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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Palacete
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Descrição
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Planta rectangular, ocupando a totalidade do lote e fazendo gaveto, volume único paralelepipédico constituído por 3 pisos e sotão, sendo a cobertura, a 3 águas, rasgada por janelas de trapeira. A entrada processa-se na fachada principal, a O., pela porta nº 10, a qual é enquadrada por portal de cantaria (definido por pilastras, arquitrave onde assenta painel relevado, ladeado por volutas e sobrepujado por par de volutas definindo frontão curvo quebrado). Flanqueiam esta porta 4 janelas a N. e 5 a S., rectangulares; a estes vãos correspondem, no piso nobre, 10 janelas rectangulares de sacada, com guarda em ferro forjado. O conjunto da fachada termina-se por cunhais de cantaria e, superiormente, por cornija simples e beirado. |
Acessos
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Rua de São José; Calçada do Lavra |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 / ZEP, Portaria n.º 529/96, DR, 1.ª série-B, n.º 228 de 01 outubro 1996 *1 / Incluído na Zona Geral de Proteção da Avenida da Liberdade (v. IPA.00005972) |
Enquadramento
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Urbano, destacado, ladeado a N. por pátio fechado por muro baixo e gradeamento pertencente ao prédio com os números 12 a 20 (v. PT031106450925). Do lado S. acompanha o declive da Calçada do Lavra |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Serviços: sede de empresa |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: José António Gaspar (séc. 20). |
Cronologia
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1764 - construção de edifício anexo a N. pelo comerciante italiano Tomás Mongiardino (c. 1720 - 1802), em terrenos aforados por Joaquim Miguel Lopes de Lavre a N do seu palácio; 1785 - Joaquim Lavre adquire toda a propriedade do edifício; 1800 - após o falecimento, em 1796 e sem descendência, de J. Lavre, os seus herdeiros colocam à venda ambos os edifícios, sendo o conjunto adquirido pelo comendador Manuel José da Silva Franco, que nele executa obras de transformação. O edifício a N. é arrendado, sucessivamente, a altos funcionários do Estado, à Embaixada de Espanha e à Intendência Geral da Polícia; 1815 - após o falecimento do comendador Silva Franco, o edifício é partilhado pelos seus filhos, que aí habitam; 1831 - aquisição, em hasta pública, pelo desembargador José António Silva Pedrosa (1763 - 1842), que realiza importantes restauros; séc. 20 - remodelação da casa por ordem de Sousa Leal, pelo arquiteto José António Gaspar; 1912 - arrendamento do edifício à Administração Geral dos Correios e Telégrafos; 1937, 3 Agosto - Criação da Delegação dos Novos Edifícios para os CTT, ao abrigo da Base XIV da Lei n.º 1959; 1937 / 1951 - construção do edifício; 1951 - O Plano de Construções dos Novos Edifícios para os CTT, sofreu um abrandamento em virtude de estar a ser revisto pelos Serviços da Administração Geral dos CTT; Decreto-Lei n.º 38454 pelo qual se extingiu a Delegação e determinou que as respectivas atribuições transitassem para a DGEMN. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, cantaria de calcário, reboco pintado, ferro forjado e fundido, madeira, estuque pintado |
Bibliografia
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FERREIRA, Godofredo - Três Palácios dos Correios na Rua de São José. Lisboa: Correios, Telégrafos e Telefones, 1952; PEDREIRINHO, José Manuel - Dicionário de arquitectos activos em Portugal do Séc. I à atualidade. Porto: Edições Afrontamento, 1994; Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951. Lisboa: Ministério das Obras Públicas, 1952. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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CML: Arquivo de Obras, Pº nº 38.171 |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1- classificação do conjunto dos Prédios na Rua de São José, nº 10 a 42 e jardins dos mesmos. Zona Especial de Proteção Conjunta da Avenida da Liberdade e edifícios classificados na área envolvente. O Plano de Construções dos Novos Edifícios para os CTT, foi em grande parte, realizado durante o período de subida de preço dos materiais e mão de obra, mercê das circunstâncias devidas à Segunda Guerra Mundial, que veio a prejudicar o andamento previsto do referido plano. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Carlos Gomes 1994 / Patrícia Costa 2004 |
Actualização
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