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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Palacete
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Descrição
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Planta em U com braços desiguais, um dos quais integra saguão, de volumes articulados e disposição horizontalista das massas, com coberturas diferenciadas a quatro águas, sobre as quais surgem quatro chaminés de secção quadrangular rebocadas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento em cantaria, flanqueadas por cunhais de pilastras toscanas da ordem colossal e remates em friso, cornija e beiral. Fachada principal, voltada a SE., com uma simetria formada pela regularidade dos vãos, de perfil rectilíneo, com dois registos separados por friso, o primeiro rasgado por portal com a data inscrita de "1743", rematado por frontão triangular interrompido, ladeado por 10 janelas equidistantes de molduras simples; o segundo registo possui onze janelas de vrandim, rematadas por friso e cornija, a central ligeiramente mais alta; as varandas apresentam guardas de ferro forjado de barras verticais. Fachada lateral esquerda, virada a NE., de dois registos separados por friso, o primeiro rasgado por três portas alternando com duas janelas de lintel recto e moldura simples, surgindo, no segundo, três janelas de varandim, semelhantes às da fachada principal, alternando com duas janelas rectilíneas de moldura simples. Fachada lateral direita, virada a SO., de dois registos separados por friso, o primeiro com três portas e duas janelas de lintel recto e moldura simples, surgindo, no segundo, três janelas de varandim, semelhantes às anteriores. O corpo adossado ao corpo apresenta três janelas de lintel recto e empena com beiral. Fachada posterior, a NO., de um piso, tendo, no corpo principal, porta de verga recta, encimada por janela jacente e ladeada por duas janelas de peitoril, surgindo, no braço SO., três janelas de varandim; uma varanda envidraçada em volume de tabique encontra-se na intersecção entre os dois corpos. O braço NE. tem duas janelas e portas de verga recta. INTERIOR de dois pisos com diferenciação funcional, sendo o acesso ao piso nobre efectuado a partir de átrio e de vão em arco abatido que antecede escadaria de três lanços, dois deles paralelos e divergentes, formando patamar intermédio com iluminação a NO. permitindo o acesso directo ao jardim e patamar superior com três portas, sendo a caixa de escada coberta com tecto de masseira. As salas do segundo piso da ala principal e parte da ala SO. são intercomunicantes e apresentam tectos de masseira. O salão nobre localiza-se no braço SO., apresenta pé-direito duplo iluminado por três janelas situadas a nível superior, tendo tecto estucado e pintado com as armas reais ao centro e sanefas de estuque sobre as portas. Fogão de sala em cantaria decorado com ornatos curvilíneos. As restantes salas e compartimentos são cobertos com tecto plano de madeira, sendo todos os pavimentos também em madeira. A ala NE. é constituída pela residência oficial do Governador Civil apresentando acabamentos contemporâneos. Jardim de planta rectangular disposto paralelamente ao corpo principal, composto por canteiros de buxo formando padrão geométrico e integrando lago central de planta curvilínea; confronta com a via pública, sendo delimitado por murete em granito e gradeamento em ferro forjado e por linha de árvores de grande porte. |
Acessos
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Praça do Município, Rua Vaz Preto. WGS84: 39º49'24.20''N., 7º29'36.41''O. |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 95/78, DR n.º 210 de 12 setembro 1978 |
Enquadramento
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Urbano; situa-se em terreno desnivelado e extramuros no antigo local da Devesa, actualmente amplo espaço ajardinado; parcialmente adossado a SO. a edifício ecléctico com acesso fronteiro ao alçado lateral do solar e adossado a NE. a edifício oitocentista onde funciona a JAE; conserva parte da cerca ajardinada na continuidade do alçado posterior; proximidade do antigo Solar dos Viscondes de Oleiros e do Palácio da Justiça. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Segurança: posto da Polícia de Segurança Pública (PSP) |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DRCCentro, Portaria n.º 829/2009, DR, 2.ª série, n.º 163 de 24 agosto 2009 |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1743 - provável construção do edifício, residência dos Fonsecas Coutinhos, segundo inscrição no mesmo; possuia pátio fronteiro ou lateral à fachada principal; o solar teria inicialmente planta rectangular, sendo-lhe posteriormente acrescentados os braços laterais, formando a planta em U; 1767 - é referido nos Tombo dos Bens do Concelho; 1783 - pertencia a Francisco da Fonseca Coutinho de Castro Sousa Refóios; 1864 - construção de um paredão e escadas pela Câmara Municipal; o jardim era mais amplo, com porta de ferro a abrir para a Devesa, flanqueado por colunas de granito e duas janelas conversadeiras a ladeá-lo; 1871, 7 Setembro - foi primeiro governador civil João José Vaz Preto Geraldes; 1888, 29 Agosto - aquisição do imóvel pelo Estado à família Fonseca Coutinho por 31:000$000; obras de restauro; 1891 - instalação das repartições do Governo Civil e a Junta Geral do Distrito; séc. 20, 1ª metade - instalação dos serviços da Direcção de Estradas, Distrito de Reserva, Serviços Hidráulicos, P.S.P., Serviço de Melhoramentos Rurais, Secretaria da Junta de Província e o Museu Municipal; construção de edifício destinado à Direcção de Estradas no logradouro do palácio; 1992, 01 junho - o imóvel é afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico, pelo Decreto-lei 106F/92, DR, 1.ª série A, n.º 126, ficando o piso térreo afeto ao Governo Civil; 2002 - totalmente afecto ao Governo Civil, com a transição do IPPAR para outro imóvel; 2007, 20 dezembro - o imóvel é afeto à Direção Regional da Cultura do Centro, pela Portaria n.º 1130/2007, DR, 2.ª série, n.º 245. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Granito, cantaria e alvenaria, aparelho isódomo; revestimento inexistente, reboco e estuque; madeira; ferro forjado; telha de aba e canudo. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1984; Governo Civil acaba com barreiras a deficientes em 2007, in Notícias da Covilhã, 04 Maio 2006; Governo Civil sem barreiras, in Jornal do Fundão, 27 Abril 2006; Governo Civil vai ter acessos para deficientes, in Reconquista, 27 Abril 2006; Governos-civis - mais de um século de história, Lisboa, 1994; LEITE, Cristina, Castelo Branco, Lisboa, 1991; Mapa de Arquitectura de Castelo Branco, Castelo Branco, 2003; Novas instalações no IPPAR, in Povo da Beira, 27/03/2001; NUNES, António Pires, Castelo Branco e a sua Região, Coimbra, 1980; SANTOS, Manuel Tavares dos, Monumentos de Castelo Branco - Casas Solarengas in Beira Baixa, Castelo Branco, 1953, nº 829; SANTOS, Manuel Tavares dos, Castelo Branco na História e na Arte, Castelo Branco, 1958; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; SILVA, Joaquim Augusto Porfírio da, Memorial Chronologico e Descriptivo da Cidade de Castelo Branco, Lisboa, 1853; SILVEIRA, António, AZEVEDO, Leonel e D'OLIVEIRA, Pedro Quintela, O Programa POLIS em Castelo Branco - álbum histórico, Castelo Branco, 2003; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73971 [consultado em 26 setembro 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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GOVERNO CIVIL DE CASTELO BRANCO: séc. 20, 2ª metade - diversas obras de conservação; adaptação da ala NE. a residência oficial do Governador Civil. |
Observações
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Autor e Data
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Margarida Conceição 1994 |
Actualização
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