Palácio da Cidadela e Capela de Nossa Senhora da Vitória

IPA.00021707
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Cascais e Estoril
 
Casa do governador seiscentista.
Número IPA Antigo: PT031105030131
 
Registo visualizado 847 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa de função  Casa do governador  

Descrição

Núcleo edificado, constituído por quatro corpos rectangulares, articulados entre si, com o principal virado à Parada da Cidadela, possuindo um perpendicular que liga oa Jardim de Inverno; no lado esquerdo, surge a Capela. A CAPELA tem a fachada principal de três panos, o do lado direito mais elevado, evoluindo em dois e três pisos separados por friso, no do lado direito por friso e cornija, divididos por frisos de cantaria e rematado por friso, cornija e pequena platibanda plena. No pano do lado esquerdo, arco de volta perfeita, encimado por janela de sacada pouco projectada, com guarda em ferro e remate em cornija. O imediato, mais largo, tem porta de verga recta, ladeada por duas janelas de peitoril, encimados por janelas de sacada semelhantes às do pano anterior. No lado direito, amplo vão em arco abatido, encimado por janela de sacada, semelhante às anteriores, e, no terceiro piso, janela jacente rectilínea, com moldura simples e remate em cornija. Junto ao pano do lado esquerdo, corre um muro amplo, rasgado por vão rectilíneo, com escadaria adossada. Forma um amplo pátio pavimentado a calçada. INTERIOR com capela-mor com altar-mor em talha e dois painéis de azulejo. No lado esquerdo da nave, púlpito de madeira policroma, encimado por brasão e coroa reais. Quarto presidencial com apainelados de estuque e tecto decorado a estuque. Painéis de azulejo do 18, com cenas do Antigo Testamento, com legendas.

Acessos

Avenida D. Carlos; Parada da Artilharia Anti Aérea; Avenida Rei Humberto II de Itália; Passeio Rainha Dona Maria Pia. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,694098, long.: -9,419070

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264)

Enquadramento

Urbano. Implanta-se no centro de Cascais, tendo a S. o mar e a N. a estrada, junto à Cidadela (v. PT0031105030006).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa do governador

Utilização Actual

Residencial: residência oficial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETOS: Cassiano Viriato Branco (1933); Luigi Manini (séc. 19); Pedro Vaz (2009-2011). EMPREITEIRO: Frederico Augusto Ribeiro (1898). PINTOR: Epifânio Pereira (1899).

