Chalet Barros / Palacete Barros

IPA.00020188
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Cascais e Estoril
 
Palacete construído no final do século 19.
Número IPA Antigo: PT031105040111
 
Registo visualizado 430 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício        

Descrição

Acessos

Rua de Olivença, junto à praia do Tamariz

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 251/2023, DR, 2.ª série, n.º 107 de 02 junho 2023 / Parcialmento incluído na Zona de Proteção das Cocheiras de Santos Jorge (v. IPA.00003047)

Enquadramento

Urbano, isolado. Construído sobre as ruínas do antigo Forte de Santo António da Assubida ou Forte da Cruz de Santo António da Subida.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: palacete

Utilização Actual

Residencial: palacete

Propriedade

Afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: Cezane Ianz (1896).

Cronologia

1642 / 1646, entre - provável construção do forte de Santo António da Assubida sobre uma pequena elevação rochosa situada no extremo E. da praia do Estoril; 1675 - data do primeiro documento conhecido que refere o forte, afirmando encontrar-se artilhado e operacional; 1693 - data da primeira planta do forte levantada por Mateus do Couto, mas que não se encontra correctamente identificada, tendo a legenda trocada entre os fortes de São Teodósio e o da Cruz de Santo António; o forte possuía ampla bateria virada a O., quase quadrangular, e na retaguarda quatro compartimentos, oblongos, que excediam a largura da primeira; o segundo compartimento disposto a N. funcionava como espaço de serventia aos laterais, de acesso à bateria e de passagem para o exterior, através de portal rasgado sensivelmente a meio; o compartimento a S. era o de maiores dimensões, tendo cerca do dobro da área dos outros, encontrava-se descoberto, e tendo num dos cantos uma escada de acesso a um terraço sobre os alojamentos, protegido por parapeito; o forte era cercado por cortina a N. e a E. formando dois redentes, com o fosso interrompido apenas na zona S., onde os compartimentos se adossavam à cortina; 1720 - encontrava-se devoluto e sem portas; as cortinas precisavam de novo reboco e encasque e as guaritas de reparação; o fosso precisava de aprofundamento para evitar a escalada e o muro da estrada coberta, que o confrontava, necessitava de ser reconstruído em alguns segmentos; as obras orçavam em cerca de 130$000; da artilharia, apenas 2 das 4 peças de ferro estavam em boas condições; 1753 - precisava de restauro geral das estruturas e assinala-se 3 peças de ferro incapazes de servir; 1758 - arruinamento de diversas partes da estrada coberta e degradação dos parapeitos; 1762 / 1763 - provável execução de trabalhos de reparação no forte, integradas na campanha de obras de grande parte das fortificações da costa oriental e ocidental de Cascais; 1793 - trabalhos de consolidação e reedificação de panos das cortinas e introdução de algumas modificação na estrutura do forte, nomeadamente na redução de dimensões da dependência intermédia dos aquartelamentos, transformando-o num simples corredor de serventia; alteração do acesso ao exterior, rasgando-se na cortina que envolvia o forte, no enfiamento do portal, uma abertura flanqueada; como consequência, redesenhou-se a configuração da cortina, desfazendo-se o redente e construiu-se um duplo redente para defesa do ângulo S. do forte; 1805 - só nesta altura foi guarnecido por um cabo de esquadra e 8 soldados, mas não recebeu nenhuma peça de artilharia; 1831, Fevereiro - inspecção ao forte, dando-o como bem conservado e sem guarnição, não possuindo casa de palementa, paiol, munições e bocas de fogo; os oficiais miguelistas determinaram que o forte fosse dotado, com celeridade, com 2 peças, 1 de calibre 12 e outra de calibre 18 ou 24; Maio - informação de que já se podia prover o forte de artilharia, dado as obras já terem terminado; 1834 - a partir desta data o forte passa a ter apenas valor simbólico; 1854, Março - nova inspecção do forte referindo que estava em estado "sofrível"e a necessitar de várias reparações; 1866 / 1894, entre - nomeação de um governador para o seu comando, tendo o último residido no forte; 1867 - obras de consolidação; talvez tenha sido por esta altura que se procedeu à transferência do paiol para o recinto abobadado; 1894 - arrendamento de parte da sua esplanada e terrenos envolventes e desclassificação como imóvel militar, sendo incorporado no Ministério da Fazenda Pública com o objectivo de ser levado a hasta pública; 1894, 18 Abril - arrematação do forte por João Martins de Barros, por 4001$00; 1896 - demolição do forte e construção de chalet com projecto do arquitecto Cezane Ianz.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira, BARROS, Maria de Fátima Bambouts de, RAMALHO, Margarida de Magalhães, As fortificações marítimas da costa de Cascais, Lisboa, Livros Quetzal, S.A., 2001; SILVA, Raquel Henriques da, Arquitectura de veraneio: alguns tópicos sobre o que é e algumas pistas para o que falta saber, in Monumentos, n.º 31, Lisboa, Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, 2011, pp. 84-91.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. *1 - O antigo Forte de Santo António da Assubida defendia a enseada arenosa do Estoril, em conjunto com os fortes de São Roque e de Santo António do Estoril, cruzando ainda fogo com os fortes situados na baía de Cascais.

Autor e Data

Curso Inventariação KIT01 (2.ª ed.) 2009

Actualização

 
 
 
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