Casa de Fresco do Paço dos Sanches Baena

IPA.00024909
Portugal, Évora, Vila Viçosa, Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu
 
Arquitectura recreativa e infraestrutural maneirista. Casa de Fresco localizada no interior de um poço pertencente a um antigo solar de hipotetica fundação quinhentista. Constitui um pequeno espaço quadrangular, edificado ao nível superior da contra-mina, abrindo para a cisterna de água natural, com acesso por escadaria, por varandim de arcada plena. Insere-se numa tipologia de casas de fresco localizadas no subsolo, comum em Vila Viçosa, cujos paralelos mais directos se encontram no Paço dos Machados (v. PT040714050040), localizado muito próximo, e na Casa de Fresco do jardim da Duquesa no Paço Ducal (v. PT040714030009). Interiormente apresenta os ângulos marcados por cariátides e atlantes tal como acontece nalgumas grutas artificiais do Cinquecento italiano, nomeadamente em Genova, a Fonte Doria, da desaparecida Villa Doria del Gigante em Fassolo, edificada por Galeazzo Alessi entre 1548 - 1549 e a Grotta Pallavicino construída em 1569, sob comissão de Tobia Pallavicino e cuja decoração esteve a cargo de Giovanni Battista Castello. A cobertura é em abóbada de aresta nervurada com os panos totalmente revestidos por pinturas murais de ferronerie, putti, frutos, pâmpanos, conjugados com decoração de embrechados, trabalhos de massa e estuques. As pinturas murais apresentam semelhanças com as que decoram a abóbada da nave da Igreja de Santo António (v. PT040714050028), atribuídas a Giraldo del Prado *5. A qualidade da decoração interior, combinando pinturas murais, estuques, embrechados e trabalhos de massa num programa iconográfico de cariz erudito testemunhando o requintado gosto artístico da corte bragantina.
Número IPA Antigo: PT040714050054
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Edifício de lazer  Casa de fresco  

Descrição

Planta composta pelo poço de planta circular, pela Casa de Fresco, de planta sensivelmente quadrada, adossada a S. e por escadas de acesso de dois lances a E.. Poço com paredes, de alvenaria mista rebocada e caiada até c. de 2 terços de altura; apresenta talude e a SE., na parte posterior à gruta-oratório, dois socalcos. Escadas capeadas a xisto, com o lance superior de acesso à casa de fresco e o inferior de acesso à cisterna de água natural. Acesso à Casa de Fresco por porta de rede sobre estrutura metálica. INTERIOR: Casa de Fresco: pavimento de terra batida com vestígios de lagedo de cantaria, tecto em abóbada de aresta e alçados de alvenaria mista rebocada, caiados em c. de 2/4 da sua altura; a restante superfície é decorada a O. e S. por trabalhos de estuque sob revestimento de pintura mural, monocromática, de cor cinza; a N. rasga-se o varandim para a cisterna em arcada, de perfil abatido, de tijolo rebocado, com trabalho de estuque e revestimento monocromático de cor cinza e de embrechados de elementos conchológicos, cerâmicos e pétreos; a E. rasga-se a porta de entrada, com molduras profundas em ligeiro capialço, rebocadas e caiadas; superiormente à verga, a parede é rebocada a cimento. Nos ângulos SE., SO. e NO. cariátides e no ângulo NE. um atlante, todos eles em massa caiada, relevada de motivos decorativos (pontas de diamante, panejamentos, acantos, rosetas), sustentam as mísulas da cobertura; as mísulas, também de massa, apresentam anel torso e coxim decorado com frutos tropicais; no ângulo NO.; nos ângulos NE. e NO., entre as estátuas (cariátide e atlante) e a arcada, dois pilaretes, decorados por embrechados de conchas e búzios dispostos geométricamente, erguem-se até à abóbada, cujos panos interrompem. O intradorso da arcada é revestido de embrechados, combinando elementos pétreos e conchológicos dispostos de forma geométrica criando motivo de cruz em aspa centrado por cruz de Cristo em fragmentos de cerâmica azul e branca. Parede O.: composição de estuque figurando ao centro Artémis e Actéon *1 em medalhão oval com motivos de ferronerie, ladeada por motivo de enrolamento de folhagem. Alçado S.: motivo de estuque semelhante mas em medalhão oval disposto na vertical, com moldura torsa, sobreposto por pequena cabeça de índio, e figurando uma alegoria da Fortaleza; amparando os ornatos em ferronerie do medalhão pendem dos lados panejamento em festão. Parede N.: sobre a arcada, a superfície muraria é delimitada por moldura dupla de elementos conchológicos; ao centro brasão d'armas da família, em estuque sobre fundo preto de embrechados pétreos; a ladear o escudo composição tricolor, de embrechados de pedrinhas, conchas e fragmentos de cerâmica azul e branca, figurando um olho estilizado. A abóbada apresenta os panos revestidos de pintura mural e as nervuras de embrechados e trabalhos de massa; no pano O. da abóbada figura-se ao centro medalhão de ferronerie a cor cinza, ladeado inferiormente motivo de espiral de folhagem centrado por anjinho cujos membros inferiores se metamorfoseiam em folhagens; sobre os anjinhos motivo de festão com frutos tropicais pendentes; no pano N., ao centro medalhão oval de ferronerie (quase desaparecido) a cor vermelha; dos lados repete-se o motivo de festão com frutos pendentes; inferiormente friso que repete motivo de espiral de folhagem aqui centrado pequena palmeira estilizada. Nervuras da abóbada decoradas por embrechados combinados com trabalhos de massa figurando-se 4 mascarões nos ângulos de cruzamento das nervuras e nas faces internas laçarias envolvendo figuras hibridas.