Cronologia

1645 - conclusão da construção da fortaleza, no governo de D. Luís de Meneses; séc. 18, 2.ª metade - pintura dos azulejos da Capela; 1756, 20 Maio - Frei António do Espírito Santo escreveu sobre os efeitos do terramoto de 1755 em Cascais, referindo que o palácio do governador ficou destelhado; 1794-1796 - planta da Cidadela, de Maximino José Serra, existente na Biblioteca Pública do Porto, mostra o Palacete ou residência do governador e a ermida; séc. 19, início - planta de Cascais de Weirother, existente na Biblioteca Condes de Castro Guimarães, mostra a casa do governador a ocupar um edifício e o Pavilhão de Santa Catarina; 1864, 31 Maio - data da planta da Cidadela de J.A. de Esteves Vaz, mostra a casa do governador que não se encontrava ligada ao Pavilhão de Santa Catarina; 1870 - a cidadela passa a estar na posse da Casa Real; no centro da Cidadela, quatro corpos de dois pisos, dispostos regularmente, destinados às patentes superiores, tendo nomes, a N., o de Santo António, a S., o de São Luís, a O., o de São Pedro e a E., o de Santa Catarina, onde se vai localizar a casa do governador da Praça; D. Luís resolve passar o Verão em Cascais, instalando-se na residência do governador da Cidadela; pintura do terraço em estilo japonês, a pedido de D. Luís, por Luigi Manini; 13 Setembro - chegada da Família Real, após obras de restauro; a bateria é utilizada como terraço, coberta por um amplo toldo de lona e o pavimento coberto por tapetes; era o local de festas e bailes nocturnos; 1871 - execução de algumas obras para instalação da Família Real; 1878, 28 Setembro - experiência com iluminação eléctrica, com a oferta de 4 candeeiros eléctricos, semelhantes aos da Ópera Garnier, em Paris, ao príncipe D. Carlos, como presente de aniversário; 1879, Junho - levantamento da planta da Praça por António Augusto Duval Teles, Pedro Augusto Arnaut de Meneses, Joaquim Narciso Renato Descartes Baptista e Leonardo de Castro Freire, mostrando a Capela ligada ao Pavilhão de Santa Catarina, ligado à Casa do Governador; o espaço entre estes era fechado, inicialmente, por duas paredes, a N. e S., depois preenchidas com várias divisões; no piso inferior, uma sala de entrada, 3 arrecadações e uma sala de passagem, de onde saem as escadas para o superior, onde se situava a dependência do ajudante de campo do rei, com janela para o pátio e uma pequena sala e os aposentos da rainha, composta por 4 salas; ligado ao piso inferior, a mantearia com duas salas triangulares, uma com janela para o fosso da Fortaleza da Luz e outra com acesso ao piso superior por escada; surgia, ainda, uma terceira sala trapezoidal. Com 2 janelas sobre o fosso da fortaleza: o Pavilhão de Santa Catarina tinha, no andar inferior, uma casa de refeição, os aposentos do pessoal da rainha, surgindo, no segundo piso, os quartos dos príncipes, com 8 salas, dos preceptores, um quarto particular e uma sala que ligava à tribuna da capela; nos abobadados da Bataria da Ribeira ou da Rainha, seis arrecadações da Casa Real, todas rectangulares e com dimensões idênticas, com acesso ao pátio; sobre a Bataria da Ribeira, o pavilhão cor-de-rosa, onde se situava a sala de jantar, ligada à sala de bilhar e salão; o meio-baluarte NE. aloja a arrecadação da Casa Real; no primeiro piso do Pavilhão de Santo António, um gabinete e o alojamento dos reposteiros; no piso superior, as dependências das aias da rainha e do aio do príncipe; no Pavilhão de São Pedro, no primeiro piso, a rouparia e quartos das criadas; no piso superior, a farmácia e dependêcnias do almoxarife, capelão, médico, preceptor e picador; no Hospital da Praça, a ucharia e a cozinha; 1886, Agosto - construção de um passadiço sobre a o fosso da bateria e sobre o fosso que separava esta do posto semafórico, para permitir o acesso ao Palácio; 1888 - fotografias da Casa Bobone, mostra o quarto de D. Luís I e a saleta contígua composta por apainelados, envolvidos por frisos rectilíneos, que assumem elementos vegetalistas simples nos tectos, em gamela; o Salão com cobertura em gamela, ostenta frisos de madeira e painéis pintados com elementos vegetalistas enrolados em traves falsas pintadas; as sobreportas são pintadas, tendo apainelados forrados a papel, com pavimento em parquet; as aguarelas de Enrique Casanova mostram a varanda sobre a antiga bateria, com suportes de colunas de ferro e envidraçado superiormente; para ela, abre porta em arco de volta perfeita, ladeado por duas portas rectilíneas, todas envidraçadas; instalação de água canalizada no Palácio; 1889, 19 Outubro - D. Luís I morre na Cidadela; 1895, 30 Junho - planta da Cidadela e vila de Cascais, por José Maria de Oliveira, onde se verifica que o Pavilhão São Luís e o São Pedro são dependências da Casa Real; o de Santo António alojava o governador da Praça e a Casa Real; Agosto - o Administrador da Casa Real pede obras urgentes no palácio, tendo sido feitos alguns arranjos