Igreja paroquial de Rossas / Igreja de São Salvador

IPA.00024701
Portugal, Braga, Vieira do Minho, Rossas
 
Igreja paroquial reconstruída no séc. 18, conforme documentado nas Memórias Paroquiais de 1758, sobre as estruturas de templo mais antigo e que pertencera a um convento, referido já no séc. 11. De grandes dimensões, apresenta planta composta por nave e capela-mor retangulares, tendo adossado de ambos os lados desta a sacristia, a norte, e um anexo, a sul, existindo um outro na fachada posterior, todos retangulares. Tem volumes escalonados e as coberturas em telhados de duas águas, na igreja, e de três, nos corpos adossados, terminadas em beirada simples. As fachadas são construídas em cantaria granítica de aparelho pseudo-isódomo e terminam em friso e cornija, com os cunhais firmados por pilastras, coroadas por pináculos e as empenas sobrepostas por cruzes latinas sobre plintos. A exceção encontra-se na fachada principal, virada a ocidente, que é revestida a azulejos de padrão policromo, azuis e amarelos. Esta termina em frontão triangular e é rasgada por portal de verga reta, com frontão de volutas interrompido por nicho, com a moldura terminada em volutas e flor de lis central, interiormente concheado e albergando imagem pétrea do Cristo Salvador, ladeado por duas janelas de arco abatido com motivo vegetalista inferior, todos com molduras de linguagem tardo-barroca. Nas fachadas laterais da nave, abrem-se porta travessa, de verga reta simples, encimada por janela de capialço. O interior, amplo e iluminado pelos vãos laterais e axial, possui coberturas em falsa abobada de berço, destacando-se a da capela-mor, com a representação do Salvador enquadrado pelos quatro Evangelistas, obra executa em 1861, como testemunha a cartela pintada no pilar do arco triunfal. A nave possui coro-alto de madeira, confessionários embutidos e retábulos laterais, dos quais se destaca em particular o das Almas do Purgatório. Na capela-mor, sobre supedâneo, dispõe-se o retábulo-mor em talha policroma e dourada, de linguagem tardo-barroca, de planta convexa e três eixos, e com sacrário tipo templete, em talha dourada. A sul da igreja e separado desta, ergue-se a torre sineira, construída, em cantaria de granito, no ano 1896.
Número IPA Antigo: PT010311130044
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Acessos

Rossas, EM 527; Rua da Igreja Matriz

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado. Ergue-se no exterior da povoação, inserido em adro, acedido por vários degraus. Do outro lado da estrada, ergue-se, a noroeste, o cemitério da freguesia.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga - Arciprestado de Vieira do Minho)

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 11 - referência ao Mosteiro de São Salvador de Roças no Censual do Bispo D. Pedro; 1195 - João Pais faz doação do mosteiro beneditino a D. Martinho, arcebispo de Braga, posteriormente passa a padroeiros seculares da família de Abreus, Senhor de Regalados; 1220 - as Inquirições incluem Rossas na Terra de Lanhoso; séc. 17 - referência ao antigo mosteiro beneditino de São Salvador de Rossas; 1533 - data do Tombo da igreja; 1758, 23 maio - segundo o abade nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertence ao arcebispado de Braga, comarca de Guimarães e é do rei, tendo 1774 pessoas e 418 moradores; a "igreja velha" fora demolida, fabricando-se outra "de novo com coatro altares colatrais" (CAPELA: 2003, p. 453); a igreja é abadia de apresentação de padroeiros seculares, alternando a casa de Regalados e o duque de Souto Maior, embaixador de Espanha, que esteve em Lisboa; tem de rendimento anual 1:000$000; tem duas confrarias, uma do Senhor e outra da Senhora do Rosário, e a Irmandade das Almas; 1760 - data do Tombo da igreja; 1836 - extinção do concelho de Rossas, passando o território para o concelho e comarca de Guimarães, 1861 - data em cartela do arco triunfal assinalando a pintura dos tetos da capela-mor; 1878 - Rossas passa para o concelho e comarca de Vieira do Minho; 1896 - construção da torre sineira, a sul da igreja.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Bibliografia

ASSIS, Francisco, FERREIRA, José Carlos - «Capelas II». In Diário do Minho. 16 fevereiro 2006; CAPELA, José Viriato - As freguesias do Distrito de Braga nas Memórias Paroquiais de 1758. Braga: 2003.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Joaquim Gonçalves 2006

Actualização

jppmag (Contribuinte externo) 2021
 
 
 
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