Villa Romana de Rio Maior

IPA.00027108
Portugal, Santarém, Rio Maior, Rio Maior
 
Villa Romana que, após quatro campanhas de escavação, colocou a descoberto quatro corredores, seis salas e duas absides, compartimentos todos eles revestidos a pavimentos musivos policromados. Nesta campanha prosseguiu-se a escavação em área. Na parte Norte detectou-se um tanque porticado, rodeado de corredores em pavimentos musivos, correspondendo certamente a um peristilo. Seis das colunas encontradas possuem letras, e a restante uma hedera. (http://www2.ipa.min-cultura.pt/, 15-01-2009). Era uma grande quinta (latifúndio), onde se exploravam todos os recursos disponíveis: produtos agrícolas (cereais, leguminosas, azeite, vinho, etc.); mineração de Ferro e fabrico de utensílios de metal; criação de animais; fabrico de cerâmica; tecelagem; produção de sal (para conserva de alimentos e tratamento de couro), etc.
Número IPA Antigo: PT031414080038
 
Registo visualizado 745 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Agrícola e florestal  Villa    

Descrição

Todas as salas e corredores postos a descoberto têm fragmentos de estuque pintado que fariam parte da decoração parietal e dos tectos da Villa, tendo pavimentos com mosaico de estilo geométrico associado a motivos vegetalistas e fitomórficos.

Acessos

Rua da Igreja Velha, Rua Covas do Adro. WGS84: 39º19'58.59'' N., 8º56'21.59'' O.

Protecção

Categoria: SIP - Sítio de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 22/2014, DR, 2.ª série, n.º 7 de 10 janeiro 2014

Enquadramento

Situado no limite urbano de Rio Maior, junto ao Cemitério (v. PT031414080023), rodeado pela Av. dos Combatentes e pelo rio Maior, a S., que separa a zona arqueológica do Núcleo Urbano.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Agrícola e florestal: villa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 03 / 04

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 03 - 04 - construção da villa; 1991 - começa a surgir uma pressão urbana, aliada à necessidade de ampliação do cemitério de Rio Maior; 1983 - é descoberta pelo Sector de Museus, Património Histórico, Arqueológico e Cultural da Câmara Municipal de Rio Maior; 1992 - 1993 - foi aberta uma vala de sondagem abrangendo todo o terreno, para avaliar a potencialidade e grau de integridade dos vestígios arqueológicos *1; 1995 - 1999 - as escavações sistemáticas, sob a direcção do Dr. Beleza Moreira, decorreram neste período ao ritmo de uma campanha por ano *2; 1996, 22 Março - despacho de abertura do processo de classificação pelo vice-diretor do IGESPAR; 2007, 28 Maio - proposta da definição de Zona Especial de Protecção pela Direcção Regional de Lisboa; 31 Outubro - proposta de classificação como Imóvel de Interesse Público pelo Conselho Consultivo do IGESPAR; parecer consultivo da fização de Zona Especial de Protecção pelo Conselho Consultivo do IGESPAR; 2010, 23 fevereiro - Despacho de homologação da classificação e fixação de Zona Especial de Protecção pela Ministra da Cultura; 2011, 10 novembro - publicação do anúncio da proposta de decisão de fixação da Zona Especial de Protecção do imóvel, publicado em Anúncio n.º 16468/2011, DR, 2.ª série, n.º 216; 2018, março - lançamento do concurso para a construção de edifício de apoio e de área de cobertura de proteção aos vestígios das Ruínas.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

OLIVEIRA, Cristina Fernandes de, A Villa Romana de Rio Maior, in: Trabalhos de Arqueologia 31, IPA, Lisboa, 2003; http://www.ipa.min-cultura.pt (consulta em 15 de Janeiro 2009); http://www.cm-riomaior.pt/riomaior/Concelho/LocaisInteresse/Villa+Romana.htm (15-01-2009); http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71895 [consultado em 28 dezembro 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

IPPAR: 1996 - colocação de uma cobertura metálicapara protecção dos mosaicos encontrados.

Observações

EM ESTUDO. *1 - Do espólio das escavações de 1992 exumou-se uma estátua em calcário branco representando uma ninfa (actualmente no átrio da Câmara). *2 - Nas escavações de 1995 a 1999 foi posto a descoberto cerca de 772 m2 de um edifício, que se supõe ser residencial, tendo sido delimitado apenas a N. e O.. A cota dos pavimentos encontra-se a a c. de 40 - 50 cm. da superfície. Do espólio resultante das escavações destaque para peças datáveis do Baixo-Império. Encontra-se também cerâmica comum, fragmentos de sigillatas hispânicas e africanas tardias, pequenas peças de bronze e pequenos fragmentos de estátuas e ainda duas peças datadas do séc. I (um fragmento de inscrição e um fragmento de prato millefiori). (O espólio arqueológico encontra-se exposto no museu de Rio Maior na Casa Senhorial El Rei D.Miguel).

Autor e Data

Cecília Matias 2009

Actualização

 
 
 
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