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Edifício e estrutura Edifício Militar Fortaleza
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Descrição
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Acessos
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Zona histórica de Malaca: Jalan Parameswara; Jalan Gereja, Jalan Kota |
Protecção
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Património Mundial - UNESCO, 2008 |
Enquadramento
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Urbano, implantado no sopé sudeste da colina de São Paulo, actualmente situada a cerca de 500 m da costa. A Porta de Santiago localiza-se junto a Jalan Kota, onde se situam a maioria dos museus de Malaca. Perto da fachada posterior da porta, uma escada dá acesso à Igreja de São Paulo (v. IPA.00024605) e ao cemitério holandês do séc. 17. A nordeste localiza-se um troço de muralha, recentemente posta a descoberto. |
Descrição Complementar
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Malaca encontrava-se dividida em 3 partes - a cidade, delimitada por uma cintura de muralhas, o bairro de Hilir, na margem esquerda do rio de Malaca, e o bairro de Upeh, na margem oposta. Upeh era o coração económico da cidade, onde se encontram as principais comunidades de mercadores asiáticos, com bairros próprios (kampung) e os "casados" portugueses. |
Utilização Inicial
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Militar: fortaleza |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1511 - Conquista da praça por Afonso de Albuquerque; o sultão procura refúgio fora da cidade, esperando que o inimigo terminasse o saque, contudo os portugueses não abandonam Malaca e rapidamente erguem uma torre em pedra; o sultão tem que se exilar, fundando o sultanato de Johor que teve mais tarde um papel fundamental na queda de Malaca (PINTO, 1999, p. 193); 1512 - Afonso de Albuquerque deixa Rui de Brito Patalim no comando da fortaleza; 1526, cerca - início da construção da muralha que cercava o núcleo urbano, sendo vice-rei Pedro de Mascarenhas; 1534 - 1539 - sob o governo de D. Sebastião da Gama, é dada a ordem expressa para que se construir uma muralha do lado de terra; 1537 - a cidade sofre um pesado cerco das forças do sultanato de Achém; 1564 - Malaca tem apenas a torre de menagem fortificada (entretanto batizada de "A Formosa"), com pequenos muros de taipa e paliçadas de madeira; 1561 - D. Francisco Coutinho manda erguer uma muralha de pedra, que no entanto se mostra insuficiente face aos ataques sofridos; 1568 - novo ataque pelas forças do sultão do Achém; 1573 - 1575 - ataques consecutivos à cidade pelo sultão do Achém; 1604 - 1610 - "Declaracam de Malaca" de Manuel Godinho de Herédia, que inclui várias plantas da fortaleza de Malaca (primitiva, em 1604 e a sua ampliação) e da torre de menagem; 1641 - conquista da praça pelos holandeses; as igrejas são destruídas ou transformadas em dependências militares e "A Formosa" passa a servir de armazém (PINTO, 1999, p. 201); séc. 19 - demolição da muralha pelos britânicos, poupando-se apenas a Porta de Santiago graças à iniciativa do fundador de Singapura, Sir Thomas Stamford Raffles; 1987 - conclusão e entrega do projeto de conservação e restauro da Porta de Santiago pela Fundação Calouste Gulbenkian, da autoria do arquiteto Viana de Lima; 2008 - classificação pela UNESCO como património da humanidade de Malaca e GeorgeTown, cidades históricas do estreito de Malaca; 2006 - escavações arqueológicas põem a descoberto uma estrutura militar perto da porta de Santiago. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra laterite rebocadas; pavimento em tijoleira; elementos decorativos em argamassa pintada. |
Bibliografia
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AA.VV., 4 Exemplos de recuperação e revitalização de um património construído pelos Portugueses no Mundo, FCG, Lisboa, 1987; CID, Isabel, O livro das plantas de todas as fortalezas, cidades e povoações do estado da Índia oriental de António Bocarro, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1992; DIAS, Pedro, Arte de Portugal no mundo, Extremo Oriente, vol. 13, Público, Lisboa, 2008, pp. 13-28; LEÃO, Francisco Cunha (dir.), O Índico na Biblioteca da Ajuda, Catálogo da documentação manuscrita refrente a Moçambique, Pérsia, Índia, Malaca, Molucas e Timor, IPPAR, Lisboa, 1998; LOBATO, Manuel, "Fortalezas do Estado da Índia: do centro à periferia" in A arquitectura militar na expansão portuguesa, Comissão nacional para as comemorações dos descobrimentos portugueses, 1994; MATTOSO, José (dir.), Asia, Oceania, Património de origem portuguesa no mundo, arquitectura e urbanismo, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 2010, pp. 452-453; THOMAZ, Luís Filipe, "Malaca" in Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses, dir. Luís de Albuquerque, vol. II, Lisboa, Círculo de Leitores, 1994, pp. 659-660; PINTO, Paulo Jorge de Sousa, Portugueses e Malaios: Malaca e os sultanatos de Johor e Achém 1575-1619, Lisboa, SHIP, 1997; PINTO, Paulo Jorge de Sousa, "Malaca, uma encruzilhada de rotas e culturas" in Espaços de um Império. Estudos, Lisboa, CNCDP, 1999, pp. 191-201; http://whc.unesco.org/en/list/1223 (novembro 2011) |
Documentação Gráfica
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Arquivo Histórico da Casa de Bragança; Biblioteca Pública de Évora (Códice CXV / 2-1, Livro das Plantas de todas as fortalezas de António Bocarro); Biblioteca Real de Bruxelas: Declaracam de Malaca, Manuel Godinho de Herédia, c. 1604 a 1610; ANTT: Vista de Malaca in Lendas da Índia, Gaspar Correia, c. 1540 |
Documentação Fotográfica
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DGPC: SIPA, DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Biblioteca Real de Bruxelas: Declaracam de Malaca, Manuel Godinho de Herédia, c. 1604 a 1610; ANTT: Lendas da Índia, Gaspar Correia, c. 1540 |
Intervenção Realizada
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FCG: 1987 - trabalhos de conservação e restauro. |
Observações
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Autor e Data
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Sofia Diniz 2006 / Anouk Costa 2011 |
Actualização
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João Almeida (Contribuinte externo) 2018 |
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