Cemitério do Prado do Repouso

IPA.00027402
Portugal, Porto, Porto, Bonfim
 
Capela construída no séc. 19, em estilo neoclássico. Foi o primeiro cemitério público do Porto.
Número IPA Antigo: PT011312020480
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Funerário  Cemitério    

Descrição

CAPELA. Planta centrada, oitavada e com cúpula rematada por uma cruz

Acessos

Bonfim, Largo do Padre Baltasar Guedes; Rua de Joaquim António de Aguiar

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, Isolado, implantado em terreno plano, delimitado a E. essencialmente por edifícios industriais, a N. e O. por edifícios habitacionais com número variável de pisos e a S. pelo Edifício do Colégio dos Órfãos (v. PT011312020315).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: cemitério

Utilização Actual

Funerária: cemitério

Propriedade

Publica: Municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Luigi Chiari (capela), Joaquim da Costa Lima (1806-1864), Francisco Perry (1998); ESCULTORES: Soares dos Reis (busto do corregedor do Porto); Manuel Carvalho Figueira (monumento aos revoltosos de 31 de Janeiro); Zulmiro de Carvalho (monumento comemorativo do 150º aniversário); MESTRE DE OBRAS: José Francisco de Carvalho (1896); PINTOR: Joaquim Rafael (séc. 18/19), Júlio Costa (crucifixão da sacristia).

Cronologia

Séc. 16 - Os terrenos ocupados pelo cemitério, faziam parte da Quinta do Prado do Bispo*1, que pertencia ao Clero Portuense; tinha capela de invocação de S. Tomás, talvez por ter sido reformada pelo Bispo D. Tomás de Almeida, casas e dois moinhos junto ao prado; 1804 foi fundada por D. António de S. José e Castro, na Quinta do Prado, o Seminário Diocesano do Porto; inicia-se a construção da igreja de S. Victor (actual capela do cemitério); 1832 - 1834 - durante a Guerra Civil entre Liberais e Miguelistas, por iniciativa do Prelado D. João de Magalhães e Avelar, a foi abandonada e os edifícios incendiados durante o Cerco do Porto; 1835 - Regulamento proíbe enterramentos dentro de igrejas, valas colectivas e cemitérios particulares, passando os enterramentos para a jurisdição do Estado; 1839, 03 abril - apesar da invocação por parte do Bispo D. Manuel de Santa Inês, de não poder alienar a propriedade, nesta data a Câmara é autorizada a realizar as obras necessárias para adaptação de parte da Quinta do Prado, a cemitério, o espaço do inacabado seminário ficou para a Mitra; a inacabada igreja de São Victor, ficou nos terrenos destinados ao cemitério e passou a designar-se Capela do Cemitério do Prado do repouso; é benzida a primeira pedra pelo próprio Bispo D. Frei Manuel de Santa Inês; Dezembro - inauguração do Cemitério com a transladação dos restos mortais de Francisco de Almada Mendonça, provedor entre 1794 - 1804, da capela da Igreja privada da Misericórdia do Porto, para o novo cemitério; 1896, 10 dezembro - Pedido de licença para construção da capela do cemitério ocidental, pertencente à ordem do Carmo; 1922 - António Maria Leite, pede autorização para construção de uma capela - jazigo para a familia; 1989 - data do monumento comemorativo dos 150 anos.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Cantaria de granito, mármore, estuque.

Bibliografia

QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho, Inventário Artístico de Portugal, Cidade do Porto, Lisboa, 1995; www.cm-porto.pt.

Documentação Gráfica

CMP-AH

Documentação Fotográfica

SIPA: SIPA

Documentação Administrativa

CMP-AH

Intervenção Realizada

1998 - Restauro do interior da capela: tratamento, conservação e restauro de suportes e de estruturas ornamentais em estuque, de pintura mural da capela-mor e nave, das cantarias da fachada, do douramento e policromias decorativas sobre estuque, do pavimento pétreo, de elementos de talha vazada e marcenaria artística; execução da estrutura da cobertura; consolidação das argamassas tradicionais e pintura; 2018 - obras de conservação e restauro no exterior e interior.

Observações

EM ESTUDO. *1 - Tratava-se de uma grande quinta sobranceira ao rio, transformada pelo Bispo D. Frei Marcos de Lisboa em "Brévia" dos prelados portuenses, lugar onde se recolhiam religiosos quando estavam doentes ou necessitavam de repouso mas nunca chegou a ser utilizado para esse fim. Foi o local escolhido para cemitério por se situar na época, fora do aglomerado urbano, e por já se encontrar devidamente murado, arborizado e com arruamentos.

Autor e Data

Ana Filipe 2009

Actualização

 
 
 
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