Pelourinho de Castro Laboreiro

IPA.00002228
Portugal, Viana do Castelo, Melgaço, União das freguesias de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro
 
Pelourinho de construção quinhentista, sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica. Integra elementos do primitivo pelourinho e apresenta carácter rural e linhas muito simples e lineares, com soco quadrangular de três degraus, onde assenta a base, coluna facetada e capitel simples, encimado por pináculo piramidal, de construção posterior. Realce da inscrição gravada no topo de uma das faces, a qual é bastante original, uma vez que, para além da data de construção, forneça a Era - Nosso Senhor Jesus Cristo -, bem como o local de implantação, Castro Laboreiro. Atualmente, com o acrescento de um remate, integra a tipologia de pinha piramidal.
Número IPA Antigo: PT011603020009
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Sem remate

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de três degraus quadrangulares, onde assenta base tronco-piramidal e fuste facetado de arestas truncadas, tendo numa das faces a seguinte inscrição: "1560 N.S.J.C. C.o L.o". Encima o conjunto, bloco quadrangular servindo de capitel e remate piramidal.

Acessos

Castro Laboreiro, Largo do Eirado. WGS84 (graus decimais) lat.: 42.030076; long.: -8.158422

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 / Incluído no Parque Nacional da Peneda do Gerês

Enquadramento

Urbano, isolado. Ergue-se no fundo de um largo lateral à Igreja Matriz de Castro Laboreiro (v. PT011603020019), enquadrado por casas de habitação e tendo por trás o edifício da antiga Câmara.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia Local, Artº 3º, Dec. 23 122 de 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1560 - data da construção do pelourinho; 1706 - povoação da Casa de Bragança e Comarca de Barcelos, com 2 juízes ordinários, que também servem nos órfãos, 2 vereadores, um procurador, eleito trienalmente pela população e confirmado pelo Ouvidor de Barcelos e 2 tabeliães; 1758, 11 Maio - segundo o padre Inácio Ribeiro Marques nas Memórias Paroquiais, a freguesia era do rei, comarca de Braga e tinha juiz ordinário e dos órfãos, câmara e juiz capitão, estando sujeita ao governo do ouvidor da vila de Barcelos; tinha 492 vizinhos, 291 fogos inteiros e 201 meios fogos, totalizando 1412 pessoas; o concelho tinha privilégios reais, estando os moradores isentos de pagarem pedidos ou petas ou de os fazerem soldados, pagos ou auxiliares, devido aos serviços que os mesmos tinham feito defendo a raia seca que confinava com a Galiza; 1839 - em termos administrativos, Castro Laboreiro pertencia ao concelho de Ponte de Lima; 1853 - era sede do concelho de Castro Laboreiro, pertencendo à Comarca de Monção; 1860 - apeamento do pelourinho por Melchior Gonçalves para no seu lugar se construir a "Casa Grande", sendo os seus elementos dispersos por várias casas da vila; 1878 - passou a fazer parte do julgado de Fiães e, posteriormente, ao concelho de Melgaço; 1917 - o Major Fernando Barreiros, de visita a Castro Laboreiro, é informado sobre o paradeiro de algumas peças e de como ele era, levando-o a elaborar desenho reconstituitivo; 1959, 02 outubro - publicação de Portaria no DG, 2.ª série, n.º 231 fixando uma Zona Especial de Proteção do Pelourinho de Castro Laboreiro; 1969, 17 setembro - determinação do Ministro da Educação Nacional publicada em DG, 2.ª série, n.º 218, revogando a portaria de 1959 em que estabelecia uma Zona Especial de Proteção do Pelourinho; 1980, década - Padre Anibal Rodrigues encontrou o fuste servindo de lintel da chaminé da Casa Grande, a base no muro do quinteiro de Manuel Fernandes Damião e o capitel servindo de óculo de luz na casa dos Campantes na Portela da Vila; 1985, depois - reconstituido, sob impulso do Padre Aníbal Rodrigues.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

BARREIROS, Fernando - «O Pelourinho de Castro Laboreiro». In O Archeologo Português. Lisboa: 1920, vol. 24, pp. 211 - 213; CAPELA, José Viriato - As freguesias do distrito de Viana do Castelo nas Memórias Paroquiais de 1758. Braga: Casa Museu de Monção; Universidade do Minho, 2005; CHAVES, Luís - Os Pelourinhos do Distrito de Viana do Castelo. Lisboa: 1933; CHAVES, Luís - Os Pelourinhos. Lisboa: 1938; CRESPO, José - «Pelourinhos. Cruzeiros. Forcas». In Cadernos Vianenses. Viana do Castelo: 1982, vol. 6, pp. 97-112; COSTA, António Carvalho da (Padre) - Corografia Portugueza.... Lisboa: Valentim da Costa Deslandes, 1706, vol.1; MALAFAIA, E.B. de Ataíde - Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; RODRIGUES, Padre Aníbal - «O Pelourinho de Castro Laboreiro». In A Candeia. Melgaço, Março, n.º 8, pp. 16-18; SOUSA, Júlio Rocha e - Pelourinhos do Distrito de Viana do Castelo. Viseu: 2001.

Documentação Gráfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID, DGEMN:DREMN, SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

Autor e Data

Paula Noé 1992

Actualização

 
 
 
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