Fortaleza de São Jorge da Mina / Elmina

IPA.00024425
Ghana, Central, Cape Coast (M), Cape Coast (M)
 
Arquitectura militar.
Número IPA Antigo: GH910308000001
 
Registo visualizado 1001 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Fortaleza    

Descrição

Acessos

Elmina. Latitude 05º 08’ 27'' N e longitude 01º 34’ 82'' O

Protecção

Património Mundial - UNESCO, 1979

Enquadramento

Urbano, isolado, no golfo da Guiné, costa ocidental de África.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: fortaleza

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública:estatal

Afectação

Época Construção

Séc. 15 / 16 / 17

Arquitecto / Construtor / Autor

MESTRE DE OBRAS: Lopo Machado (séc. 16).

Cronologia

1469 - Afonso V de Portugal arrendou a exploração da costa da Guiné, na forma de monopólio comercial, por cinco anos (mais um ao fim do contrato); o primeiro arrematante foi um comerciante lisboeta, Fernão Gomes que, além da renda, ficava obrigado à descoberta anual de 100 léguas da costa, a partir da Serra Leoa; durante a vigência desse contrato, alcançou-se a região da Mina, razão porque esse trecho do litoral passou a ser denominado como Costa do Ouro, despertando a cobiça internacional nomeadamente dos Reis Católicos, que só cessaram as pressões para se apossarem da região com o tratado da Alcáçovas (1749), através do qual reconheciam a Portugal o domínio das descobertas a Sul das Canárias; 1482 - edificação da primeira fortaleza pelos portugueses sob orientação de Diogo de Azambuja; este preparou uma expedição composta por 10 caravelas e duas urcas, que transportavam os materiais de construção e o pessoal necessário à sua edificação; 19 Janeiro - data da chegada da frota à costa, que atracou em frente da aldeia das Duas Partes (actual Elmina); ultrapassadas a oposição do rei local à edificação desta estrutura, a construção avança a um ritmo bastante acelerado; 1482 / 1484, entre - o primeiro comandante do forte-feitoria é o próprio Diogo de Azambuja; neste período, ali se encontrava o marinheiro genovês Cristóvão Colombo; posteriormente o comando foi ocupado por elementos ilustres no reino, nomeados por períodos de três anos; a sua autoridade estendia-se a outros entrepostos fundados posteriormente naquela costa, como os de Axim (Axém), Osu, Shema (Shamá), Waddan, Cantor e Benim; 1486, 15 Março - D. João II concede à fortaleza o estatuto de cidade "com todas as liberdades, privilégios e honras" (Ballong-Wen-Mewuda, 1996); 1502 - o Planisfério de Cantino retrata uma sólida estrutura acastelada dominada por uma torre de menagem de planta circular, com os muros reforçados por torreões, circulares; séc. 16, 2ª metade - os panos de muralhas envolvem o núcleo urbano habitado por comerciantes, funcionários e colonos portugueses; 1556 - a planta levantada por João Leal ou Marcos Gomes, durante o reinado de D. João III de Portugal (1521-1557), retrata uma cerca defensiva avançada com dois baluartes sobre o mar; um outro desenho, bastante esquemático e irregular, sugerindo tratar-se de um levantamento enviada à Corte para servir de base a melhoramentos na fortificação, talvez tenha sido preparado pelo "Mestre de obras da Fortaleza da Mina" Lopo Machado (1563-1578), que trabalhara anteriormente nas obras de fortificação da Capitania da Bahia, no Brasil; 1637, 29 Agosto - a praça é conquistada pelos holandeses com relativa facilidade, devido a uma falha no sistema de defesa, nomeadamente a existência de uma colina fronteira à fortaleza, mas na margem oposta do rio Benya, mais alta, a partir da qual os holandeses desferiram o ataque; os holandeses fazem de São Jorge da Mina a capital da Costa do Ouro Holandesa, e rebatizam o forte como Fort de Veer, Fort Java, Fort Scomarus e Fort Naglas, procedendo a obras de reforço e de ampliação; deste período existem desenhos da autoria de Caspar Barlaeus e Frans Post; 1873 - conquista do forte pelos britânicos.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em alvenaria de pedra pintado de branco; soco, cunhais, cornija e molduras dos vãos em cantaria pintada.

Bibliografia

BALLONG-WEN-MEWUDA, Joseph Bato`ora, São Jorge da Mina, Elmina et son contexte sócio-historique pendant l´occupation portugaise, 1482-1637 (texto policopiado), tese de doutoramento de 3 Cycle apresentada à Université de Paris, U.E.R. d'Histoire, 2 vols., 1984; BALLONG-WEN-MEWUDA, Joseph Bato`ora, São Jorge da Mina, 1482-1637: la vie d`un comptoir portugais en Afrique Occidentale, Paris/Lisboa, FCG/Centre Culturel Portugais, 1993; BALLONG-WEN-MEWUDA, Joseph Bato`ora, A Fortaleza de São Jorge da Mina: testemunho da presença portuguesa na costa do Golfo da Guiné do século XV ao século XVII, in Oceanos n.º 28, Out.-Dez. 1996, pp. 27-39; http://pt.wikipedia.org/wiki/Castelo_de_São_Jorge_da_Mina, Dezembro 2010; http://fortalezasmultimidia.com.br/fortalezas/index.php_fortaleza=543, Dezembro 2010.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Proprietário: 1990, década - ampla intervenção de restauro e conservação.

Observações

EM ESTUDO. *1 - O Castelo de São Jorge da Mina é também designado por Castelo da Mina, Feitoria da Mina e, posteriormente, por Fortaleza de São Jorge da Mina, Fortaleza da Mina, ou simplesmente "Mina". Possui ainda outras denominações como Elmina, Castelo velho da Mina; a designação de Elmina parece ter a sua origem na adaptação do vocábulo "mina" pelos holandeses (Ballong-Wen-Mewuda, 1996).

Autor e Data

Sofia Diniz 2006

Actualização

Manuel Freitas (Contribuinte externo) 2011
 
 
 
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