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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta poligonal composta por nave, capela-mor e capelas laterais. Volumes diferenciados e articulados, com destaque para a nave, e coberturas em telhado de duas águas na nave e capela-mor e de uma só água nas capelas laterais. Fachada principal, orientada a E, ladeada por duas torres inacabadas, e delimitada por pilastras em cantaria, apresenta 2 registos separados por friso. Portal, com frontão rectangular, ladeado por duas portas mais pequenas e de igual aparência; ao nível do primeiro piso há três janelas de sacada com guarda corpo em ferro, sendo a do meio mais elevada que as outras duas. Os panos das torres sineiras são vazados por janelas elípticas. Remate da fachada é feito através de empena triangular vazada ao centro por óculo. Fachada lateral N composta por vários panos e volumes escalonados, com janelas de sacada com varadim em ferro, e portas de lintel recto; as janelas ao nível da nave e capela-mor têm lintel semi-circular. O alçado lateral esquerdo, a S. desenvolve-se de forma semelhante; fachada posterior cega, marcada apenas por pilastras em cantaria que marcam a passagem da capela-mor para as capelas laterais. Os cunhais que delimitam a fachada mostram que a igreja ficou por acabar, assim como as torres sineiras, que ficaram apenas pelo seu arranque. INTERIOR de nave única integrando coro-alto sobre arco abatido, e as capelas laterais, embutidas na caixa murária. Púlpito quadrangular assente em pilastra, com guarda corpo em alvenaria. Arco triunfal de volta inteira. Pavimento da nave em mosaicos cerâmicos formando xadrez preto e branco e os restantes pavimentos em tijoleira cerâmica e madeira; tecto forrado a madeira. Altar-mor e altares laterais com retábulos em talha pintada, com cores fortes. Do tecto da capela-mor pende um lampadário. |
Acessos
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Praça Matriz |
Protecção
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Processo n.º 665-T, inscrição n.º 336, Livro Histórico, fls. 56, de 13 Fevereiro 1962 *1 |
Enquadramento
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Urbano, implanta-se isolada, formando quarteirão junto à margem direita do rio Perequê-Açu. Em frente à fachada principal, encontra-se um largo muito arborizado com perímetro sensivelmente igual. À volta casario em banda, onde se destacam casas sobradadas, nomeadamente a do IPHAN, do séc. 18. A Matriz ganha imponência se a sua aproximação se fizer pelo rio. Localiza-se no extremo N. do centro histórico, formando um espaço estruturante na cidade, articulado com a igreja de Santa Rita (v. BR000103040011) através da R. da Matriz. Do outro lado do Perequê-Açu avista-se um conjunto de edifícios que compõem o Hospital da Misericórdia (v. BR000103040016). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1646 - D. Maria Jácome de Mello ao doar o terreno que seria o berço do novo povoado, exigiu que fosse erigida uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Remédios; 1647 - data provável da construção da primeira igreja de Nossa Senhora do Remédios, provavelmente construída sob esteios de madeira e coberta de sapê (folhagem utilizada como cobertura); 1668 - demolição da primeira edificação; 1712 - por esta altura a segunda igreja estaria terminada; 1746 - relatos coevos informavam que a igreja matriz era pouco espaçosa e já se encontrava em ruínas; 1787 - início da construção da actual igreja, que terá sido a terceira edificação, uma vez que a anterior era considerada pequena para a população já existente; os custos eram avultados, implicando uma importante ajuda da população, que todavia não foi suficiente, uma vez que a obra foi por várias vezes suspensa; 1843 - a igreja matriz continuava inacabada; 1864 - estrutura apresentava muitos problemas de estabilidade; 1873 - a igreja foi finalmente aberta ao culto, momento marcado pela realização de uma procissão da transladação das imagens da Igreja de Santa Rita para a nova Matriz; as torres que compunham a fachada não foram terminadas por causa das dificuldades económicas que a vila atravessava naquela altura; |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes em alvenaria de pedra, rebocadas com argamassa de cal e areia. |
Materiais
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Pedra calcária, madeira, telha cerâmica, alvenaria de pedra ordinária, vidro, ferro |
Bibliografia
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Plano de Desenvolvimento Integrado e Protecção do Bairro Histórico do Município de Parati, 2 vols., 1972; Seminário de Planejamento. Planejamento e Patrimônio Mundial, Paraty, 2001; |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional; |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional; |
Documentação Administrativa
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Prefeitura do Município de Paraty; IPHAN: 6ª Superintendência Regional; |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Classificação inclui todo o acervo da igreja, segundo Resolução do Conselho Consultivo da SPHAN, de 13 Agosto 1985. A festa de Nossa Senhora dos Remédios tem decorre entre 30 de Agosto e 8 de Setembro |
Autor e Data
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Anouk Costa, Nuno Vale, Sofia Diniz, Teresa Ferreira 2003 |
Actualização
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