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Edifício e estrutura Edifício Comunicações Estação de correios (CTT)
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Descrição
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Edifício de planta rectangular simples *1. |
Acessos
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Rua Teixeira Guedes, 2004-001 SANTARÉM |
Protecção
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Enquadramento
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Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comunicações: estação de correios (CTT) |
Utilização Actual
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Comunicações: estação de correios (CTT) |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Adelino Nunes (séc. 20); Amílcar Pinto (séc. 20). |
Cronologia
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1936, cerca - início da construção do edifício dos CRR; 1937, 18 dezembro - conclusão das obras no imóvel; 1938, 13 Abril - inauguração do novos CTT de Santarém; 1953, 27 Abril - obras de ampliação de novo edifício, pela DGEMN. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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A administração geral dos CTT sob a égide do Estado Novo inaugura solenemente o novo edifício de Santarém, aos 13 dias do mês de Março de 1938, ano 12 do Estado Novo. Lisboa: Ed. Publicidade e Propaganda dos CTT, março 1938 [Pagela comemorativa - Arquivo Fundação para as Comunicação (FPC)]; BÁRTOLO, Carlos Humberto Mateus de Sousa - Desenho de Equipamento no Estado Novo: As Estações de Correio do Plano Geral de Edificações. Porto: s.n., 1998. Texto policopiado. Dissertação de Mestrado em Design Industrial apresentada à Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto; CARDOSO, Eurico Carlos Esteves Lage - História dos Correios em Portugal em Datas e Ilustrada. 2.ª ed. Lisboa: Edição do Autor, 2001; «Notas - O Palácio dos Correios». Correio da Extremadura. Santarém: dezembro 1937, ano 47, n.º 2433, p. 1; «O Palácio das Comunicações de Santarém será inaugurado amanhã pelo Ministro das obras Públicas». Correio da Extremadura. Santarém: 12 março 1938, ano 47, n.º 2445, p. 1; «Propaganda dos Correios». Correio da Extremadura. Santarém: 26 março 1938, ano 47, n.º 2447, p. 2; Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949. Lisboa; Ministério das Obras Públicas, 1950; Relatório da actividade do Ministério do ano 1951. Lisboa: Ministério da Obra Públicas, 1952; «Relatório da Comissão para o estudo dos novos edifícios dos CTT». Revista do Sindicato Nacional de Arquitectos. Lisboa: outubro 1938, ano 1, n.º 6, pp. 168-172; «Uma aspiração satisfeita - Na cidade de Santarém foi solenemente inaugurado pelo Ministro das obras Públicas o novo edifício dos Correios e Telégrafos». Correio da Extremadura. Santarém: 19 março 1938, ano 47, n.º 2446, pp. 1-2. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRELisboa/DRC, desenhos n.º 146408 a 146413 e 146421 |
Documentação Fotográfica
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IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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PROPRIETÁRIO: 1993 - obras de remodelação do interior, dando origem a várias alterações do espaço; 2005 / 2006 / 2007 - obras de remodelação no interior. |
Observações
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EM ESTUDO *1 - O antigo edifício tinha, no piso térreo, duas escadas simétricas, em forma semicircular, que partiam de um pequeno átrio no gaveto da entrada dando acesso à sala do público. As portas de entrada ostentavam a mesma decoração estilizada, cujo modelo se vinha aprimorando. De facto, em Santarém já são utilizadas as letras metálicas "CTT", nas portas conforme os estudos para portas elaborados por Amílcar Pinto. A "sala do público" era dotada de um extenso balcão, todo construído em madeira e sem decoração de maior. Os motivos geométricos também dominavam o aspecto interior, exceptuando a presença da tela "Os Transportes" de autor não identificado. O espaço dedicado ao público resumia a uma divisão vestibular. O resto do edifício estava organizado em duas alas laterais de acordo com a disposição do terreno e com o projecto de implantação. Na ala esquerda localizavam-se: um arquivo, a secretaria e vários armazéns. Na ala direita, existiam salas destinadas a equipamentos técnicos, uma divisão ampla para manipulação postal, algumas salas de arquivo e de armazém ou ainda vestiários para os funcionários. Sensivelmente a meio do vasto corredor desta ala, existam um vestíbulo de entrada dando acesso directo ao exterior. Esta porta lateral, permitia o acesso diferenciado dos funcionários e por meio de uma escada também ao segundo piso. Para o segundo piso, como habitual nos projectos de estação de CTT estava prevista a habitação do Chefe de Estação. Esta habitação disponha-se na ala direita, no lado norte de um corredor transversal que também dava acesso ao refeitório, às cantinas e a sala de convívio dos funcionários. A "casa" do chefe de estação era perfeitamente autónoma possuindo cozinha, casas de banho e "hall" de entrada próprios. Estava dotada de cinco quartos, de uma sala de jantar e de um terraço interior. Na ala esquerda do edifício, o segundo piso era ocupado pela estação telefónica, por um arquivo, pelo gabinete médico e por uma enfermaria. Esta ala também possuía um acesso autónomo ao exterior no topo sul da estação. No centro do edifício, por detrás do "escritório" de atendimento ao público, localizava outra caixa de escada permitindo o trânsito entre os dois pisos. Na planta do segundo edifício existiam, ainda, nesta área central duas "salas de aulas", provavelmente destinadas ao estágio ou ensino dos funcionários. A estação possuía ainda na cave um vasto e amplo espaço de arquivo e de armazenagem. Por detrás do edifício existia um amplo estacionamento de viaturas de onde chegavam e partiam os veículos carregando a correspondência. Neste espaço foi construído um pequeno anexo, na altura aberto ao público e destinando à expedição de encomendas. Na fachada, desenhada em gaveto, o dinamismo das curvas definia formalmente o espaço. No interior, bastante marcado pelas formas decorativas, a iluminação era preferencialmente natural e o mobiliário foi feito por encomenda e poderá ter sido desenhado por Amílcar Pinto. |
Autor e Data
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Patrícia Costa 2004 |
Actualização
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José Raimundo Noras 2011 |
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