Igreja Paroquial de Nossa Senhora dos Remédios

IPA.00020037
Brasil, Rio Janeiro, Rio Janeiro, Paraty
 
Igreja paroquial de planta poligonal com uma só nave. As poucas cantarias da igreja (remate do arco triunfal, molduras dos vãos) terão vindo de Portugal, servindo de lastro dos navios.
Número IPA Antigo: BR922100530006
 
Registo visualizado 186 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta poligonal composta por nave, capela-mor e capelas laterais. Volumes diferenciados e articulados, com destaque para a nave, e coberturas em telhado de duas águas na nave e capela-mor e de uma só água nas capelas laterais. Fachada principal, orientada a E, ladeada por duas torres inacabadas, e delimitada por pilastras em cantaria, apresenta 2 registos separados por friso. Portal, com frontão rectangular, ladeado por duas portas mais pequenas e de igual aparência; ao nível do primeiro piso há três janelas de sacada com guarda corpo em ferro, sendo a do meio mais elevada que as outras duas. Os panos das torres sineiras são vazados por janelas elípticas. Remate da fachada é feito através de empena triangular vazada ao centro por óculo. Fachada lateral N composta por vários panos e volumes escalonados, com janelas de sacada com varadim em ferro, e portas de lintel recto; as janelas ao nível da nave e capela-mor têm lintel semi-circular. O alçado lateral esquerdo, a S. desenvolve-se de forma semelhante; fachada posterior cega, marcada apenas por pilastras em cantaria que marcam a passagem da capela-mor para as capelas laterais. Os cunhais que delimitam a fachada mostram que a igreja ficou por acabar, assim como as torres sineiras, que ficaram apenas pelo seu arranque. INTERIOR de nave única integrando coro-alto sobre arco abatido, e as capelas laterais, embutidas na caixa murária. Púlpito quadrangular assente em pilastra, com guarda corpo em alvenaria. Arco triunfal de volta inteira. Pavimento da nave em mosaicos cerâmicos formando xadrez preto e branco e os restantes pavimentos em tijoleira cerâmica e madeira; tecto forrado a madeira. Altar-mor e altares laterais com retábulos em talha pintada, com cores fortes. Do tecto da capela-mor pende um lampadário.

Acessos

Praça Matriz

Protecção

Processo n.º 665-T, inscrição n.º 336, Livro Histórico, fls. 56, de 13 Fevereiro 1962 *1

Enquadramento

Urbano, implanta-se isolada, formando quarteirão junto à margem direita do rio Perequê-Açu. Em frente à fachada principal, encontra-se um largo muito arborizado com perímetro sensivelmente igual. À volta casario em banda, onde se destacam casas sobradadas, nomeadamente a do IPHAN, do séc. 18. A Matriz ganha imponência se a sua aproximação se fizer pelo rio. Localiza-se no extremo N. do centro histórico, formando um espaço estruturante na cidade, articulado com a igreja de Santa Rita (v. BR000103040011) através da R. da Matriz. Do outro lado do Perequê-Açu avista-se um conjunto de edifícios que compõem o Hospital da Misericórdia (v. BR000103040016).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1646 - D. Maria Jácome de Mello ao doar o terreno que seria o berço do novo povoado, exigiu que fosse erigida uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios; 1647 - data provável da construção da primeira igreja de Nossa Senhora do Remédios, provavelmente construída sob esteios de madeira e coberta de sapê (folhagem utilizada como cobertura); 1668 - demolição da primeira edificação; 1712 - por esta altura a segunda igreja estaria terminada; 1746 - relatos coevos informavam que a igreja matriz era pouco espaçosa e já se encontrava em ruínas; 1787 - início da construção da actual igreja, que terá sido a terceira edificação, uma vez que a anterior era considerada pequena para a população já existente; os custos eram avultados, implicando uma importante ajuda da população, que todavia não foi suficiente, uma vez que a obra foi por várias vezes suspensa; 1843 - a igreja matriz continuava inacabada; 1864 - estrutura apresentava muitos problemas de estabilidade; 1873 - a igreja foi finalmente aberta ao culto, momento marcado pela realização de uma procissão da transladação das imagens da Igreja de Santa Rita para a nova Matriz; as torres que compunham a fachada não foram terminadas por causa das dificuldades económicas que a vila atravessava naquela altura;

Dados Técnicos

Paredes autoportantes em alvenaria de pedra, rebocadas com argamassa de cal e areia.

Materiais

Pedra calcária, madeira, telha cerâmica, alvenaria de pedra ordinária, vidro, ferro

Bibliografia

Plano de Desenvolvimento Integrado e Protecção do Bairro Histórico do Município de Parati, 2 vols., 1972; Seminário de Planejamento. Planejamento e Patrimônio Mundial, Paraty, 2001;

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional;

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional;

Documentação Administrativa

Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional;

Intervenção Realizada

Observações

*1 - Classificação inclui todo o acervo da igreja, segundo Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13 Agosto 1985. A festa de Nossa Senhora dos Remédios tem decorre entre 30 de Agosto e 8 de Setembro

Autor e Data

Anouk Costa, Nuno Vale, Sofia Diniz, Teresa Ferreira 2003

Actualização

 
 
 
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