Acessos

Rua Alferes Marcelino, acesso pela edifício do Lar da Santa Casa da Misericórdia

Protecção

Categoria: MIM - Monumento de Interesse Municipal, Edital n.º 80/2015, DR, 2.ª série, n.º 18 de 27 janeiro 2015 / Incluído na Zona Especial de Proteção Conjunta dos imóveis classificados e em vias de classificação do centro histórico de Vila Viçosa (v. PT040714030042)

Enquadramento

Urbano, no centro histórico, a uma cota de c. de 369m, em terrenos, onde funciona actualmente o edifício do Lar da Santa Casa da Misericórdia, outrora pertencentes ao jardim do antigo Solar dos Sanches de Baena que confina a N. com a antiga cerca do Convento das Chagas (v. PT040714030004). Adossado a N. ao muro delimitador do jardim e a E. a estruturas utilizadas como garagem, nas quais subsistem algumas arcadas cegas sobre pilares, prováveis vestígios do antigo aqueduto; a SO. adossa-se uma gruta-oratório, em nicho de volta perfeita delimitado por pequeno tanque; a O. localizam-se uma zona de merendas com bancos e mesa pétreos, esta reutilizando como tampo uma pedra lavrada, e, a poucos metros, um tanque de lavagem coberto por telheiro com poço adossado. Fica perto do Paço dos Condes de Machado (v. PT040714050049) e do Solar dos Mascarenhas (v. PT0407140050054).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: casa de fresco