pontuais e colocado um pára-raios; 1896, 12 Maio - D. Carlos ordena a continuação das obras no palácio, especialmente no quarto da rainha, harmonizar os vãos dos edifícios antigos com a nova construção, arborização do pátio, arranjo das cavalariças e quarto dos moços; ampliação da cozinha e reparações na casa de jantar; 25 Maio - início das obras, não tendo sido todas concluídas; 1897, 6 Dezembro - são pedidas obras na casa de jantar, acesso à tribuna da capela e tecto da mesma, bem como o arranjo do pátio; solicita-se a substituição das pontes de madeira por outras de ferro, que não se realizaria; reparações nas cocheiras e cavalariças; a substituição de coberturas na entrada, sala de recepção, portas exteriores e as fachadas das várias casas não eram urgentes, mas necessárias; 1898, Março - a Administração da Casa Real pede o arranjo da casa de jantar, que tinha várias fendas; na sequência do pedido, são feitas obras na sala de jantar e sala de bilhar, conforme projecto do empreiteiro Frederico Augusto Ribeiro; foi calcetado o pátio central, sobre a cisterna, e ruas do pátio; colocação da chaminé no fogão da sala, assentamento de boxes na cavalariça, reparos nos estuques do salão e assentamento de portas e vidraças nas janelas; alargamento de duas portas das cocheiras; 1899 - reforma da pintura das armas portuguesas da cobertura por Epifânio Pereira, por ordem da rainha D. Amélia; 1900 - arranjo da canalização de gás; havia uma festa no dia 27 de Setembro em honra de Santo António; a imagem tinha 46 cm de altura, com, uma granadeira bordada a ouro e a cruz das Campanhas da Guerra Peninsular, n.º 5; imagens de Nossa Senhora da Vitória e São Sebastião; séc. 20 - construção de um sistema de tanques para manter as espécies marinhas capturadas vivas, com o fim de serem estudadas; 1902 - construção de um terceiro piso sobre o quarteirão de Santa Catarina, que passa a habitar; restauro da pintura do tecto da capela, pelo pintor Epifânio Pereira; nesta data, cada ala do palácio tinha 12 quartos, 6 por piso, à excepção da Ala de Santo António, com 4 por piso *1; 1910, 5 Outubro - o edifício do palácio passa para a posse do Ministério das Finanças; 1912, 17 Agosto a 19 Outubro - Ministério da Guerra concede à Associação infantil da freguesia do Coração de Jesus o uso dos pavilhões de Santo António e de São Pedro e a parte N. do de São Luís e a respectiva cozinha para instalação da colónia balnear infantil da Freguesia do Coração de Jesus; as mobílias, pertencentes ao Ministério das Finanças, deveriam ser removidas pela respectiva associação, que se veio a denominar Assistência Infantil da Paróquia Civil de Camões; 19 Outubro - cedência ao Ministério da Marinha de um armazém que servia de garagem e um antigo alojamento dos criados da Casa Real, para residência de um guarda e instalação de alguns serviços da Delegação Marítima de Cascais; 1913 - acordo entre os Ministérios da Guerra e das Finanças, ficando este com a parte posterior do piso térreo e os superiores do Pavilhão de Santa Catarina, 2 arrecadações sob as escadas da bataria a N., uma arrecadação ao lado da porta que acedia ao "lawn tennis" e o quintal; são visíveis várias árvores na zona que envolve o Palácio; 04 Janeiro - o zelados do palácio, Paulo Henriques Rolim, procedeu à conferência dos móveis cedidos à Câmara; 17 Agosto - leilão de alguns móveis e utensílios do palácio; saída de toda a mobília; 28 Agosto - cedência da casa da guarda, do comandante, cavalariças e caserna, cavalariças do Infante e casa térrea, casas n.º 7 a 9 e n.º 11 a 13 e 15 do quarteirão grande, todas as dependências sobre as batarias, excepto 3, a Casa Va??, Casas das Armas, pavilhão São Luís e pátio, quartel da música, cozinha geral, cozinha da casa de jantar da Família e dependências e bebedouro, à Companhia de Sapadarores do Caminho de Ferro; 22 Setembro - arrendamento do antigo palácio real com algum mobiliário a Roque de Arriaga, secretário particular do Presidente da República; 1914, 18 Junho - Ministro da Guerra autoriza que se estabeleça uma colónia balnear no pavilhão de São Pedro e parte do de São Luís, desde 1 de Julho a 22 de Outubro; 06 Novembro - ocupação de parte do Pavilhão de Santa Catarina pela Companhia de Sapadores de Caminho de Ferro; 1915 - instalação da Marinha no Pavilhão de Santa Catarina, que saiu em 1918; 1916, 26 Abril - a Câmara solicita ao Ministério das Finanças a cedência da sala de jantar da bataria da Ribeira para a sessão inaugural da Exposição de Produtos Regionais da Vila de Cascais, onde decorreu; pedido da sala envidraçada contígua; 1917 - o Batalhão dos Sapadores de Caminhos de Ferro estavam sediados no piso inferior do palácio; 1918, 08 Outubro - pedido do Ministério da Marinha de 3 quartos para alojamento dos oficiais que guarneciam o Posto de Vigilância de Cascais; 14 Outubro - devolução das instalações onde a Escola Central de Recrutas da Armada e o Depósito de Equipagens da Armada esteve aquartelados esporadicamente; 1927 - o Comandante da Bataria de Artilharia de Defesa Móvel N.