Igreja Paroquial de Crestuma / Igreja de Santa Marinha
| IPA.00019926 |
| Portugal, Porto, Vila Nova de Gaia, União das freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma |
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| Igreja paroquial construída em meados do séc. 20, em estilo modernista, em substituição da mais antiga, datável da Época Moderna, mas sendo uma paróquia de fundação medieval. Foi projetada pela ARS Arquitetos e enquadra-se na corrente que introduz uma simplificação das linhas e simplifica a estrutura do espaço. É de planta retangular composta por nave, capela-mor, anexos e alta torre sineira, com coberturas interiores diferenciadas, em vigamento de betão à vista, e iluminada por janelas laterais e na fachada principal protegidas por terceria, permitindo suavizar e coar a luz. Fachada principal em alta empena, rasgada por portal retilíneo. As fachadas rematam em abas corridas, a lateral esquerda com portas travessas. Coro-alto amplo, com acesso por escadas, que ligam à torre sineira. No lado do Evangelho, o corpo adossado do batistério, iluminado por luz zenital. Possui pequenos altares confrontantes e o espaço está seccionado por amplos vãos poligonais, que criam um presbitério e isolam a capela-mor, com simples mesa de altar. Destaca-se o sacrário, com por metálica ornada por tetramorfo. |
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| Número IPA Antigo: PT011317050079 |
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| Registo visualizado 339 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| Planta retangular composta por nave e capela-mor, batistério, anexos adossados a ambos os lados e torre sineira, com coberturas diferenciadas, em telhados planos nos anexos, a duas águas no templo, sendo marcadas as capelas laterais com duas águas, sendo a duas águas assimétricas na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, as do templo percorridas por socos de cantaria, e rematadas em frisos e abas corridas. Fachada principal virada a norte, rematada em alta empena vazada por elementos cruciformes, permitindo a iluminação interna, enquadrados por painéis poligonais. Na zona inferior, o centro e o lado esquerdo estão revestidos a cantaria, enquadrando um portal axial retilíneo e bastante amplo. No lado esquerdo, o corpo do batistério, revestido a cantaria, tendo, no lado sul, revestimento a painel de azulejos, a representar o "Batismo de Cristo", com cobertura plana circular, alteada relativamente ao quadrado do volume, criando uma área de fenestração que ilumina fortemente a dependência. No lado direito, a alta torre sineira, rebocada e pintada de branco, com acesso pelo coro-alto e por escadas exteriores elevadas, iluminadas por ampla fresta longilínea, com terceira, na face sul, tendo, nas faces este e oeste, seis ventanas sobrepostas, as do lado oeste todas em arcos apontados, e as do lado oposto, em arcos apontados e retilíneas. Fachada lateral esquerda rasgada por duas portas retilíneas e marcada por três capelas laterais, iluminadas por janelas triangulares, com trabalho de terceira. O anexo possui janelas e porta na face virada a norte; sobre este, janela retilínea, em terceira, a iluminar a capela-mor. A fachada lateral direita é semelhante, mas, no desnível formado pelo terreno, apresenta o acesso ao salão paroquial sob a igreja, através de duas amplas portas retilíneas, e duas janelas. Tem adossado o anexo, de dois pisos, o inferior revestido a cantaria e com duas portas na face norte, encimados por três janelas jacentes e, no segundo, quatro janelas e duas portas, uma na face norte, com acesso por escadas protegidas por guarda metálica. INTERIOR com as paredes rebocadas e pintadas de bege, as da nave seccionadas em seis tramos pelos pilares revestidos a pastilha que sustentam o vigamento da cobertura, parcialmente rebocada e pintada de branco, onde se rasgam lunetas de iluminação, a marcar as capelas laterais; o pavimento do sub-coro é em lajeado e o da nave em parquet, com corredores em lajeado. Coro-alto amplo, assente em pilares e com guarda metálica, com acesso por escadas no lado da Epístola. No sub-coro, forma-se um pequeno endonártex que protege o portal axial, com vãos laterais e central, de acesso ao templo, de madeira e vidro, ladeados por pias de água benta embutidas no muro. No lado do Evangelho do sub-coro, o batistério com vão retilíneo protegido por teia metálica, com iluminação zenital, através de vão circular rasgado no teto plano. O fundo está pintado, criando uma perspetiva arquitetónica em fundo de nuvens e do firmamento. Contém a pia, em cantaria de calcário, composta por coluna tronco-cónica e taça em forma de campânula invertida. Confrontantes, os altares de São José, Nossa Senhora das Dores e Sagrado Coração de Jesus (Evangelho), Santa Teresinha, Nossa Senhora de Lourdes e nossa Senhora de Fátima (Epístola). No topo da nave, os acessos ao presbitério, composto por amplo vão poligonal, ladeado por dois pequenos vãos de perfis abatidos. A partir do presbitério, duas portas acedem aos anexos e ladeiam o arco triunfal, um amplo vão poligonal, de acesso à capela-mor protegida por teia metálica. A capela-mor tem as paredes marcadas por alto lambril revestido a pastilha, surgindo, na zona superior, rebocadas e pintadas de azul claro. Sobre supedâneo de três degraus, a mesa de altar, em cantaria, paralelepipédico. Na parede testeura, revestida a cantaria, rasga-se nicho tronco-piramidal, formando trono expositivo de cinco degraus, com baldaquino no topo e tendo na base o sacrário com porta metálica, adornada por tetramorfo. |
Acessos