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1513 - D. Gil Alvares Sanches, cavaleiro em Espanha da Ordem de Santiago, acompanha o Duque D. Jaime na tomada de Azamor, após se ter acolhido, vindo de Albuquerque, sob a sua protecção em virtude de um homicídio cometido em defesa da sua honra *1; 1520, 23 de Abril - nascimento do filho de D. Gil Alvares Sanches e de sua mulher D. Guiomar de Landim, moça de Câmara da duquesa de Bragança, Diogo Alvares Sanches; 1547 - nasce em Vila Viçosa, Pedro Alvares Sanches, filho de Diogo Alvares Sanches, cavaleiro de Santiago, e de sua mulher D. Maria Rodrigues de Lemos, moça do guarda-roupa da Duquesa de Bragança; 1570 - Pedro Alvares Sanches recebe o grau de bacharel em Leis pela Universidade de Coimbra; 1574 - Pedro Alvares Sanches é Juiz de Fora em Serpa; 1580 - Pedro Alvares Sanches é Juiz de Fora em Abrantes; foi posteriormente Juiz de Fora em Pinhel, Ouvidor na comarca de Campo de Ourique, provedor em Castelo-Branco, corregedor em Santarém e desembargador no Porto; 1582 - nasce, sendo baptizado na Sé de Lisboa, João Sanches de Baena, filho de Pedro Alvares Sanches e de sua segunda mulher D. Maria de Baena e Barbudo; 1600 - João Sanches de Baena após ter cursado em Coimbra, estudos de jurisprudência, obtém o "capelo doutoral" conferido pela Universidade de Salamanca; não lhe sendo reconhecida idade suficiente para poder exercer, retoma os estudos jurídicos interrompidos na Universidade de Coimbra; 1605, 02 de Julho - João Sanches de Baena obtém a licenciatura em Cânones na Universidade de Coimbra; 1606, 01 de Junho - João Sanches de Baena é eleito lente de Cânones no Colégio Real de São Paulo da Universidade de Coimbra; 1609 - Pedro Alvares Sanches é agravista da Casa da Suplicação; 1613 - é passada a Pedro Alvares Sanches, carta de brasão d'armas; 1613, 02 de Julho - é passada em Madrid a João Sanches de Baena, carta de brasão d'armas; 1614, 31 de Janeiro - despacho de nomeação de João Sanches de Baena como desembargador da Relação do Porto; 1617, 15 de Janeiro - João Sanches de Baena é nomeado para a Mesa dos Desagravos da Relação do Porto; 1619 - falecimento de Pedro Alvares Sanches desempenhando à data as funções de vereador do senado da Câmara de Lisboa; 1619, 19 de Junho - João Sanches de Baena recebe mercê do habito de Cristo; 1621, 18 de Fevereiro - João Sanches de Baena é promovido a desembargador da Casa da Suplicação de Lisboa; a 3 de Dezembro deste ano é nomeado promotor de justiças; 1623, 17 de Julho - João Sanches de Baena é nomeado desembargador agravista; 1631 - desde esta data João Sanches de Baena entretem correspondência com D. João Duque de Bragança, futuro D. João IV; 1632, 18 de Setembro - João Sanches de Baena nomeado conselheiro da Fazenda; 1637, 29 de Abril - João Sanches de Baena promovido a procurador da Coroa, desembargador do Paço e Juiz das Justificações do reino; 1638 - João Sanches de Baena entretem várias conferências, no sentido de tentar banir o jugo filipino, com o Dr. João Pinheiro, chanceler das três ordens militares e com o Senhor de Saint-Pé emissário de Richelieu; foi o Baena o 1º incumbido de transmitir ao Duque D. João as propostas então levantadas recebendo deste o encargo de elaborar a resposta; 1639 - D. João Duque de Bragança comunica a João Sanches de Baena, por intermédio de João Pinto Ribeiro, as primeiras disposições que então se tomavam para a restauração da independência; 1640 - João Sanches de Baena encontra-se em Coimbra, assistindo ao filho enfermo Pedro Alvares Sanches, não podendo estar presente na última reunião dos conjurados; 1641 - D. João IV confere a João Sanches de Baena o foro de fidalgo cavaleiro e a seus quatro filhos *2, Pedro Alvares Sanches, Luis Alvares Sanches, Francisco Alvares Sanches e Gaspar Alvares Sanches, o foro de moços fidalgos