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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Planta rectangular, simples, de disposição horizontal, coberturas diferenciadas em duas águas. Fachada principal, em dois pisos com dois panos definidos pela diferenciação da altura das coberturas e pelo tubo de descarga da caleira, com remate em cornija sobreposta por beiral; no pano da direita o piso inferior, é percorrido por faixa pintada de cinzento, rasgado por 3 vãos compostos por larga entrada em arco de volta perfeita, uma janela quadrangular com gradeamento em ferro e porta rectilínea de moldura simples; no piso superior, andar nobre, rasgam-se 3 janelas de sacada com guardas em ferro e molduras simples encimadas por cornija, encontrando-se as duas da esquerda ao mesmo nível e a terceira da direita, num plano um pouco mais elevado sobre o arco da entrada, originando a sobreposição da sua cornija com o remate da fachada*1; o pano da esquerda no piso inferior é rasgado por seis portas rectilíneas, no superior por quatro janelas de sacada de duplo batente com varanda de guardas em ferro. INTERIOR, foi todo alterado. |
Acessos
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Largo Chieira |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, implantado em terreno plano, integrado na malha urbana, adossado pela fachada lateral esquerda a construções habitacionais, com frente para a estrada principal de acesso à vila. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1543, 30 Julho - Instituído o vínculo da casa de Nossa senhora da Piedade por Afonso Jorge; Séc. 17, inícios - a herdeira do vínculo casou com o administrador de outro vínculo, instituído por Manuel Girão Henriques a 15 de Março de 1628, ficando assim reunidos os dois morgados. Segundo os Registos Paroquiais, o Solar dos Girão Henriques localizava-se na Rua da Corga, desde finais do século XVI, com a união dos vínculos, os administradores dos morgados escolheram para sua habitação a casa maior e melhor situada, deixando a da Rua da Corga; séc. 18, meados - o senhor da casa deixou Tentúgal e fixou residência na Covilhã, onde os seus descendentes passaram a viver e, por este motivo, o morgado passou a ser conhecido em Tentúgal como "morgado da Covilhã ou casa da Covilhã". O último administrador, Bernardo Soares Girão, por não ter filhos nem irmãos nem sobrinhos, deixou todos os seus bens à sua 2ª mulher, Maria José de Souza Tavares e Azevedo; 1896 - os herdeiros venderam todos os seus bens incluindo o solar*2. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura de alvenaria de pedra e argamassa; cobertura exterior de telha cerâmica; cobertura interior de betão; pavimentos em tijoleira e parquet. |
Bibliografia
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CONCEIÇÃO, A. Santos, Terras de Montemor-o-Velho, Montemor-o-Velho, Câmara Municipal, 1992 (re-ed.); GÓIS, A. Correia, Concelho de Montemor-o-Velho, A terra e a gente, Montemor-o-Velho, 1995. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 Na frontaria existia um nicho com uma imagem de pedra de Nossa Senhora da Piedade com Jesus deitado no colo, obra de grande valor que foi comprada pelo coleccionador Ernesto de Vilhena em 1940. A seguir à casa, para sul, existia e Capela de S. Filipe e S. Tiago. Ao norte da casa, existia um celeiro do século XVII, com o chão lajeado; *2 num tombo dos morgados, esta construção apresentava-se arruinada, com cantarias manuelinas lavradas, posteriormente adquiridas pelo Dr. António Afonso, que as colocou na sua casa do Salgueiro na freguesia de Tentúgal. |
Autor e Data
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Sandra Lopes 2003 / Margarida Silva 2004 |
Actualização
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