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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja
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Descrição
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Planta longitudinal composta por nave única e capela-mor rectangulares. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas. Fachada principal orientada a O., com portal em arco quebrado encimado por janela, sem vidros e com gradeamento de ferro; remate em empena encimada por uma cruz latina. A N. adossa-se à fachada campanário terminado por cornija recta, de um só vão, com um sino, com acesso através de escadaria de granito adossada. O INTERIOR encontra-se sem pavimento, só com terra batida, destacando-se a existência de pedras que serão, julga-se, de origem pré-românica, bem como os frescos patentes em grande parte das paredes. Na nave representam Santa Bárbara e Santa Catarina de Alexandria, no altar mais próximo da entrada, e, ladeando o arco triunfal de volta perfeita, São Sebastião sofrendo o martírio, São Brás, Santo Antão e outros. No lado da Epístola, surge púlpito quadrado com balaustrada de madeira; mesas dos altares laterais, o do lado do Evangelho ainda com pinturas policromas. Tecto da nave em madeira. Na parede testeira da capela-mor fresco representando a Virgem cobrindo os joelhos ladeada por dois anjos, um com uma jarra de flores e o outro soltando uma pomba; Sincreticamente, encontram-se representados os mistérios da Anunciação, da Purificação e da Maternidade. |
Acessos
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Corvite, Lugar do Assento |
Protecção
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Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 667/2012, DR, 2.ª série, n.º 215 de 07 novembro 2012 |
Enquadramento
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Rural, isolado, com envolvência destoante, rodeada por casas de habitação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga) |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1220 / 1258 - conhecimento da existência de uma igreja em Corvite, de invocação a Santa Maria; séc. 16 / 17 - edificação do templo actualmente existente; 1988 - descoberta de frescos sob o reboco; 2001, 6 Julho - proposta de abertura; 9 Julho - Despacho de classificação do Vice-Presidente do IPPAR; 2010, 30 Dezembro - procedimento prorrogado pelo Despacho nº 19338/2010, DR, 2ª série, nº 252; 2011, 17 Janeiro - proposta da DRCNorte para classificação como MIP; 23 Fevereiro - parecer favorável da SPAA do Conselho Nacional da Cultura; 17 Novembro - anúncio nº 16976/2011, DR, 2ª série, nº 221, com o projecto de decisão relativo à classificação como MIP e à fixação da respectiva ZEP; 5 Dezembro - procedimento prorrogado até 31 de Dezembro de 2012 pelo Decreto-Lei nº 115/2011, DR, 1ª série, nº 232. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria aparente; cruzes, pia baptismal e outros elementos em cantaria de granito; porta, guarda de púlpito e tectos de madeira; cobertura de telha. |
Bibliografia
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CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, As Freguesias do Distrito de Braga nas Memórias Paroquiais de 1758. A construção do imaginário minhoto setecentista, Braga, 2003; GUIMARÃES, Alfredo, A Delegação de São João Baptista, Estudo do Museu Alberto Sampaio, I, Porto, 1942; Guia de Portugal, Entre Douro e Minho, vol. 2, Lisboa, 1965; MOARES, Maria Adelaide Pereira de, Guimarães, Terra de Santa Maria, Guimarães, 1978; SARMENTO, Francisco Martins, Materiais para a Arqueologia do Concelho de Guimarães, in Dispersos, Coimbra, 1933; SOARES, Franquelim Neiva, Ensino e Arte na região de Guimarães através dos Livros de Visitação do Século XVI, in Revista de Guimarães, vol. 43, 1983; TAGILDE, Abade de, Manuscritos existentes na Biblioteca da Sociedade Martins Sarmento, Cadernos I e II; Vimaranis Monumenta Historica, II, Guimarães, 1929; CAETANO, Joaquim Inácio - "A pintura mural do século XVI em Guimarães". Revista Monumentos. Lisboa: Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, outubro 2013, nº 33, pp. 52-59 (e-book). |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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IPPAR, Procº nº DRP-96/3-15(1) |
Intervenção Realizada
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1930 - remoção do alpendre na fachada O.; Comissão Fabriqueira: 1988 - remoção do reboco do interior e do exterior, pondo-se a descoberto sob o do interior nas paredes da nave, arco triunfal e capela-mor vários frescos; intervenção de emergência do Instituto José de Figueiredo. |
Observações
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Santa Maria de Corvite tem também a invocação de Nossa Senhora do Ó. Quando, na década de 30, Martins Sarmento visitou a igreja, ela apresentava uma sineira e um alpendrade na frente, firmado em duas colunas toscas, uma das quais, a da direita, era mais curta, por assentar directamente num penedo. Hoje, o alpendre já não existe, mantendo-se contudo a sineira na empena. Encontram-se guardados na Igreja de Corvite e em condições precárias, os altares de talha que foram retirados aquando da remoção do reboco da igreja. |
Autor e Data
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João Santos 1996 |
Actualização
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Sónia Basto 2012 |
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