de ferro fundido pintada de verde, dividida por papagaios, surgindo, nos panos extremos, nichos de volta perfeita, com aro de cantaria; no piso imediato, três janelas de peitoril, rectilíneas e com molduras formando aventais, tendo, no pano do lado esquerdo, janela rectilínea jacente, com moldura simples, prolongando-se inferiormente, formando falsos brincos. Fachada lateral direita, virada a E., com o piso inferior marcado por três arcadas cegas, de volta perfeita, encimada por três vãos jacentes, com peitoris de ferro fundido pintado de verde, correspondentes às sobrelojas; os pisos superiores dividem-se em três panos, os exteriores cegos e o central com vãos em eixo, compondo duas janelas de peitoril, a inferior com moldura recortada inferiormente e a superior com avental. Fachada posterior bastante irregular, com panos escalonados, percorrida por embasamento de cantaria, tendo, no lado esquerdo, uma porta de verga recta, uma janela jacente, uma bífora, dividida por moldura convexa e uma janela jacente com peito ostentando guarda em ferro forjado; sucede-se um ressalto de ângulos convexos, com dois óculos circulares, surgindo, nos ângulos, duas janelas rectilíneas; sobre estes dois panos e extravasando para o terceiro, duas janelas de sacada, rebocadas e pintadas de rosa, assentes, lateralmente, em amplas mísulas, salientes na zona central e para onde abrem vãos rectilíneos. O pano imediato possui quatro arcadas de volta perfeita, uma delas correspondendo à entrada de uma loja de restauração, sobreposto por quatro janelas bíforas, separadas por coluna cilíndrica, encimadas por três janelas de varandim com guarda em ferro fundido pintado de verde, sucedendo-se dois pisos com cinco frestas rectilíneas com peito de cantaria e, no piso superior, três janelas jacentes simples. O pano do lado esquerdo, formando uma curvatura, evolui em sete pisos, o inferior marcado por respiradouros rectilíneos, protegidos por grades metálicas pintadas de verde, encimadas por três pisos com cinco frestas, a que se sucedem outros três com uma fresta, uma janela de peitoril e uma ampla janela de peitoril, todos com os peitoris em cantaria saliente. No extremo direito, mantêm-se um pano que pertenceria à primitiva fachada, com dois níveis de arcos de volta perfeita, duas janelas no "mezzanino", semelhantes às das demais fachadas, e, nos pisos intermédios, duas janelas de peitoril com moldura recortada, constituindo um falso avental, encimadas por duas outras com avental. INTERIOR com 46 quartos e 3 suites, restaurante, piscina interior aquecida, clube de saúde, instalações para deficientes, sala equipada com consola de jogos e mesas para jogos de tabuleiro. |
Acessos
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Rua Visconde da Coriscada; Largo Cinco de Outubro. WGS84: 40º16'51.10''N., 7º30'13.08''O. |
Protecção
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Incluído na Zona de Proteção da Igreja da Santa Casa da Misericórdia da Covilhã (v. PT020503200013) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado em zona de ligeiro declive, abrindo para uma ampla rua que liga à praça, a antiga Praça do Pelourinho, implantada no mesmo local onde se encontrava o primitivo edifício da Câmara, em zona de acentuado declive, surgindo como elemento destacado nesta via pública, fazendo a alternância entre a zona mais antiga do núcleo da Judiaria (v.PT020503200018) e a zona moderna, reconstruída em meados do séc. 20. Fronteiro, um amplo centro comercial e a Igreja da Santa Casa Misericórdia da Covilhã (v. PT020503200013), o edifício mais antigo da Praça, tendo, fronteiro o Teatro Cine da Covilhã (v. PT020503170072), a Câmara Municipal da Covilhã (v. PT020503170033) e o Edifício da Caixa Geral de Depósitos (v. PT020503200073), com uma classificação conjunta, criando a zona modernista da Praça. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comercial e turística: hotel |
Utilização Actual
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Comercial e turística: hotel |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Jorge de Almeida Segurado (1943). |
Cronologia
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1943 - construção do edifício conforme projeto de Jorge de Almeida Segurado para António Roque da Costa Cabral; 1942 - plano para a Praça do Município, circunscrita por vários edifícios concebidos após este período; 1999 - 2001 - arranjo da Praça do Município, conforme projecto de Nuno Teotónio Pereira e Paulo Guerra, no âmbito do Programa POLIS. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de granito e betão, rebocada e pintada; frisos, cornijas, mísulas, modinaturas, sacadas, revestimento do piso inferior, colunas, embasamento em cantaria de granito; guardas em ferro fundido; janelas com caixilharias de alumínio ou metálicas e vidro simples ou fosco; cobertura em telha. |
Bibliografia
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BRITES, Joana, "Um uníssono a quatro vozes: arquitectura(s) do Estado Novo na Praça do Município da Covilhã", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 126-133; FERNANDES, José Manuel - Arquitectos Segurado. Lisboa: José Manuel Fernandes / Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2011; MILHEIRO, Ana Vaz, "Por uma cidade amável. Espaços Públicos e Programa Polis na Covilhã", in Monumentos, n.º 29, Lisboa, Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, 2009, pp. 54-61. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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AMC: Livros de Actas (Liv. 55) |
Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: séc. 20, final - arranjo da estrutura; remodelação da fachada posterior, alteada e com construção de vários ressaltos; reboco e pintura; colocação de caixilharias de alumínio; arranjo das coberturas e limpeza das cantarias. |
Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Paula Figueiredo 2009 |
Actualização
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