Fonte da Rica Fé / Fonte Fechada
| IPA.00019693 |
Portugal, Bragança, Bragança, União das freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo |
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Arquitectura iinfraestrutural, barroca. Fonte de espaldar delimitado por pilastras almofadadas encimadas por pináculos tipo balaústres, e seccionado em dois registos decorados, o inferior com bica, rematado em tabela entre aletas, coroada por cruz latina e vieiras; apresenta alas laterais perpendiculares com bancos, criando espaço intermédio que é atravessado por caleira que conduz a água do pequeno tanque para um outro frontal. Na face posterior existe câmara de limpeza da nascente. |
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Número IPA Antigo: PT010402420255 |
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Registo visualizado 312 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Fonte com espaldar estruturado em alvenaria de xisto, definindo planta rectangular, com a face principal revestido a cantaria de granito, de um eixo, delimitado lateralmente por quatro pilastras almofadadas, assentes em plintos paralelepipédicos, também almofadados, coroados por pináculos recortados. O espaldar é dividido em dois registos por cornija, o inferior mais baixo, é marcado pela bica central, flanqueada por almofadas rectangulares decoradas com losangos relevados, encimada por cornija; o segundo registo é decorado por cartela anepígrafa recortada entre quatro ornatos hexafoliáceos dispostos em rectângulo, encimada por cornija. Sobre o entablamento, desenvolve-se o remate em tabela rectangular, disposta na horizontal, sobreposta por cartela relevada com a data de 1742 inscrita, ladeada por aletas, e rematada em cornija sobre a qual assenta cruz latina de cantaria assente em pedestal volutado, entre duas vieiras. O espaldar possui duas alas laterais, adossadas perpendicularmente às pilastras exteriores, com bancos corridos a todo o comprimento, ambos em alvenaria rebocada e pintada de branco, e capeados a lajes de cantaria de granito, sendo os muros coroados nos extremos por pináculos tipo balaústre com bola. A partir do pequeno tanque rectangular frontal, semienterrado, e ao longo do espaço rectangular criado pelas alas existe caleira aberta, em granito, que conduz a água para um outro tanque, também rectangular, disposto ao nível do pavimente, construído em perpianho de granito, tendo e parede testeira mais alta com bica cilíndrica. À face posterior do espaldar, em alvenaria de pedra, adossa-se a câmara de limpeza da nascente, também de alvenaria, apresentando porta de verga recta no lado N. e cobertura lajeada com o mesmo tipo de material, dispondo de reservatório interior. |
Acessos
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Quinta da Rica Fé, à qual se acede a partir da EN 103-1 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, a meia-encosta, isolado. Localiza-se a N. da cidade de Bragança e a SO. dos antigos edifícios de lavoura da Quinta da Rica Fé (v. PT010402420255), bordejando caminho rural, actualmente asfaltado até esse ponto. Possui pavimento empedrado, com quartzito partido, no corredor e na área envolvente do tanque, configurada em rectângulo e delimitada por lancil de granito. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1571, 20 Julho - despacho de D. Sebastião acedendo ao requerimento dos Padres do Colégio jesuíta de Bragança para tomarem posse da Quinta da Rica Fé; 1742 - construção da fonte, de acordo com a inscrição na cartela; 1759, 3 Setembro - decreto de expulsão da Companhia de Jesus, passando todos os seus bens para o erário régio; 1774, 4 Julho - provisão régia de D. José incorporando os bens da Companhia de Jesus no património da Universidade de Coimbra, que assumiu a administração das rendas que os colégios possuíam pelo país; 1775, Junho - o património do Colégio do Santo Nome de Jesus existente no bispado de Bragança foi entregue ao procurador da Universidade, António José de Escovar, o qual, percorreu os vários locais onde esses bens existiam e os recebeu na presença de Manuel António Pinto de Escovar, juiz de fora de Bragança; 1835, 5 Maio - decreto incorporando nos Bens Próprios Nacionais os bens da Universidade, continuando, no entanto, a receber os seus rendimentos; 1848, 21 Novembro - decreto delimitando como bens da Universidade apenas os edifícios estritamente necessários para o seu funcionamento, ou seja, os que se situavam em Coimbra; posteriormente procedeu-se à venda dos bens do Colégio a diversos particulares. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Alvenaria de xisto aparente na estrutura da fonte e alvenaria rebocada nos muros e bancos; revestimento d face frontal da fonte, capeamentos dos muros e bancos, pináculos, canal, tanque e moldura do vão de entrada na câmara de limpeza em cantaria de granito; porta de acesso à câmara de limpeza em chapa de ferro. |
Bibliografia
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BANDEIRA, Ana Maria Leitão, QUEIRÓS, Abílio, O Colégio do Santo Nome de Jesus de Bragança: Formação do seu Padroado e Benfeitores que contribuíram para o seu engrandecimento in Páginas da História da Diocese de Bragança - Miranda. Congresso Histórico. Actas, Bragança, 1997, pp. 429 - 444. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Proprietário: 1999 - aplicação de asfalto no caminho de acesso ao local e execução do empedrado no corredor e envolvente do tanque; anualmente - caiação. |
Observações
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Autor e Data
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Armando Redentor e Carla Cruz 2002 |
Actualização
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