Casa do Doutor Fernando Ribeiro da Silva / Casa do Pinhal de Ofir / Casa de Férias de Ofir

IPA.00021301
Portugal, Braga, Esposende, União das freguesias de Apúlia e Fão
 
Arquitectura residencial, modernista. Casa de férias, funcionalista, organicista e moderna; exemplo do compromisso, entre as correntes modernas e as propostas de tendência regionalista da arquitectura portuguesa. A conjugação dos três volumes da casa, com uma pequena inflexão do corpo principal, imprime um movimento geral à casa, acompanhado pela parede exterior da casa que dobra nos extremos, marcando o ponto central da composição - o vestíbulo - que articula a disposição dos três corpos. Internamente, destaca-se a organização dos espaços, com a aceitação do "living room", valorizando este espaço através de uma área maior, de acordo com as emergentes vivências familiares.
Número IPA Antigo: PT010306060030
 
Registo visualizado 2770 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa    

Descrição

Planta em T composta por três corpos rectangulares que se articulam a partir de um vestíbulo que marca o centro da casa. Volumes horizontais, com coberturas em telhados de uma, duas águas e cobertura plana. Fachadas rebocadas e pintadas a branco, com excepção da chaminé pintada a amarelo, com embasamento em cantaria, rasgadas por grandes vãos rectilíneos, janelas em banda e frestas, em várias disposições e diferentes tamanhos. INTERIOR com três áreas bem definidas: o corpo principal destinado à área de comer e de estar, possuindo um recanto com lareira a uma cota mais alta; um segundo corpo para a zona de serviço, com espaços bem organizados e quarto da criada; e um terceiro corpo, como a zona de quartos, constituído por quarto de casal e cinco quartos com duas camas.

Acessos

Pinhal de Ofir

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 740-EZ/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 de 31 dezembro 2012

Enquadramento

Rural, isolado. Ergue-se no pinhal de Ofir, num lote de terreno relvado, pontuado por pinheiros, com bastantes ondulações, e percursos de acesso à casa adaptados ao declive do terreno, está protegida por pequeno muro, em cantaria, com portão de madeira. No interior do lote, fronteiro à entrada surge uma pequena fonte, composta de duas taças circulares, a maior de betão, e outra mais pequena em metal.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Residencial: casa

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Fernando Távora; ENGENHEIRO: Bernardo Ferrão; CONSTRUTOR: Ribeiro da Silva.

Cronologia

1956 - data do projecto; 1957/1958 - construção da casa; 2004, 23 Abril - despacho de classificação nº 50/2004 do Presidente do IPPAR; 2010, 23 Dezembro - proposta da DRCNorte a propor a classificação como de IP.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Paredes, embasamento, chaminé e outros elementos de alvenaria de granito, vigas em betão; asnas, vigas, estruturas, caixilharias, portadas e portas em madeira; paredes rebocadas e pintadas; vidros simples; pavimentos em tijoleira, em madeira, em granito; pátio em lajeado granítico; tectos forrados por placas de aglomerado de aparas de madeira e cimento; cobertura exterior em telha.

Bibliografia

TÁVORA, Fernando, Casa de Férias em Ofir 1957-1958, Blau; FERNANDEZ, Sérgio, Percurso - Arquitectura Portuguesa 1930/1974, FAUP, 1988; TOSTÕES, Ana - Os Verdes Anos na Arquitectura Portuguesa nos Anos 50. Porto: FAUP, 1997; www.ippar.pt, 8 Julho, 2008.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Para além do edifício propriamente dito, a grande parte dos móveis, sobretudo, os armários, os apoios de cabeceira e as mesa de estudo foram construídos em função dos espaços a que se destinavam, assim como os candeeiros e a fonte foram objectos desenhados pelo arquitecto, num conceito amplo de casa. A casa de Ofir é o exemplo da revisão crítica ao Movimento Moderno em Portugal, o empenhamento, do arquitecto Fernando Távora, na modernidade e no apego pelas tradições portuguesas, e a experiência em torno do Inquérito à Arquitectura Regional, convergiram para a criação desta casa.

Autor e Data

Sónia Basto 2008

Actualização

 
 
 
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