com exercício no Paço; ao filho primogénito é concedida ainda a alcaidaria de Vila do Conde; 1641, 14 de Agosto - o filho primogénito de João Sanches de Baena, Pedro Alvares Sanches, é nomeado desembargador da Relação do Porto; 1642, 27 de Outubro - Pedro Alvares Sanches é nomeado desembargador na Casa da Suplicação; 1643, 12 de Junho - falecimento de João Sanches de Baena, sendo sepultado na Igreja de Santo António de Lisboa (v. PT031106520044); 1652 - Pedro Alvares Sanches é nomeado vereador do senado da Câmara recebendo igualmente mercê do habito de cavaleiro da Ordem de Cristo; 1657 - Pedro Alvares Sanches é aceite como familiar do Santo Ofício; 1660 - Pedro Alvares Sanches recebe o foro de fidalgo-escudeiro; no Paço reside Manuel Pegas de Vasconcelos "Fariseu", fidalgo da Casa Real e proprietário da Quinta do Viçoso em Borba; 1662 - Pedro Alvares Sanches recebe o foro de fidalgo-cavaleiro; 1663 - falecimento de Pedro Alvares Sanches exercendo à data o cargo de desembargador da Casa da Suplicação; 1683 - Luis Alvares Sanches, secretário do desembargo do Paço e irmão de Pedro Alvares Sanches, requere a D. Pedro II, à data ainda regente, renumeração pelos serviços de seu pai; 1683, 23 de Julho - o mesmo Luís Alvares Sanches recebe de D. Pedro II a mercê de uma tença de 168 mil réis para seu filho mais velho João Sanches de Baena; 1704 - ainda é vivo Manuel Pegas de Vasconcelos; Séc. 18, inícios - o paço é adquirido por Nicolau de Almeida Valejo Mariz, capitão de ordenanças em Vila Viçosa e cavaleiro da Ordem de Cristo *3; 1744, 25 de Agosto - Sentença de desnaturalização de Francisco de Assis Sanches de Baena, privando-o de todas as honras, dignidades, tenças, rendas ou pensões, por, encontrando-se degradado em Miranda, ter-se retirado para Castela para contarir matrimónio reprovado pelo Rei; 1753 - falecimento de Nicolau de Almeida Valejo Mariz continuando a casa na posse da família e sendo habitada pelo seu filho, o coronel Francisco Cândido de Almeida Valejo de Mariz *4 e por seu neto Simão de Almeida Valejo de Mariz, capitão de cavalaria do regimento de Beja em 1807; posteriormente a casa entra na posse do Padre Joaquim Cordeiro Galão, professor do Colégio dos Reis e afamado organista da Capela Real da qual foi tesoureiro-mor; encontrando o imóvel muito deteriorado mandou-o restaurar; 1822 - falecimento do Bispo de Olba, D. Vasco José Lobo, sendo o cargo de Vigário Capitular do Exempto de Vila Viçosa ocupado pelo Padre Joaquim Cordeiro Galão; 1838, 29 de Fevereiro - falecimento em Lisboa do Padre Joaquim Galão não se encontrado ainda terminada a obra de reparação do Paço, que não chegou a habitar; 1857 - os herdeiros do Padre Joaquim Galão vendem o imóvel, por 200.000 reis, ao lavrador José Cordeiro Vinagre, fiel dos Correios da Comarca; Séc. 19 - 20 - o paço é ocupado pelo Asilo D. Amália Tenreiro Cordeiro Vinagre; 2014, 02 janeiro - Deliberação camarária eterminando a abertura do procedimento de classificação como IM - Interesse Municipal; 2014, 28 fevereiro - Pedido de parecer da autarquia sobre a eventual classificação como IM - Interesse Municipal; 2014, 19 maio - Despacho do diretor-geral da DGPC determinando o arquivamento do procedimento de classificação de âmbito nacional; 2014, 16 julho - nova deliberação camarária determinando a abertura do procedimento de classificação como MIM - Monumento de Interesse Muncipal. 2014, 04 agosto - publicação da Deliberação da Assembleia Municipal de Vila Viçosa a aprovar a classificação de Monumento de Interesse Municipal, em Edital n.º 720/2014, DR, 2.ª série, n.º 148.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Paredes de alvenaria de rebocada e caiada, arcadas de tijoleira, trabalhos de massa e estuques, pinturas murais, embrechados de fragmentos de cerâmica, materiais conchológicos e pétreos.