º 4 (antiga Bataria de Artilharia de Posição) solicita autorização para usar as instalações desabitadas do Pavilhão de Santa Catarina, onde apenas o segundo piso estava reservado ao Presidente e o terceiro ocupado pelo Governador Militar de Lisboa; 06 Abril - pedido autorizado; 25 Julho - o pavilhão de Santa Catarina foi cedido ao Ministério das Finanças, para integrar o Palácio Nacional de Cascais; 1934 - 1935 - aquisição de várias peças de mobiliário à casa Móveis Olaio Estofos e Decorações; séc. 20, década de 40 - passa a ser utilizado como residência oficial de Verão do presidente da República, com ocorrência de reformas profundas por ordem do Presidente General Fragoso Carmona; 1942, 24 Agosto - alguns empregados da presidência viviam em casas sem chaminé com portas abertas para a parada, onde os filhos do mesmo brincavam; 1943 - projecto de construção de uma nova cozinha; 1956 - colocação de seis lanternas, provenientes do Palácio Nacional da Ajuda; 1974 - pintura do tecto e paredes do Jardim de Inverno; 1975, 12 Fevereiro - parecer sobre as obras que a DGEMN pretende desenvolver no Palácio; este não tem acesso independente, obrigando a transposição do portão de armas a atravessar a parada; 1976, 31 Janeiro - C.I.A.A.C. pede a cedência de algumas dependências do Palácio, como as garagens, furnas e desmontagem de um tabique de acesso às antigas residências do jardineiro; 1977 - construção de uma caixa para instalação do ascensor, por Anselmo Costa; 1978-1980 - montagem do ascensor, pela EFACEC; 1980 - colocação de um guarda-vento na entrada; 1981 - projecto de parqueamento de apoio ao Museu e Capela; - uma brigada analisou o estado de conservação da pintura mural da capela; séc. 21 - construção de uma piscina; 2011, 24 maio - proposta de fixação de Zona Especial de Proteção Conjunta da Casa de Santa Maria, Palácio dos Condes de Castro Guimarães, do Forte de Santa Marta, da Cidadela de Cascais e respectivos imóveis e o Marégrafo; 10 outubro - parecer da Comissão Nacional de Cultura a propor que sejam fixadas Zonas Especiais de Proteção para cada um dos imóveis.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; BOIÇA,Joaquim, BARROS,Maria de Fátima, RAMALHO, Margarida, As Fortificações Marítimas da Costa de Cascais, Quetzal Editores; Cascais em 1755 - do terramoto à reconstrução, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 2005; COSTA, António José Pereira da, Cidadela de Cascais (pedras, homens e armas), Lisboa, Estado-Maior do Exército Direcção de documentação e História Militar, 2003; ENCARNAÇÃO, José de, Cascais - Vila da Corte. Oito séculos de história, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1975; ENCARNAÇÃO, José d', Cascais - Guia para uma Visita, Cascais, 1983; ESCRIVANIS, Augusto Carlos de Souza, Investigações históricas do Regimento de Infanteria n.º 19, Lisboa, Typographia da Companhia Nacional Editora, 1900; GODINHO, Helena Campos, MACEDO, Silvana Costa, PEREIRA, Teresa Marçal, Levantamento do Património do Concelho de Cascais. 1975 - Herança do Património Arquitectónico Europeu, in Arquivo de Cascais, nº 9, s.l. 1990, p. 87 - 235; LOURENÇO, Manuel Acácio Pereira, As Fortificações da Costa Maritima de Cascais, Cascais, 1964; MECO, José, Azulejaria de Cascais com temática ou utilização religiosa, in Um olhar sobre Cascais através do seu património, vol. II, Cascais, Câmara Municipal de Cascais / Associação Cultural de Cascais, 1989, pp. 87-117; MECO, José, Da "Casa dos Azulejos" aos azulejos de Cascais, in Monumentos, n.º 31, Lisboa, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, 2011, pp. 46-57; Monografia de Cascais, Cascais, Câmara Municipal de Cascais, 1969; MOREIRA, Rafael, A Arquitectura Militar in História da Arte em Portugal, vol. 7, Barcelos, 1986; PEDREIRINHO, José Manuel, Dicionário de -arquitectos activos em Portugal do Séc. I à actualidade, Porto, Edições Afrontamento, 1994; RAMALHO, Margarida, A Torre de Cascais uma Perspectiva Arqueológica in Arquivo de Cascais, nº 7, s.l., 1988, p. 69 - 76; RAMALHO, Margarida de Magalhães, Uma Corte à beira-mar - 1870-1910, Lisboa / Cascais, Quetzal Editores/Bertrand Editora, Lda. / Câmara Municipal de Cascais, 2003; SOUSA, Maria José Pinto Barreira Rego, Cascais 1900, Lisboa, Medialivros, 2003; VITERBO, Sousa, Diccionario Historico e Documental dos Architectos, Engenheiros e Construtores Portuguezes ou a serviço de Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional, 1904, vol. III.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID-001/011-1203, 1204, 1205, 1206, 1207, DGEMN/DSMN-0386/05, 0371/09, DGEMN/DSID-001/011-1208, DGEMN/REE-022/06, DGEMN/DSARH-005/067-0357/03, 005/067-4886/04, 005/067-4889/01 e 02, 005/125-4096/07; DIE: Prédio Militar n.º 12, Cx. 1, Pasta 196, Pasta 197, cx. 4, cx. 6, cx. 8

