Cemitério dos Prazeres

IPA.00023320
Portugal, Lisboa, Lisboa, Estrela
 
Cemitério oitocentista, apresenta uma filiação no romantismo francês, verificável pelo grande impacto arquitetónico dos jazigos-capela neogóticos e da profusão da escultura funerária de grandes dimensões e expressividade, particularmente no cemitério parisiense do Père-Lachaise. Apresenta uma planta simétrica e regular, a partir de um eixo central que parte da entrada monumental até à praça central e capela, desenvolve-se em leque a partir do núcleo inicial, uma área murada correspondente ao canto nordeste do atual recinto, ampliada até meados do século 20 em duas fases sucessivas. É constituído quase exclusivamente por jazigos particulares, que o levaram a ser considerado o cemitério da burguesia lisboeta dos séculos 19 e 20, de que um dos expoentes máximos será o jazigo da família do duque de Palmela (1849), o maior mausoléu privado da Europa, revelador também da influência dos ideais maçónicos, outra linha de força da simbólica funerária dos Prazeres. A capela do cemitério contém a primeira sala de autópsias fora do Instituto de Medicina Legal, e um Núcleo Museológico, único do género no país, conservando um espólio composto por antigos livros de registos dos cemitérios e interessantes peças de época provenientes de jazigos abandonados.
Número IPA Antigo: PT031106261110
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Edifício e estrutura  Funerário  Cemitério    

Descrição

Espaço regular e simétrico, com um eixo central que parte da entrada monumental traçada por Domingos Parente da Silva, dando acesso à praça central e à capela. É constituído quase exclusivamente por jazigos particulares. Possui, entre outros, o monumento funerário de Oliveira Martins, uma construção flanqueada por dois contrafortes e marcada por uma rosácea, ornado por uma escultura de bronze a representar a História.

Acessos

Praça São João Bosco

Protecção

Em vias de classificação

Enquadramento

Urbano. Cercado por muro alto, situa-se no topo da encosta nascente do Vale de Alcântara, confrontando, a nascente, com a Praça João Bosco.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: cemitério

Utilização Actual

Funerária: cemitério

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETOS: Domingos Parente da Silva (séc. 19); Nicola Bigaglia (séc. 19). ESCULTOR: Teixeira Lopes (1898).

Cronologia

1590 - primeiros enterramentos junto a uma ermida dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, resultantes de uma epidemia de peste; 1833 - início da construção; 1834 - é considerado cemitério público permanente; 1840 - inauguração oficial do cemitério; 1860, década de - substituição da antiga por uma nova capela; séc. 19, segunda metade - execução do portão, da autoria de Domingos Parente da Silva; feitura do túmulo de Francisco Mantero, lavrado em calcários de Leiria, feito segundo o projecto de Nicola Bigaglia; 1898 - feitura da escultura da Dor para o túmulo de Oliveira Martins por Teixeira Lopes; 2001 - abertura de um Núcleo Museológico, único do género no país, conservando um espólio composto por antigos livros de registos dos cemitérios e interessantes peças de época provenientes de jazigos abandonados; 2016, 19 janeiro - a abertura do procedimento de classificação do Cemitério dos Prazeres, en Anúncio n.º 12/2016, DR n.º 12, 2.ª série.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

FERREIRA, Rafael Laborde e VIEIRA, Victor Manuel Lopes - Estatuária de Lisboa. Lisboa: Amigos do Livro, Lda., 1985; VITERBO, Sousa - Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal. Lisboa: Imprensa Nacional, 1904, vols. II e III.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

João Machado 2005

Actualização

 
 
 
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