|
Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Cine-teatro
|
Descrição
|
Fachada principal de dois pisos, terminada em friso e cornija sobreposta por beirada simples. No primeiro piso rasgam-se três portais em arco de volta perfeita, assente em pilastras toscanas, com chave saliente e, no segundo, no seu alinhamento, três janelas rectilíneas, molduradas, a central de sacada, com guarda de ferro, e as laterais de varandim, igualmente com guarda de ferro. No interior, sala com capacidade para 330 lugares. |
Acessos
|
Rua de São Francisco |
Protecção
|
|
Enquadramento
|
Urbano, adossado, no interior da Praça de Valença (v. PT011608150003). |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Cultural e recreativa: cine-teatro |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
|
Época Construção
|
Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
|
Cronologia
|
1864, 26 maio - alvará de D. Luís I criando a Associação Artística Valenciana de Socorros Mútuos, posteriormente mais conhecido como Cine-teatro Valenciano; 1874, 14 novembro - posta a concurso a construção do teatro, no local do edifício sede da Associação Artística Valenciana de Socorros Mútuos, na R. de São Francisco; 1876, 05 abril - início da construção; 1877 - a Associação Artística Valenciana de Socorros Mútuos tinha 300 sócios; 1882 - os seus principais rendimentos advinham do funcionamento da casa de espectáculos, da Caixa Económica e da cotização dos seus associados; 1893, 14 novembro - aprovação dos novos estatutos da colectividade que passou a chamar-se Associação Valenciana de Socorros Mútuos; 1914, maio - referência a estar em lastimável estado de imundice; 1915 - dezembro - reabertura do teatro após obras, com um espectáculo de zarzuela; 1917, novembro - suspensão temporária das sessões no cinema devido a mudança de empresa; 1923, 07 março - espectáculo pela Companhia Aura Abranches, tendo-se ali colocado uma placa de mármore para comemorar a passagem das artistas Aura e Adelina Abranches; 1925, Novembro - actuação da Companhia dirigida por Chaby Pinheiro, com as peças "O Leão da Estrela", "O papão" e "Cama, mesa e roupa lavada"; 1928, 24 novembro - circular do Governo Civil de Viana do Castelo, cumprindo determinação da Inspecção-Geral dos Teatros, proíbe a exibição do filme "Os Barqueiros do Volga"; 03 dezembro - estreia da Companhia Palmira Bastos - Alexandre d'Azevedo com a peça Amor de Perdição; 1929, Abril - actuação da Companhia Berta Bivar - Alves da Cunha, descerrando-se uma lápide em sua homenagem; 1932, Setembro - actuação do "Grupo dos Cinco", composto por Palmira Bastos, Amélia Rey Colaço, Maria Clementina, Raul de Carvalho e Robles Monteiro, com as peças O Diabo Azul e Oiro de Lei; descerramento de uma lápide no proscénio em homenagem aos actores; 1972 - a associação tinha 130 sócios; 1973 - os responsáveis pelo edifício admitiam que, com cerca de 890 contos, se poderia renovar o imóvel e o respectivo mobiliário; foram feitas várias petições solicitando a intervenção das autoridades competentes para manter em funcionamento a única sala de espectáculos de Valença; 1974 - possuía 150 associados com a cota mensal de 2$50; 1990 - a sala de espectáculos encontrava-se desactivada; 2003 - negociações para transferência de propriedade para a Câmara Municipal de Valência. |
Dados Técnicos
|
|
Materiais
|
Estrutura rebocada e pintada; elementos estruturais e molduras dos vãos em cantaria de granito. |
Bibliografia
|
FERNANDES, Ana Peixoto - «Antigo cineteatro de Valença vai ser doado à câmara». In Público. 12 fevereiro 2003; NEVES, Manuel, Augusto Pinto - Valença. Das origens aos nossos dias. Valença: 1997; NEVES, Manuel Augusto Pinto - Valença entre a História e o Sonho. Valença: 2003; ROCHA, J. Marques - Valença. Porto: 1991. |
Documentação Gráfica
|
Câmara Municipal de Valença |
Documentação Fotográfica
|
DGPC: SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
1915 - obras de remodelação, com execução de um novo cenário, pintura do interior, substituição das velhas cadeiras por umas automáticas e outras. |
Observações
|
EM ESTUDO. *1 - Fez parte da comissão fundadora José Maria Veríssimo de Morais, que também impulsionou a fundação da Assembleia Valenciana. |
Autor e Data
|
Paula Noé 2005 |
Actualização
|
|
|
|