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Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara, tribunal e cadeia
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Descrição
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Planta rectangular sensivelmente irregular, de massa simples e cobertura em telhados de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, de dois pisos, com cunhais apilastrados, embasamento de cantaria, as duas principais terminadas em friso e cornija, enquanto as outras apenas com cornija, todas elas sobrepujadas por beirada simples. Fachada principal de dois panos definidos por pilastras, o da direita terminado em empena e rasgado, no primeiro piso, por três portas de verga rectas molduradas, as laterais adaptadas a janela de peitoril, e, no segundo, por três vãos de verga abatida, moldurados, sendo os laterais janelas de peitoril e o central janela de sacada, com guarda de ferro e mastro de bandeira, encimada por pedra de armas nacionais, integrada em cartela oval envolta por elementos concheados. O pano da esquerda é rasgado no primeiro piso por dois portais de verga recta moldurados e, no segundo, por três janelas, sendo as laterais de sacada com guarda de ferro e a central de peitoril. A fachada lateral direita é rasgada por porta de verga recta e, no segundo, por dois portais de verga abatida, acedidos por escada adossada, com guarda de ferro, e janela de peitoril com a mesma modinatura; sobre o cunhal direito, surge sineira em arco de volta perfeita, terminada em empena, sendo coroada por cruz latina de cantaria. Fachada lateral esquerda formando ângulo ao centro e rasgada irregularmente abrindo-se no piso térreo portal rectilíneo largo encimado por dois vãos quadrangulares laterais, e no segundo por duas janelas de sacada corrida, com guarda de ferro, uma janela de peitoril rectangular e janelo sem moldura. |
Acessos
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Largo da Praça |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção do Núcleo urbano de Favaios / Conjunto arquitectónico do Largo da Praça e Rua Direita de Favaios (v. PT011701070139) |
Enquadramento
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Peri-urbano, no interior do núcleo antigo da aldeia vinhateira do Douro, adaptada ao declive do terreno, tendo junto à fachada lateral direita pequena bica fontanário. Nas imediações erguem-se alguns imóveis de interesse arquitectónico (v. PT011701070104 e PT011701070105), a Casa da Obra (v. PT011701070102) e, um pouco mais afastado, o Solar de Santo António (v. PT011701070057). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
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Comunicações: estação de correios (CTT) / Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1211, 27 setembro - foral de D. Afonso II; 1270, 10 julho - confirmação do foral por D. Afonso III; 1514, 15 julho - foral novo dado por D. Manuel; 1758, março - a vila de Favaios era couto da Casa de Távora e, segundo as Memórias Paroquiais, um julgado sobre si, com um juiz ordinário, um vereador e procurador do concelho e um escrivão, que servia de público e da câmara, eleitos e depois aprovados pelo ouvidor da mesma Casa de Távora; pela vila passava um correio, que fazia a ligação entre o correio-mor de Vila Real e o concelho de Anciães; 1759 - Favaios deixou de ter como donatários os Marqueses de Távora e passou para a posse da Coroa; séc. 18, 2ª metade - época provável da construção do edifício que integrava cadeia; séc. 19 - reforma do edifício conforme denotam alguns elementos; 1853, 31 dezembro - extinção do concelho de Favaios, que passou a pertencer ao concelho de Alijó, mas a população revoltou-se; 1854, 14 janeiro - carta do Governo Civil à Câmara de Favaios declarando que, na sequência da extinção do concelho, a Municipalidade deveria, no dia que lhe fosse indicado pelo presidente daquela Câmara, entregar todos os papéis e livros da secretaria; 20 janeiro - sessão especial da Câmara em protesto da decisão; o Presidente, após consultar os principais habitantes do concelho, e sendo eles unânimes, em não poder cumprir o solicitado, devido à Municipalidade que representa o concelho de Alijó não ter merecido ainda a confiança do povo de Favaios, por não haver concorrido para a sua eleição e não poderem tomar a gerência da administração dos povos que nela ainda não tivessem depositado a sua confiança segundo as fórmulas constitucionais, decidem informar o rei e as Cortes da incoerência de tal medida; 1991, 20 julho - Decreto-lei nº 653 elevando Favaios a vila, por iniciativa do Deputado Daniel Bastos. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de pedra, rebocada e pintada; molduras dos vãos, pilastras, frisos e cornijas, sineira, bacia das sacadas, brasão e outros elementos em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; janelas com vidro simples; guardas e mastro em ferro; cobertura de telha. |
Bibliografia
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LEITÃO, Fernando Rodrigues - Monografia do Concelho de Alijó. Lisboa: s.n., 1963; Monografia de Favaios. Turma do 2º Ano - 2ª fase. Vila Real: s.n., 1991. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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DGLAB/TT: Dicionário Geográfico, vol. 15, nº 30, p. 177 - 181 |
Intervenção Realizada
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2008 - obras de conservação exterior; pintura das fachadas. |
Observações
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EM ESTUDO. |
Autor e Data
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Paula Noé 2008 |
Actualização
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