Intervenção Realizada

1914, 26 Maio - pedido de autorização de obras pela Direcção-Geral da Fazenda Pública - muro de vedação no muro do jogo, até à capela entaipamento da janela, de porta, abertura de frontão na parede N. do jogo, para separar o pelotão do resto da cidadela; 1927, 17 Dezembro - pedido de orçamento para reposição dos ventiladores das cavalariças e colocação de placas de fibrocimento em vidros; DGEMN: 1931 - reparação da parede do corredor de acesso à capela, da casa de jantar e da entrada; tratamento dos rebocos da casa de jantar e da estufa; tratamento de caixilharias; caiação de muros; assentamento de azulejos na cozinha e instalações sanitárias; 1933 - reparação das coberturas da capela e tratamento geral de paredes e rebocos interiores; conserto das madeiras dos caixotões, sanca, apainelados, lambris, portas e rodapés do Salão; douragem a ouro fino dos ornatos do tecto e sanca do quarto do presidente; consertos do estuque e das portas da sala de jantar ou sala árabe e do vestíbulo; forro das paredes a damasco; substituição dos pavimentos e reparação de parquet; colocação de maçanetas a ouro brunido nas portas; douramento de varões; pintura a fresco na capela e colocação de nova guarda na tribuna; feitura de calçada à portuguesa em frente à entrada do palácio, por Joaquim Máximo; construção de um arcaz; limpeza do altar da capela; instalação de banheiras e lavatórios nas instalações sanitárias; construção de uma nova cobertura no terraço, em substituição da de ferro; construção de um depósito de água em cimento armado; reparação das colunas da capela; 1933 / 1934 - remodelação da instalação eléctrica, com colocação de novos candeeiros, e instalação completa do aquecimento, feita pela firma; 1934 - substituição dos socos do palácio e capela, gateados com ferro zincado; impermeabilização, reboco e pintura da parede que confina com a parada e substituição dos estuques da parede exterior da sala de jantar, que abre para o pátio; pintura dos candeeiros do pátio e do acesso ao terraço; impermeabilização do terraço; instalação de luz eléctrica no alpendre e ampliação deste; construção de um envidraçado e de uma guarda em ferro no terraço, onde se abriu um novo vão; colocação dos caixilhos da casa de jantar 1935 - modificação dos canos de água para abastecer o quarto do Presidente; entaipamento de uma porta sem serventia; 1935 / 1936 - reboco e pintura do edifício; 1936 - levantamento e reparação do parquet do corredor do primeiro piso e colocação de rodapé; 1937 - instalação de sistema de aquecimento no Jardim de Inverno e em várias dependências do Palácio; pintura da estrutura metálica do envidraçado do terraço; demolição de duas chaminés, arruinadas pelos temporais e arranjo das coberturas; pavimentação de um pátio com calçada portuguesa; colocação de alegretes no terraço; 1944 - restauro das fachadas; 1949 - pintura das caixilharias e portas; 1950 - reparação da capela; 1951 - reparação da garagem; beneficiação das coberturas, com feitura de novas beiradas; colocação de alcatifas e cortinados; remodelação da instalação eléctrica; remodelação do sistema de fornecimento de água quente; 1952 - prolongamento dos esgotos do palácio; reparação do terraço do Jardim de Inverno; colocação de um telhado sobre os tanques; 1953 - reparação do tecto de betão do Jardim de Inverno; electrificação dos candeeiros do pátio; pintura das caixilharias metálicas; beneficiação de rebocos e pinturas; 1954 - impermeabilização do terraço do Jardim de Inverno; 1955 / 1956 - reparação da instalação e quadros eléctricos; 1956 - substituição do tecido de damasco das paredes do vestíbulo e escada; reparação geral dos telhados e clarabóias; instalação de um alarme no portão de acesso; reparação das lanternas e candeeiros; reparação de mobiliário da varanda; 1957 - reparação de algerozes; tratamento de rebocos e pinturas exteriores; restauro dos altares da capela, com limpeza da purpurina e douramento das zonas em falta; reparação da instalação eléctrica; 1958 - colocação de uma caldeira em ferro; pintura do corredor da capela, colocação de mosaico na cozinha e beneficiação dos caixilhos e portas; arranjo da instalação eléctrica; 1958 / 1959 - caiação das fachadas do pátio principal; 1959 - pintura da estrutura metálica do Jardim do Inverno, assentamento de azulejos na cozinha velha e pintura de portas; 1960 - conserto da canalização e retoques nas paredes do vestíbulo; instalação eléctrica no salão de jogo; 1961 - beneficiação da instalação eléctrica do Salão de Banquetes; substituição do ramal de abastecimento de água; 1962 - tratamento de portas e ferragens; beneficiação e reparação de instalações sanitárias; 1961 / 1962 / 1963 - tratamento de rebocos e pinturas das fachadas; 1963 - pintura de portas e caixilhos da capela; conserto do terraço do jardim de inverno; substituição de alguns elementos de cortiça do pavimento; arranjo da canalização das instalações sanitárias do 2.