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Conjunto arquitetónico Edifício Residencial multifamiliar Habitação económica Promoção pública estatal (FFH) Plano Integrado de Guimarães (PIG)
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Descrição
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| Conjunto habitacional constituído por 4 blocos, isolados, dispostos paralelamente entre si. Cada bloco corresponde a três edifícios independentes, separados por uma junta de dilatação contínua, apresentando três entradas distintas: 56, 110 e 125, à exceção do bloco número 1, implantado a E., que apresenta apenas dois edifícios com as respetivas entradas independentes: 56 e 95. As entradas 56 e 110 estão implantadas a SE e as entradas 95 e 125 a NO.. O conjunto habitacional é constituído por 366 fogos de habitação distribuídos por 186 fogos de tipologia T2, 67 de tipologia T3, 56 de tipologia T4 e 57 de tipologia T5. Apresentam plantas com uma base retangular, com recortes desenhados pelos avanços e recuos em relação às fachadas, constituídos por 10 pisos na entrada 56 e 8 pisos nas restantes entradas 95, 110 e 125; e cobertura plana com terraço. Os blocos habitacionais são cruzados transversalmente por galerias que permitem o acesso entre os arruamentos que os delimitam. Os pisos térreos são ocupados por galerias, pequenas lojas comerciais, habitação e arrumos; as entradas são recolhidas em relação ao pano da fachada. As fachadas apresentam uma geometria plana, com vãos retilíneos. |
Acessos
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| Rua José Pinto Rodrigues; Rua Professor Doutor Arnaldo Sampaio; Rua da Nossa Senhora da Conceição |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, situado a NO. do núcleo. Conjunto habitacional inserido no Plano Integrado de Guimarães (v. IPA.00033199). Adaptado ao declive do terreno, está delimitado pela rua Nossa Senhora da Conceição, pela rua José Pinto Rodrigues e rua Professor Doutor Arnaldo Sampaio, e atravessado pelas ruas A, B, C e D. A área envolvente de cada bloco é pavimentada a betonilha esquartelada, possuindo lanços de escadas em betão armado; é pontuada por canteiros com vegetação rasteira e algumas árvores de pequeno porte. O conjunto confronta a N. com a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição (v. IPA.00027203), a S., com o Centro Comercial, o Centro de Saúde e o Estádio Municipal D. Afonso Henriques. Na proximidade, erguem-se os Bairros de Creixomil (v. IPA.00027204), de São Gonçalo (v. IPA.00027210), e de Atouguia (v. IPA.00027205). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Não aplicável |
Utilização Actual
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| Não aplicável |
Propriedade
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| Pública: Estatal de administração indireta |
Afectação
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| Não aplicável |
Época Construção
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| Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITETO URBANISTA: Carlos Carvalho Dias (1970). CONSTRUTOR: Soares da Costa. ENGENHEIROS: João Araújo Sobreira, C.P.O. (1973), Vítor Abrantes, Consultoria e Projetos de Engenharia, Lda. (2008); DESIGNER: Agatha Ruiz de la Prada (2011). |
Cronologia
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| 1969, 28 maio - o Decreto-Lei n.º 49033, cria o Fundo de Fomento da Habitação (FFH), sob a forma de organismo com autonomia administrativa e financeira, com o propósito de inserir o fomento de habitação social na política de equipamento e integrar a política nacional de habitação com o planeamento urbano, contribuindo para a resolução do problema habitacional dos indivíduos não beneficiados pelas Caixas de Previdência ou outras instituições semelhantes; para o FFH, passam todas as atribuições do Ministério das Obras Públicas em matéria de habitação, até aí confiadas à Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN) e também as competências do Gabinete de Estudos de Habitação, inserido na Direção-Geral dos Serviços de Urbanização (DGSU); 1970 - estudo de urbanização da zona NO. de Guimarães; 1973 - projeto de execução da 1.ª fase do empreendimento de Guimarães, correspondente ao Bairro Nossa Senhora da Conceição; 1977 - data de conclusão das obras; 1982, 29 maio - extinção do FFH; o processo prolonga-se até 1987, período durante o qual a gestão do projeto de construção do bairro está a cargo da Comissão Liquidatária do Fundo de Fomento da Habitação; 1987, 26 fevereiro - criação do Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado (IGAPHE) pelo Decreto-Lei n.º 88/87, assumindo as funções do FFH; 2002, 5 novembro - fusão do IGAPHE com o Instituto Nacional da Habitação (INH) através do Decreto-Lei nº 243/2002; 2007, julho - com a criação do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), a propriedade do bairro passa para este novo organismo; 2008 - projeto de execução para reabilitação do Bairro Nossa Senhora Conceição. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes (cofragem-túnel) |
Materiais
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| Estrutura em betão armado, com paredes principais perpendiculares ao plano da fachada e paredes interiores no sentido longitudinal, perpendiculares às primeiras; paredes exteriores em betão celular autoclavado ou betão de argila expandida; janelas com caixilharias em madeira e vidros simples; pavimentos em laje de betão armado, em parquet de madeira nos quartos e salas, em mosaico cerâmico em zonas de serviço e instalações sanitárias, em tijoleira nos patamares e caixa de escadas, em betonilha esquartelada nos pavimentos exteriores das áreas comuns e envolvente; cobertura em laje com telas de impermeabilização do tipo asfáltico. |
Bibliografia
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| FERREIRA, António Fonseca, Por uma Nova Política de Habitação, Edições Afrontamento, 1987. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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| IHRU (Bairro n.º 1146) |
Intervenção Realizada
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| IGAPHE: 1992 - substituição das telas de impermeabilização da totalidade dos terraços de cobertura; 2001 - diversas reparações; 2007 - reparação de coberturas, substituição das clarabóias das casas das máquinas, substituição da impermeabilização da cobertura, reparação de parte da fachada, reparação de elevadores, reparação e substituição de colunas de esgotos, substituição de canalização em fogos, execução de dez colunas montantes de água, reparação do sistema de campainhas, obras de eletricidade, reparação de fogo devoluto para nova atribuição, reparações diversas em fogos, substituição de estores, substituição de pavimentos, colocação de fechaduras e substituição de banheiras; IHRU: 2008 - reparação de elevadores, obras de eletricidade, reparação e substituição de colunas de esgotos, reparações diversas em fogos, substituição de canalização em fogos e substituição de banheiras; 2009 - reparação de elevadores, reparações diversas em fogos, reparação de canalização em fogos e substituição de banheiras; 2010, outubro / 2011, abril - reabilitação construtiva e térmica das paredes exteriores dos edifícios, substituição das caixilharias de madeira por alumínio lacado com vidros duplos, reposição da rede de gás natural, aplicação de cobertura com isolamento térmico e instalação de equipamentos de ventilação mecânica; CMG: 2011, abril - pintura decorativa das fachadas. |
Observações
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| O sistema construtivo baseado na cofragem-túnel esteve bastante em voga no período pós 25 de Abril até meados da década de 80. O método de cofragem-túnel tem custos fixos elevados e só é rentável em projectos de construção de blocos habitacionais com um elevado número de fogos, de cércea elevada e com desenho arquitectónico muito padronizado. Este tipo de construção (bastante rápida) oferece uma menor flexibilidade em termos de forma e dimensão, mas permite uma maior uniformidade entre habitações, pretendida muitas vezes por questões estéticas e sociais. |
Autor e Data
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| Sónia Basto 2009 |
Actualização
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| Anouk Costa 2014 |
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