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Edifício e estrutura Edifício Comercial Mercado
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Descrição
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Pano de muro rebocado e pintado de branco, com cunhais e modinaturas em cantaria de granito, disposto de forma simétrica com pano central mais elevado, flanqueado por duas alas rectilíneas. Pano central de dois registos definidos por friso de cantaria, interrompido por quatro vãos em arco ultrapassado, flanqueado por duas ordens de pilastras toscanas, encimado por friso cornija, que sustentam o remate escalonado, mais alto na zona central, flanqueada por pequenos pilares galbados, prolongados inferiormente em pequeno pingente, e encimada por cornija contracurvada, tendo, nos extremos, pináculos assentes em plintos cúbicos. O remate inscreve escudo português. Cada uma das alas é rasgada por cinco arcos abatidos. Na zona posterior, são visíveis os arranques dos muros, que dividiam as anteriores dependências, com silhares de cantaria granítica, parcialmente rebocados e pintados de branco *1. |
Acessos
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Largo da Praça. VWGS84 (graus decimais): lat.: 41.804977º, long.: -6.756135º (2010) |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, enquadrado por arruamentos. A NO., desenvolve-se o corpo do edifício da antiga Sé (v. PT010402420031) e nos restantes estruturam-se contínuos de fachadas bastante interessantes, embora com algumas dissonâncias. Ruas pavimentadas com cubo de granito, tendo, nos passeios, lajeado de granito, onde surgem candeeiros de pé e bancos. Insere-se numa Praça quadrangular, tendo plataforma central pavimentada e placas de granito, com bancos do mesmo material e onde se inscreve o acesso ao parque de estacionamento, no lado E.. Na praça existe ainda elemento escultórico alusivo ao comércio, da autoria de Teixeira de Sousa, e executado em 2004. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comercial: mercado |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Carlos Alberto Malhão Afonso. |
Cronologia
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1903, 29 Maio - início das obras nas Eiras do Arcebispo, para construção do mercado; 1906 - data registada no remate do portão principal, correspondendo à inauguração do mercado; 1933 / 1936, entre - construção de novos talhos no mercado; 1938 / 1942, entre - conclusão da cobertura do mercado municipal; séc. 20, 1.ª metade da década de 80 - construção do conjunto de seis pavilhões com pontos de venda no interior do recinto, segundo projecto de Carlos Alberto Malhão Afonso; 2002 - 2004 - ao abrigo do programa POLIS, o mercado foi demolido para a construção de praça com estacionamento subterrâneo, mantendo parte da fachada principal dos corpos dos talhos, que foram recuados para um dos extremos da Praça; 2004, 10 Junho - inauguração da praça, aquando da realização da sessão solene das Comemorações Nacionais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante. |
Materiais
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Paredes de alvenaria de granito rebocada; guarnição de vãos, cornijas e cunhais em cantaria de granito granito. |
Bibliografia
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BERENGUEL, Alda, FREIXO, Fernando, RODRIGUES, Luís Alexandre, Presidentes da Câmara de Bragança. Da República aos nossos dias, Bragança, Câmara Municipal de Bragança, 2004; JACOB, João Manuel Neto, Bragança, Lisboa, 1997; Bragança Boletim Municipal Especial, nº 22, Bragança, Fevereiro 2009. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Câmara Municipal de Bragança: séc. 20, 1ª metade da década de 80 - construção no interior do recinto dos seis pavilhões com pontos de venda; 1910 / 1911 - conservação das barracas da Praça Camões e talhos municipais; 1912 / 1913 - calcetamento da Praça Camões; reparação e conservação das barracas do mercado; 1914 / 1917, entre - obras de conservação nas barracas da Praça Camões e nos talhos municipais; década de 90 - o espaço público envolvente recebeu tratamento urbanístico, que passou pela repavimentação das ruas com cubo de granito, pela aplicação de lajeado de granito nos passeios e instalação de mobiliário urbano, nomeadamente de candeeiros de pé, de bancos e de um ecoponto no lado N.; 2004 - conclusão da pavimentação e arranjo do largo. |
Observações
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*1 - O antigo mercado tinha planta quadrangular, com o recinto definido por muro com gradeamento em três das suas faces e pelo alinhamento de corpos na posterior. Fachada principal, voltada a N., e laterais definidas por muros baixos de alvenaria rebocada, capeados por lajes de granito, suportando gradeamento de ferro forjado, com acesso por portões centrais, flanqueados por pilares de granito, encimados por pináculos de bola, com aletas volutadas sobre pequeno muro de cantaria, protegidos por portões de ferro forjado, tendo o principal remate fixo com composição de volutas, também em ferro forjado, com inscrição em letras de ferro pintadas de prateado: "CMB / 1906". Fachada posterior correspondente aos alçados posteriores dos talhos, marcado por parede rematada por dois conjuntos de cinco empenas sucessivas unidas a pano central mais elevado, correspondente ao corpo central, com cobertura em telhado de quatro águas, tendo, nos laterais, telhado em tesoura; os corpos são rasgados por doze pequenos vãos quadrangulares gradeados. No INTERIOR, com pavimento em ladrilho cerâmico cinzento, branco e amarelo, dispõem-se seis pavilhões com pontos de venda, de planta rectangular, dispondo-se quatro deles na metade anterior do recinto, perpendicularmente ao muro N., e dois outros, menos compridos, seguindo o eixo dos dois mais extremos, e os talhos, também de planta rectangular. Os talhos constituem vários corpos articulados e adossados uns aos outros, organizados a partir de um corpo maior e central que se interpõe a dois braços de cinco volumes mais modestos e repetitivos, com a fachada principal definida por cunhais apilastrados encimados por urnas, de dois registos separados por friso cortado por quatro vãos de acesso, esguios e em arco de ferradura, cujos pés-direitos marcam todo o registo inferior e os intradorsos, preenchidos por vitrais, sendo o superior, também rematado por cornija sobrepujada por empena escalonada, rematada centralmente por cornija em arco abatido; no centro, a inscrição "TALHO / MUNICIPAL"; os volumes laterais são simples, marcados por sucessão de corpos em empena, rasgados por porta axial em arco abatido abaulada, encimado por óculo circular moldurado. Os pavilhões são marcados pela estrutura porticada de betão armado (pilar/viga) na qual se instalam bancadas de venda e vãos de acesso ao interior. Anteriormente, os talhos estavam localizados no exterior do recinto, em frente do acesso O., e eram apelidados de "cabanal". |
Autor e Data
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Armando Redentor e Miguel Rodrigues 2001 |
Actualização
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