º piso; substituição das bocas de rega do jardim e construção clarabóias para ventilação; 1964 - tratamento de rebocos e pinturas; arranjo das chaminés; 1964 / 1965 - beneficiação da instalação eléctrica; tratamento da cobertura e rebocos do salão de festas; reparação do telhado da Sala Chinesa; reparação da garagem; 1966 - substituição do ramal de abastecimento de água; reparação do colector de esgotos; beneficiação da instalação eléctrica; 1967 - limpeza e conserto do telhado da capela; conserto das vergas de betão dos vãos do Jardim de Inverno; substituição das caixilharias da fachada S.; conserto dos rebocos dos quartos do 2.º piso; arranjos na casa do guarda; substituição de um ramal de alimentação das bocas de incêndio; reparação da cúpula da estufa; construção de duas caldeiras para fornecimento de água quente; 1968 / 1969 - reparação dos rebocos da fachada S.; arranjo da chaminé da casa das caldeiras; tratamento da caixilharia em ferro do Jardim de Inverno e arranjo do pavimento em cortiça; remodelação das instalações sanitárias; 1969 - sondagem numa muralha para verificar a possibilidade de modificar a drenagem de águas pluviais do Jardim de Inverno; 1970 - substituição de portas e estores na fachada O.; beneficiação da instalação eléctrica; 1971 - limpeza e substituição de telhas partidas do telhado da capela; construção da cobertura do passadiço; reparação das instalações dos empregados; 1972 - desinfestação das madeiras da casa de jantar; substituição de telha e de algerozes da capela e do edifício virado à Parada; pintura de caixilharias; conserto do alpendre do Pátio da Capela; fornecimento e assentamento de 5 bancos na capela; substituição da cobertura da casa de jantar; 1973 - construção de clarabóias, substituição de caixilharias; 1973 / 1974 - beneficiação da instalação eléctrica da capela, reparação das lanternas exteriores e reparação do sistema de pára-raios; 1974 - reparação da infiltração do terraço; conserto do pavimento do vestíbulo; conserto dos vãos, caixilhos e portas; tratamento de rebocos e pinturas; beneficiação das coberturas do alpendre; beneficiação dos pavimentos em parquet; reparação da instalação eléctrica e pára-raios; 1975 - substituição do portão de entrada; substituição do ramal de alimentação de energia eléctrica; 1976 - limpeza do telhado da capela; beneficiação das escadas de acesso ao jardim; restauro dos pavimentos em calçada de dois pátios; pintura do alpendre de ferro do pátio central; conserto de pavimentos; retoques nos dourados do gabinete e quarto do presidente; revisão da instalação eléctrica; 1977 - eliminação das infiltrações no Jardim de Inverno; colocação de uma cancela nas escadas de acesso ao terraço; ; reparação de um passadiço de acesso ao terraço; instalação de telefones; reparação da instalação do aquecimento central; 1978 - remodelação dos pavimentos e feitura de tectos falsos; 1978 / 1979 - conservação da instalação eléctrica; 1979 - colocação de telhas de vidro na cobertura da Sala Indiana; reparação de canalizações; reparação de vãos e grades das portas; reparação da instalação de água quente e do aquecimento central; reparação do parquet da sala de bilhar; tratamento do pavimento e dos rebocos e pinturas da entrada; 1981 - colocação de espelhos nas instalações sanitárias; reparação de rebocos e pintura, de persianas e das portas da garagem; trabalho de serralharia; polimento da mesa da sala de jantar; reparação das torneiras; 1983 - beneficiação dos vãos da fachada da capela; 1984 / 1985 - beneficiação da instalação eléctrica e da iluminação; reparação dos estragos causados pelas inundações; 1985 - obras nos telhados e algerozes *2; 1986 - remodelação das redes de águas e esgotos; limpeza das coberturas e clarabóias; revisão do pavimento da cozinha e reassentamento de azulejos decorativos na copa; levantamento e assentamento da calçada do pátio; 1987 - obras várias e de serralharia na casa da guarda, pátio interior, recepção, terraço, ligação do palácio à capela; instalação eléctrica, de telefones e de detecção de incêndios no piso superior; 2009 / 2010 / 2011 - obras de reabilitação do Palácio, conforme projeto do arquiteto Pedro Vaz.

