Sítio Arqueológico do Cabeço da Mina

IPA.00002284
Portugal, Bragança, Vila Flor, União das freguesias de Assares e Lodões
 
Santuário calcolítico sem qualquer estrutura coerente que permita indiciar se o local é funerário ou ritual, embora a implantação topográfica associada à inexistência de espólio cerâmico abalize a última hipótese considerada. Apresenta anel lítico delimitando possível recinto ritual com elevado número de estelas decoradas, de modo a poder reconhecer-se representações masculinas, femininas e coletivas. A excecional concentração de estelas é caso único a nível Peninsular, revelando um potencial científico ímpar dentro dos sítios pré-históricos conhecidos. A cronologia destas peças, pelos carateres estilísticos evidenciados, mormente a ausência de representações de armas, aponta para uma inserção provável dentro do 3 milénio a.C..
Número IPA Antigo: PT010410010009
 
Registo visualizado 522 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Religioso  Santuário rupestre    

Descrição

Santuário calcolítico implantado numa pequena elevação aparentemente delimitada por um anel lítico dentro do qual se encontra um alinhamento de estelas, predominantemente em granito embora algumas sejam em xisto, predominantemente retangulares, com um elevado número de exemplares decorados, as quais deveriam circundar o cabeço. As estelas, de diferentes tamanhos, apresentam marcas correspondentes a elementos faciais como olhos e nariz, bem como decoração que incluía a definição de colares, cinturas e motivos geométricos, destinados a representar divindades, entidades tutelares de territórios e personagens heroicos, como chefes e guerreiros.

Acessos

Assares, estradão a partir do Km 39 da EN 102

Protecção

Categoria: SIP - Sítio de Interesse Público, Portaria n.º 110/2014, DR, 2.ª série, n.º 30, de 12 fevereiro 2014

Enquadramento

Rural, isolado, num pequeno cabeço no Vale da Vilariça cultivado com cereais, sobranceiro à Ribeira da Vilariça.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: santuário rupestre

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Pré-história

Arquitecto / Construtor / Autor

Não aplicável

Cronologia

2000 a.C. - 1800 a.C. - provável construção do santuário; 1980, década - proprietário dos terrenos descobre a primeira estela menir, na sequência da qual se procedem a duas escavações arqueológicas; 1987, 28 fevereiro - despacho de abertura do processo de classificação da DRPorto; 1997, 03 março - despacho de abertura do processo de classificação do Vice-Presidente do IPPAR; 2002, 23 setembro - proposta de classificação como Monumento Nacional pela DRPorto; 2004, 09 junho - parecer do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação como Imóvel de Interesse Público; 2005, 03 fevereiro - Despacho da Ministra da Cultura de homologação do sítio arqueológico como Imóvel de Interesse Público; 2010, 10 setembro - proposta de estabelecimento da Zona Especial de Proteção pela DRPorto; 03 novembro - parecer favorável à proposta de estabelecimento da Zona Especial de Proteção da SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2017, agosto - abertura ao público do Centro Interpretativo do Cabeço da Mina, obra abrangida pelas medidas compensatórias do plano de aproveitamento hidroelétrico de Foz Côa com a coordenação da DRCNorte.

Dados Técnicos

Materiais

Anel lítico em blocos de xisto; estelas em granito e xisto.

Bibliografia

SOUSA, Orlando e REBANDA, Nelson - Estelas menires do Cabeço da Mina, Vila Flor, Trás-os-Montes, Portugal, 3th Deia Conference of Prehistory. Ritual rites and religion in Prehistory. Conference resumes, Deia, 1993; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/71383 [consultado em 11 janeiro 2017].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1985 - Escavação arqueológica de responsabilidade de Francisco Sande Lemos e Orlando de Sousa; 1986 - escavação arqueológica de responsabilidade de Orlando de Sousa; 1991 - escavação arqueológica de responsabilidade de Orlando de Sousa.

Observações

As estelas estão depositadas na residência do proprietário do terreno, em Vila Flor, num armazém em Assares e no Museu Abade de Baçal, em Bragança.

Autor e Data

Paulo Amaral 1995

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login