Igreja Paroquial de Vila Verde / Igreja de São Paio / Igreja Velha

IPA.00001918
Portugal, Braga, Vila Verde, Vila Verde e Barbudo
 
Arquitectura religiosa quinhentista, barroca e oitocentista. Igreja paroquial de planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor, e adossados lateralmente, torre sineira quadrangular, e sacristia, envolvento do corpo da capela-mor. Fachada principal simples, em empena rasgada por portal de verga recta, encimado por janelão. Tanto esta fachada como a torre sineira foram construídas no séc. 19, numa versão muito simplificada e depurada de decoração. Interior com nave coberta por tecto de madeira com o travejamento à vista, com retábulos barrocos de estilo nacional. Capela-mor com tecto de masseira.
Número IPA Antigo: PT010313570010
 
Registo visualizado 628 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor, rectangulares, em eixo, e adossados lateralmente, torre sineira quadrangular, e sacristia, envolvento do corpo da capela-mor. Volumes escalonados de dominante horizontal, quebrada pelo verticalismo da torre sineira. Coberturas em telhados de uma água na sacristia, duas águas na nave e capela-mor e coruchéu pétreo coroado por catavento, na torre sineira. Fachadas em granito, de aparelho irregular. Fachada principal em empena coroada por cruz latina, com pináculos nos extremos, rasgada por portal de verga recta, sem moldura, encimado por janela gradeada, em arco abatido, com avental e remate em cornija ondulada. Torre sineira de dois registos, o primeiro enquadrado por pilastras toscanas, com cartela oval na face frontal, e o segundo correspondendo à sineira, com ventanas em arco pleno. Remate em cornija com pináculos nos vértices. Fachadas laterais rematadas por beiral, rasgadas por par de janelões e portal, na fachada do lado direito. Fachada posterior, com pano da capela-mor em empena, com pináculos piramidais nos extremos, e cruz sobre acrotério, no vértice da empena. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco. Nave coberta por tecto de madeira, com o travejamento à vista. Pavimento de cimento. Coro-alto com acesso através da torre sineira. Baptistério com pia baptismal de taça circular assente em coluna de secção também circular. Do lado da Epístola encontra-se púlpito de base rectangular em granito pintado de branco, assente em modilhão, com guada plena em talha policroma *1, pintada com motivos florais e acesso por escadaria de pedra, de lanço recto, protegido por corrimão. A ladear a porta lateral encontra-se pia de água benta simples. Retábulos laterais de talha dourada, inscritos em arcos plenos, o do lado do Evangelho de invocação de Nossa Senhora, e o do lado oposto, de Santo Isidoro. Arco triunfal peno, assente em pilastras toscanas. Capela-mor com cobertura de masseira de madeira. Parede testeira com pintura mural, simulando retábulo, em trompe l'oeil, com três eixos definidos, por arcos abatidos, assentes em colunas bojudas, representando Cristo, ao centro, ladeado por São Pedro, do lado do Evangelho, e São Paulo, do lado da Epístola.

Acessos

Lugar da Carvalhosa, c. de 200 m do cruzamento com a EN

Protecção

Em vias de classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público, Despacho do Secretário Estado da Cultura, de 11 Outubro 1979)

Enquadramento

Rural, isolada, implantada no extremo de um percurso de acesso em terra batida que tem início num cruzeiro junto à Rua da Carvalhosa. O cruzeiro apresenta soco quadrangular, com quatro degraus assimétricos, coluna de fuste facetado encimada por esfera, com cruz latina de secção chanfrada. A ladear a igreja, encontra-se uma casa de características vernáculas, com varanda corrida, que teria sido a residência paroquial. Junto à igreja encontra-se um sarcófago antropomórfico medieval.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Braga)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 11 - Referência a paróquia de São Paio; Séc. 16 - construção da igreja, em substituíção da primitiva igreja românica; 1717 - obras de remodelação, com a provável colocação dos retábulos laterais, dos taburnos de madeira e abertura de janelas; séc. 19 - construção da actual fachada principal e torre sineira; 1812 - o visitador eclesiástico propõe a construção de uma nova igreja (v. PT010313570062) em substituição da velha; 1906, 2 Dezembro - o padre António José Rodrigues convoca uma reunião com os paroquianos onde é decidido construir uma nova igreja e residência paroquial; 1908, 9 Março - início das obras de construção da nova igreja; 1957 - durante obras de restauro, foram descobertas na residência do Passal Velho, três pedaços de colunas, uma telha românica e vários fragmentos de telhas, que pertenceriam à primitiva igreja; do muro do adro foi retirado um túmulo antropomórfico; no interior da igreja foram encontradas duas pedras pertencentes provávelmente aos primitivos capitéis românicos; é posta a descoberto a pintura mural da capela-mor, que se encontrava coberta de cal; parte do retábulo-mor é aproveitado para o retábulo lateral, do lado da Epístola.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Estrutura, elementos decorativos, pia baptismal, pia de água benta e base do púlpito em granito; pavimento em cimento; portas, janelas, tectos e retábulos em madeira; cobertura em telha de canudo.

Bibliografia

ASSIS, Francisco de, FERREIRA, José Carlos, Igreja de São Paio - Igreja Velha de Vila Verde, in Diário do Minho, 6 Janeiro 2005.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1957 - obras de restauro da igreja; 1989 / 1990 - obras de beneficiação.

Observações

Na sacristia existe um sarcófago que serve de "depósito"; segundo o padre António Carvalho, na Corografia Portuguesa, existiam na igreja várias sepulturas, uma das quais com inscrição " Aqui estão os muito loureados D. Isabel de Barros, mulher de Fernão Aires de Sousa e sua filha Leonor Alvim"; D. Leonor Alvim foi mulher de D. Nuno Álvares Pereira e a sua família teve casa no lugar de Monte de Baixo, em Vila Verde; *1 - a guarda do púlpito foi trazida de outro local; *2 - a pintura mural encontra-se em mau estado de conservação.

Autor e Data

Isabel Sereno e João Santos 1994

Actualização

 
 
 
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