Bibliografia

ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora, Lisboa, SNBA, Lisboa, 1978; MAGNANI, Lauro, coord., Tra magia, scienza e "meraviglia". Le grotte artificiali dei giardini genovesi nei secoli XVI e XVII (catalogo della mostra, Genova 1984), Genova, 1984; MARTINS, M. R., FIALHO, S., LIMA, M., VALADAS, A. CADEIAS, J. MIRÃO, A. S. Silva, TAVARES, D., BOTTO, M., Diagnóstico da biodeterioração por fungos e bactérias nas pinturas murais da Casa de Fresco de Sanches Baena (Vila Viçosa, Portugal), Revista Conservar Património, nº 9, 2009, pp. 27-35; SERRÂO, Vítor, Mitologia e fausto na pintura a fresco em Vila Viçosa ao tempo do Duque D. Teodósio II, 1568 - 1630 in Primeiras Jornadas de História de Vila Viçosa, Actas 25 de Junho de 2005, Lisboa, Academia Portuguesa de História, 2005, pp. 155 - 190; SILVA, Innocencio Francisco da, João Sanhes de Baena Mais um nome para ser inscripto no catalogo dos Restauradores da Independencia de Portugal em 1640 (memória escrita em 1868 e inserta no vol. XI do Archivo Pitoresco), Lisboa, Typographia Universal, 1874; SOUSA, D. Gonçalo de Vasconcelos e, Indices das Cartas de Brasão de Armas do "Archivo Heraldico-Genealogico" do Visconde de Sanches de Baêna, Porto, Livraia Esquina, 1993.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IANTT, Cancelaria Régia, Livro III do Registo das Mercês de D. Pedro II, fl. 136; Senado da Câmara, Livro II das Portarias, fl. 400; Arquivo da Fundação da Casa de Bragança; B.N.L.: Cod 554, fl.296 (Mercúrio de Lisboa - sentança de desnaturalização de Francisco de assis Sanches de Baena); Ms 31, nº 40 - Brasão d'Armas do Visconde de Sanches de Baena; Ms. 34, nº 5 (carta (em do Papa Bento XIV a D. Jaime intercedendo a favor de Luis Francisco de assis Sanches de Baena); Secção de Iconografia, E. 3339 - P

Intervenção Realizada

Observações

*1 - D. Guiomar de Landim era filha de Fernão de Landim; *2 - João Sanches de Baena casara com D. Guiomar Carneiro de Sousa Freire, filha de Manuel Alvares de Quaresma Freire, comendador de São Miguel de Oliveira na Ordem de Cristo, e de sua mulher D. Inês Carneiro de Sousa que, após ter enviuvado, foi a 3ª mulher de Pedro Alçvares Sanches; D. Guiomar era ainda a 3ª neta de D. Alvaro Vaz de Almada e 1º Conde de Abranches; *3 - Foi primeiro casado com D. Catarina Jacinta da Silva Malfonado, de Portalegre e posteriormente com D. Mónica de Matos Mexia Coutinho de Melo; *4 - Casado com D. Epifania Bernarda Teresa Rangel; este e seu filho foram lavradores da Herdade do Ratinho possuindo Simão de Almeida Valejo de Mariz bens de raiz em Olivença que vendeu em 1809 a Dâmaso do Espírito Santo Limpo, de Elvas, por 3.694.400 reis; *5 - outros motivos, ramagens e enrolamentos, remetem para as pinturas murais seiscentistas que decoram a sala de acesso ao trono do retábulo-mor da Igreja do Convento dos Capuchos (v. PT040714030020), que aqui recebem um tratamento mais popular, de folhagem gorda e marcada exuberância; Túlio Espanca data as pinturas murais da Casa de Fresco dos inícios do Séc. 17, *6 - nas pinturas murais foram identificadas 32 estirpes bacterianas e 34 fúngicas, sendo predominantes as Gram+ do género Bacillus, Gram- do género Pseudomonas ( estirpes bacterianas), Cladosporium spp. e Penicillium spp. (estirpes fúngicas) (MARTINS et. alt., 2009).

Autor e Data

Rosário Gordalina 2006

Actualização

Rosário Gordalina 2007
 
 
 
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