Cine-Teatro Curvo Semedo

IPA.00020803
Portugal, Évora, Montemor-o-Novo, União das freguesias de Nossa Senhora da Vila, Nossa Senhora do Bispo e Silveiras
 
Arquitectura cultural e recreativa do séc. 20. Cine-teatro com linhas geométricas simples, volumes articulados, guarda-corpos ds terraços em alvenaria e tijolo, sala com plateia, balcões e camarotes. Palco com fosso de orquestra, varandas e teia
Número IPA Antigo: PT040706040047
 
Registo visualizado 196 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Casa de espetáculos  Cine-teatro  

Descrição

Planta longitudinal, segundo um eixo SO. / NE., três pisos irregulares. Volumes articulados, dispostos na horizontal, o da caixa de palco mais elevado, pórtico na fachada principal. Embasamento, cornija e cunhais que limitam os panos, pintados a amarelo, os dois primeiros a envolver todo o edifício. Cobertura exterior diferenciada, telhado de duas águas sobre a sala e foyers, uma água sobre dois corpos adossados às fachadas laterais e terraço sobre dois corpos paralelos à sala e sobre o corpo da fachada posterior. Fachada principal orientada a SO., pano único, embasamento em mármore, dois pisos, o inferior rasgado por três arcos de volta perfeita e o superior rasgado por três janelões; remate cornija saliente, sobreposta por frontão triangular. Fachadas laterais idênticas, a da direita orientada a SE. e a outra a NO., dois panos, o primeiro com três pisos, o inferior rasgado ao centro por uma porta de dois batentes, em madeira, antecedida por escadaria, ladeada de cinco frestas rectangulares pequenas do lado esquerdo e quatro janelas rectangulares do lado oposto; o segundo piso idêntico ao anterior mas com duas janelas de sacada no local correspondente à porta; o terceiro piso rasgado por seis janelas rectangulares, com moldura pintada a amarelo; remate beirado; o segundo pano, mais elevado, correspondendo à caixa do palco, rasgado por uma janela rectangular, com um corpo adossado, mais baixo, com dois pisos separados por cornija pintada a amarelo, cinco janelas, pequenas, rectangulares rasgadas em cada um, rematado por beirado; no extremo junto à entrada um corpo semicircular adossado, que se prolonga por um outro, paralelepipédico, com dois pisos rasgados por duas portas e duas janelas, rematado por cornija saliente, encimada por terraço com guarda-corpos em alvenaria e tijolo. Fachada posterior orientada a NE., pano único rasgado por duas janelas rectangulares ao nível do embasamento e por uma porta, ao centro, acima do nível do pavimento, sobreposta por um nicho pintado a amarelo; no topo do pano duas janelas rectangulares; remate em empena. INTERIOR: Bilheteiras no exterior, sob a arcada da fachada principal. Átrio principal de planta rectangular, com bengaleiro e bar com balcão em madeira; prolonga-se por dois corredores semicirculares paralelos à sala, com duas portas, uma em cada um, de acesso à plateia. Foyer do segundo piso de planta igual ao térreo, dá acesso ao primeiro balcão, aos camarotes e à galeria das autoridades. Foyer do terceiro piso, de planta rectangular, dá acesso ao segundo balcão e aos terraços exteriores. Instalações sanitárias nas extremidades dos corredores dos três pisos; pavimentos das zonas de circulação e foyers em cimento pintado; coberturas planas, em estuque pintado. Sala - cena contraposta, com fosso de orquestra, em anfiteatro, com plateia, primeiro e segundo balcão e camarotes e varandim para as autoridades; plateia com capacidade para 334 espectadores, com coxias laterais e central, em rampa; primeiro balcão com 168 lugares, coxias laterais e central, com degraus e guarda-corpos em alvenaria rebocada a cinzento; camarotes com 80 lugares, dispostos em semi-círculo; segundo balcão com capacidade para 232 espectadores, coxias laterais e a terços, com degraus, guarda-corpos igual ao do balcão inferior; galeria laterais para as autoridades, junto ao palco, com cinco portas e guarda-corpos em madeira e ferro; cadeiras fixas, em madeira e napa beije na plateia e primeiro balcão, soltas nas galerias, e fixas, em madeira, no segundo balcão; paredes em alvenaria rebocada a cinzento e beije, a fundeira rasgada por uma porta de dois batentes, as laterais por outras duas, ao nível da plateia, e três pares de janelas rectangulares no topo ; pavimento em cimento pintado com as mesmas cores das paredes e passadeiras plásticas nas coxias; cobertura plana, em alvenaria, beije, com grelha metálica circular. Iluminação da sala por sectores, incandescente, regulável. Espaços técnicos e de serviço - Palco: boca de cena rectangular, em alvenaria, com cortina em veludo amarelo; proscénio; paredes brancas; ecrã; pavimento forrado com soalho de madeira, paralelo à boca de cena; duas varandas laterais, de cada lado, e varanda de fundo, em madeira; teia em madeira. Sub-palco em madeira, ocupado pela "Oficina das crianças". Fosso de orquestra isolado *1. Regie de luz à direita do palco. Cabina de projecção por trás do segundo balcão, ladeada por duas salas pequenas, com bancadas. Camarins - um com capacidade para nove pessoas ao nível do palco, três individuais e um para três pessoas ao nível do primeiro balcão, todos com instalações sanitárias e duche. Sala de ballet no segundo piso, sobre a arcada da fachada principal *2

Acessos

Largo António José de Almeida / Rua Júlio Luís Ricardo.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície , isolado, abre para largo calcetado.

Descrição Complementar

A cortina abre para os lados, com vara motorizada; ecrã rígido, montado numa vara motorizada, dispõe de máscaras motorizadas para mudança de formato; o palco dispõe de um total de oito varas, duas motorizadas e as restantes manuais. Quatro pernas de cada lado do palco, quatro bambolinas e um fraldão, todos em flanela preta. Máquina de projecção modelo "P. SOLVER. Officina Prevot - Milano"

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: cine-teatro

Utilização Actual

Cultural e recreativa: cine-teatro

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Raul Lino

Cronologia

1922 - destruição do antigo Teatro Montemorense por um incendío; 1925 - início das obras do novo teatro sob projecto do Arq. Raul Lino; 1956 - a tirada da cortiça da Herdade da Adúa, propriedade do Município, permite recomeçar as obras de acabamento do teatro; 1960 - inauguração do teatro*3.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria rebocada; cimento pintado nos pavimentos; madeira no piso do palco; telhas na cobertura exterior

Bibliografia

Documentação Gráfica

CMMontemor-o-Novo

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - originalmente estava ligado ao sub-palco mas devido á adaptação do último a "Oficina das crianças" passou a estar isolado e o acesso é feito através do palco; *2 - originalmente era o salão de festas; *3 - o nome do teatro homenageia o poeta montemorense Belchior Curvo Semedo 81788 - 1838).

Autor e Data

Helena Mantas e Marta Gama 2002

Actualização

 
 
 
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