Observações

EM ESTUDO *1 - no Quarteirão de São Pedro, no primeiro piso tinha o gabinete do inspector dos palácios e quartos para os funcionários; no segundo piso, o quarto do inspector dos palácios, administrador da casa real, médico, oficiais de serviço, camarista e ajudante de campo; o Quarteirão de São Luís tinha, no piso inferior, o escritório do almoxarife, quarto dos funcionários do paço e arrecadação, surgindo, no superior, 2 quartos de hóspedes, rouparia, quarto do farmacêutico, quarto do chefe das cavalariças, capelão, chefe de manutenção, aio dos príncipes e sala de estudo; no Quarteirão de Santo António, o porteiro, oficial da guarda e quartos dos funcionários no primeiro piso, surgindo, no segundo, dois quartos de hóspedes, aposentos do vedor, da dama da rainha e quartos dos criados; no Quarteirão de Santa Catarina, o primeiro piso era ocupado pelos funcionários do paço, casa de jantar dos funcionários; no segundo piso, a sala de estudo, acesso à capela, quarto de D. Manuel, quarto da dama de serviço, quarto de D. Luís Filipe, quarto do preceptor do príncipe, sala dos aparadores e sala de jantar dos príncipes; virados para o pátio, a capela, aposentos da rainha; sobre a bateria antiga, a sala de recepção, sala de jantar, sala de bilhar, salinha branca, com o museu, quarto do particular do rei, alojamento do moço dos quartos, ante-câmara e aposentos do rei (RAMALHO, 2003, pp. 19-20). *2 - as obras pretendiam colmatar alguns problemas, visando a ocorrência de um almoço em honra da rainha Isabel II de Inglaterra, a 26 Março de 1985, que viria a ser cancelado.

Autor e Data

Helena Rodrigues 2004 / Paula Figueiredo 2010

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login