Sepulturas de Inumação, no Lugar do Monte

IPA.00001941
Portugal, Braga, Esposende, Antas
 
Necrópole de inumação individual em sepultura plana, em cista, contendo um recipiente do tipo largo bordo horizontal comum a outros contextos funerários com distribuição na área do Minho e Douro Litoral datáveis da primeira etapa da Idade do Bronze Final (séc. 13 - 12 a.C.). O concelho de Esposende apresenta um conjunto de 4 necrópoles datadas da Idade do Bronze Final mostrando uma clara uniformidade morfológica dos seus enterramentos.
Número IPA Antigo: PT010306010002
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Estrutura  Funerário  Sepultura escavada na rocha    

Descrição

Sepulturas de inumação individual em cista do Bronze Final, que forneceram vasos do tipo largo bordo horizontal.

Acessos

EN 103 ( Barcelos - Viana do Castelo ), EM para São Paio de Antas, Lug. do Monte; Fl. 54

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural. A necrópole estende-se sob os quintais, casas e caminhos do lugar do Monte.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: sepultura escavada na rocha

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Idade do Bronze

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Idade do Bronze, final - construção da necrópole; 1940, 26 setembro - publicação do Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, relativo à classificação como imóvel de interesse público; 11 novembro - publicação do Decreto n.º 30 838, DG, I Série, n.º 254 que suspende o diploma anterior quanto aos imóveis que fossem propriedade particular, até que se cumprisse o disposto no art.º 25.º do Decreto n.º 20 985, DG, I Série, n.º 56, de 7-03-1932; 1943, 18 agosto - publicação do Decreto n.º 32 973, DG, I Série n.º 175, relativo à classificação como imóvel de interesse público; 2012, 28 junho - proposta de desclassificação por terem sido destruidas; 2013, 4 setembro - despacho de concordância da diretora-geral da DGPC; 1 outubro - publicação da Declaração n.º 194/2013, DR, 2.ª série, n.º 189, onde se declara que se consideram desclassificadas por terem sido destruídas.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Inventário, Lisboa, 1993, vol. II, Distrito de Braga, p. 41; JORGE, Vitor Oliveira, Complexificação das sociedades e sua inserção numa vasta rede de intercâmbios, Nova História de Portugal. Vol. I, Portugal das Origens à Romanização, p. 245 - 246; SOEIRO, Teresa, A propósito de Quatro Necrópoles protohistóricas do Concelho de Esposende, Actas do Colóquio de Homenagem a Manuel de Boaventura, Esposende, 1987, vol. II, p. 35 - 62; ALMEIDA, Carlos Alberto Brochado de, Carta Arqueológica do concelho de Esposende, Boletim Cultural de Esposende, 9 - 10, 1986, p. 49 - 51, nº 27 e 15 - 16, 1989, p. 97 - 98, nº 71; ATHAIDE, A., TEIXEIRA, C., A necrópole e o esqueleto de S. Paio das Antas e o problema dos vasos de largo bordo horizontal, Congresso do Mundo Português, 1, 1940, pp. 669 - 683.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

O núcleo mais importante da Necrópole do lugar do Monte apareceu em 1939, na Agra de Antas. Era constituído por um número indeterminado de sepulturas de inumação com caixas de lousas. Alfredo Ataíde e Carlos Teixeira noticiaram amplamente o achado, com particular minúcia para o estudo dos restos osteológicos, sempre raros no Norte de Portugal. Segundo os autores devem ter sido abertas mais de 12 sepulturas trapezoidais, algumas de pequenas dimensões. Estavam espalhadas, aparentemente sem orientação uniforme a 20/30 cm de profundidade, o que facilitou a destruição de algumas. Por fotografias, e como é ainda hoje confirmado pela memória das pessoas que presenciaram o acontecimento, sabemos que os enterramentos estavam cobertos ora por uma ora por várias lousas, pousadas sobre outras semelhantes que formavam as paredes laterais da caixa. Estes materiais vêem-se hoje nas paredes das casas do local. O fundo era coberto por areia de praia, sobre ela foi colocado o morto em decúbito dorsal, acompanhado por um vaso cerâmico pousado ao lado da cabeça e, caso houvesse outros, estes aos lados dos pés. As dimensões de uma das sepulturas trapezoidais eram 1,87 m de comprimento, por 0,45 m de largura na cabeceira e 0,36 m nos pés, e 0,36 m de altura. Os vasos cerâmicos recolhidos deram entrada no Instituto de Antropologia Dr. Mendes Correia (Porto), mas não se encontram identificados por enterramentos, o que impede hoje a reconstituição de conjuntos. São feitos à mão, têm superfícies acastanhadas e, na maioria dos casos, com vestígios de fuligem. A forma é do tipo largo bordo, chapéu invertido ou largo bordo horizontal, isto é, de copa esférica ou hemisférica com ou sem asa e aba, quando decorada, com motivos metopados ou em espinha obtidos por incisão ou brunimento. Apenas um vaso tem a forma de um copo alto de pequena aba e fundo plano.

Autor e Data

Isabel Sereno / Paulo Dordio 1994

Actualização

 
 
 
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