Pelourinho de Montalegre
| IPA.00020883 |
Portugal, Vila Real, Montalegre, União das freguesias de Montalegre e Padroso |
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Arquitectura comemorativa, do séc. 20. Pelourinho de bloco prismático, com soco quadrangular composto por três degraus, plinto paralelepipédico, coluna de fuste liso decorado a meio por anel canelado, capitel tipo tabuleiro quadrangular e remate paralelepipédico ornado, frontalmente, por brasão com as armas de Portugal e, na face posterior, por cruz pátea num círculo. |
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Número IPA Antigo: PT011706150185 |
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Registo visualizado 265 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Comemorativo Memória de pelourinho
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular de três degraus escalonados, de esquadria direita, onde assenta plinto paralelepipédico, de faces lisas e terminado em friso e cornija, sobreposto por base cilíndrica, coluna monolítica, de fuste liso marcado, a meio, por anel canelado e terminada em astrágalo; capitel cúbico, frontalmente decorado com óvulos estilizados relevados, terminado em cornija. Remate paralelepipédico, tendo na face principal escudo com as armas de Portugal, com o escudo de formato nacional tendo os escudetes laterais postos horizontalmente, encimado por coroa, aberta; na face posterior possui cruz pátea inscrita em duplo círculo. |
Acessos
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Montalegre, Largo do Pelourinho. WGS84 (graus decimais): lat.: 41.824818; long.: -7.791334 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, no interior do centro histórico, implantado numa pequena praça, pavimentada a lajes de cantaria, criada no enfiamento de uma das ruas, sem circulação automóvel, e paralelamente à rua que atravessa a vila. Nas imediações, ergue-se a Igreja da Misericórdia (v. PT011706150099), o castelo de Montalegre (v. PT011706150003) e a Igreja do Castelo (v. PT011706150100). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comemorativa: memória de pelourinho |
Utilização Actual
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Comemorativa: memória de pelourinho |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1273, 09 Junho - concessão de foral a Montalegre por D. Afonso III; 1289, 03 Janeiro - Foral de D. Dinis; séc. 12 / 13 - segundo Pedro Verdelho, o pelourinho tinha as armas de D. Sancho I; 1340, 26 Junho - confirmação do Foral por D. Afonso IV; 1515, 18 Janeiro - Foral Novo dado por D. Manuel I; 1706 - povoação dos Duques de Bragança, da comarca de Bragança e com 160 vizinhos; 1758, 19 Março - segundo o pároco Baltazar Pereira Barroso nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertencia à Casa de Bragança e comarca de Chaves; tinha cerca de 400 vizinhos e 430 fogos; tinha juiz de fora posto pela Casa de Bragança, 3 vereadores, 1 procurador que servia de tesoureiro do concelho e um escrivão da câmara, juiz dos órfãos e 1 escrivão do mesmo ofício, 1 das sisas, outro dos almotacés, 5 tabeliães, 1 distribuidor inquiridor e contador que andavam todos os anexos e numa só pessoa, 1 alcaide que elegiam os vereadores e oficial de porteiro eleito pela câmara; tinha ainda 1 juiz da alfândega, um feitor que servia de procurador da fazenda, 1 escrivão e meirinho e pezador e 2 guardas, 1 de pé e outro de cavalo; apesar de muito pormenorizadas na descrição dos monumentos da vila, as Memórias Paroquiais, não referem o pelourinho *1; 1875, cerca - segundo Pinho Leal, a vila tinha duas praças, uma no centro da vila designada de Praça de Pelourinho, por ali ter estado o pelourinho, que há poucos anos havia sido mudado para o Toural, onde se faziam os mercados ou "feirões" nas quintas-feiras e domingos de cada semana; e outra no Toural, onde se fazia a feira de gado, nos antepenúltimos dias de cada mês; séc. 19, última década - a Câmara Municipal mandou demolir o pelourinho erguido no Campo do Toural para construir no local um tanque; 1907, 15 Abril - Silva Leal refere no jornal "A Nossa Pátria" que obteve elementos para reconstituir o pelourinho através do Dr. Luís Figueiredo Guerra, o qual lhe enviara um desenho conjectural feito segundo informações colhidas entre quem se recordava da "arquitectura" do pelourinho *2; séc. 20 - reconstrução do pelourinho com base em elementos publicados por Silva Leal no Jornal "A Nossa Pátria"; 1997, cerca - conforme fotografia publicada Ataíde Malafaia, o pelourinho erguia-se na praça municipal e era constituído por soco de três degraus quadrangulares de esquadria lisa, com plinto tendo ligeiro colarete, fuste cilíndrico liso e remate igual ao do pelourinho actual; 2000, cerca - transferência do pelourinho para o local actual, introduzindo-lhe alguns elementos como o plinto e procedendo à decoração a meio do fuste. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autónomo. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito polido. |
Bibliografia
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CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos, Lisboa, 1938; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; COSTA, João Gonçalves da, Montalegre e Terras do Barroso, vol. 1, Braga, 1987; LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 5, Lisboa, 1875; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; VERDELHO, Pedro, Roteiros dos Castelos de Trás-os-Montes, Chaves, 2000. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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*1 - Segundo as Memórias Paroquiais, a vila tinha o seguinte privilégio: quando um criminoso ou qualquer outra pessoa fosse presa nas ruas do couto místico, depois de cercado o delinquente, as justiças de Castela e as de Portugal perguntavam em que Reino queria ser castigado; se responde que queria ser julgado neste reino, vinha para a vila de Montalegre, se no de Castela, ia para Calvos de Rendim. Também quando os moradores do couto edificavam uma casa tinham a obrigação de declararem a que Reino queriam que ela ficasse sujeita, e se cometessem algum delito em casa seria o Reino correspondente a castigá-lo. Relativamente aos tributos, os moradores pagavam-nos ao Reino onde pertencia a casa. *2 - O pelourinho de Montalegre foi então descrito como composto por plataforma rectangular, com acesso por três degraus lisos, com base rectangular, com a parte inferior lisa e uma cornija saliente muito simples, coluna de fuste cilíndrico e cornija muito saliente; o remate era monolítico rectangular, com o escudo de D. Sancho I, ou seja, com cinco escudetes em cruz encimados por coroa real aberta, na face frontal. |
Autor e Data
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Paula Noé 2007 |
Actualização
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