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| Crestuma. Avenida Padre António Andrade |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, implantado a meia encosta, numa zona de forte declive, que vence através de plataforma artificial, que forma um pequeno adro. Este é sustentado por muro de suporte de terreno, revestido a cantaria, e com acesso por escadaria frontal. Os muros possuem canteiros com flores e pequenos arbustos e árvores. O adro encontra-se protegido por grade metálica pintada de preto. No centro do canteiro esquerdo, uma cruz latina sobre haste metálica. O adro está pavimentado a lajeado. No lado direito, o complexo paroquial e no adro um antigo nicho em cantaria, de perfil contracurvo encimado por cruz. Deste, vislumbra-se o rio Douro, tendo, nas imediações, a Barragem de Crestuma - Lever. |
Descrição Complementar
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| Na FACHADA PRINCIPAL, a imagem relevada, em bronze, de Cristo Salvador, ladeada por placa com a inscrição: "JUBILEU / ANO / 2000". A face este do BATISTÉRIO possui painel de azulejo figurativo, manganês sobre fundo branco, retilíneo e com moldura recortada por acantos, a representar um "Batismo de Cristo"; nos ângulos inferiores, as inscrições: "OFERTA DA JUNTA DE / FREGUESIA DE CRESTUMA / 18 SETEMBRO 2005" e "M. Lafayette/ 2005". |
Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto) |
Afectação
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| Sem afetação |
Época Construção
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| Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITETO: Fernando da Cunha Leão (1953); Fortunato Cabral (1953); Morais Soares (1953). EMPREITEIRO: Patrocínio Vieira da Mota (1962); Teprocil (séc. 21). FUNDIDOR: José Francisco Gonçalves (1923). PINTOR DE AZULEJO: Azulejaria Artística M. Lafayette (2005). |
Cronologia
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| 1115 - D. Teresa doa, por testamento, a ermida de Crestuma ao bispo de Coimbra; 1120 - doação da igreja e do couto de Crestuma a D. Hugo, bispo do Porto; 1684 - visitação manda colocar uma pia de água benta na porta travessa e o conserto das coberturas e caiação; ordena-se a feitura de uma lâmpada maior no altar de Jesus; 1687 - numa visitação é ordenada a remodelação da igreja e galilé, bem como a colocação de vidraças; 1688 - referência à Igreja Velha, junto ao rio; 1700 - o visitador ordena a remodelação da igreja e da galilé e a remoção da teia que delimita o batistério para este ficar maior; 1701 - o visitador manda fazer uma tumba para enterramentos; 1702 - em visitação é ordenada a fundição de um sino; 1705 - o visitador reprova o facto dos altares de Nossa Senhora da Encarnação e de São Sebastião não terem ara; 1707 - o visitador ordena o restauro dos soalhos da igreja e galilé; 1715 - o visitador ordena o conserto das grades da galilé; 1716 - na visitação é ordenada a feitura do púlpito e que os irmãos de Senhora da Encarnação mandassem pintar a banqueta, como estava o de Santa Ana; 1758, 24 abril - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco António Maria Coelho, surge referida a paróquia dedicada a Santa Marinha, com os altares mor, onde está o Santíssimo, Santa Marinha e São José, e os colaterais de Santa Ana, com Santo António e Santa Luzia (Evangelho) e Nossa Senhora do Rosário com o Menino Jesus e São Sebastião; tem a irmandade do Subsino e do Rosário, instituída pela Ordem de São Domingos; o pároco é cura apresentado pelo reverendo abade de Santa Maria do Olival, o qual tem der côngrua 12$000 e a freguesia rende157$500; 1868 - os enterramentos são feitos no adro da igreja; 1902 - num inventário da igreja são referidas as imagens de Santa Marinha e Santa Ana no altar-mor; o do Sagrado tem as imagens do Coração de Jesus, Santo António, São Sebastião. São Vicente e São João; altar do Senhor dos Aflitos; Nossa Senhora do Rosário com as imagens de São João, São José, Santa Luzia e Santa Inês; 1923 - fundição de sinos por José Francisco Gonçalves, de Braga; 1928 - construção do cemitério; 1942 - 1943 - pedido de licença à Câmara Municipal para a construção da nova igreja; 1953 - feitura do templo pela ARS arquitetos, de Fernando da Cunha Leão, Fortunato Cabral e Morais Soares; 1962, 14 setembro - contrato para a construção dos muros de suporte do largo da igreja com Patrocínio Vieira da Mota; 1963, 14 setembro - inauguração do templo; 2005 - pintura do painel de azulejos exterior do batistério, na oficina M. Lafayette, de Vila Nova de Gaia, oferecido pela Junta de Freguesia de Crestuma. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes autónomas. |
Materiais
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| Estrutura em betão, parcialmente rebocado e pintado; revestimentos e mesa de altar em cantaria de granito; pavimento e pia batismal em cantaria de calcário; pavimento da nave e do coro-alto, escadas, portas e mobiliário em madeira; painel de azulejo tradicional; teias e guardas metálicas; sinos e escultura em bronze; revestimento da capela-mor e dos pilares e vigas a pastilha; coberturas em telha cerâmica. |
Bibliografia
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| COSTA, Francisco Barbosa da - Santa Marinha de Crestuma Notas Monográficas. Crestuma: Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia / Junta de Freguesia de Crestume, 2000. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| SIPA; Diocese do Porto: Secretariado Diocesano de Liturgia |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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| PROPRIETÁRIO: séc. 21 - tratamento de rebocos e pinturas; tratamento dos pavimentos e das coberturas, pela empresa Teprocil. |
Observações
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Autor e Data
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| Paula Figueiredo 2015 (no âmbito da parceria DGPC / Diocese do Porto) |
Actualização
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