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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Chafariz / Fonte Chafariz / Fonte Tipo espaldar
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Descrição
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Fonte de espaldar rectangular, em cantaria, definido na parte superior por entablamento, com friso decorado por métopas e pontas de diamante, assente sobre quatro mísulas que enquadram o brasão do seu fundador, ladeado por duas cartelas com inscrições gravadas. Remata o conjunto uma cornija moldurada sobrepujada por pináculos a ladear cruz dupla sobre calvário *1. Possui no terço inferior, ao centro, bica carranca, enquadrada por decoração com enrolados, cuja boca alberga tubo em ferro, de onde, antigamente, jorrava a água. Nas inscrições, muito desgastadas, particularmente a da cartela da direita lê-se: "DIDACVS DE SÕ / SA ARCHIEPS. BRAC. / FONTEM INST... / AVIT ET VIAM / APERVIT / 1509 e ... V ... CII / ... X ... SIS / BI ...CIS ... S / NSI ... TVS / PLIATVS ... VIT / 1623". A pedra de armas, do Arcebispo D. Diogo de Sousa, é composta por escudo esquartelado, tendo no I e IV cinco escudetes postos em cruz, sem os besantes, e no II e III uma caderna de crescentes sem a bordadura com os castelos e sem o filete em contrabanda, no I e IV. Atrás do escudo, posta em pala, cruz dupla. |
Acessos
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Rua do Raio. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,548121, long.: -8,422627 |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção do Palácio do Raio (v. IPA.00000048) |
Enquadramento
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Urbano, adossado ao muro que bordeja a rua e que serve de paredão de suporte à plataforma onde se eleva a Capela de São Sebastião das Carvalheiras (v. PT010303070069). Na proximidade alminha com nicho pintado com moldura decorada com a representação de São Sebastião, São Lourenço e a Virgem. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: chafariz |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1509 - Construção por ordem do Arcebispo de Braga, D. Diogo de Sousa (1505 - 1532); 1623 - provável restauração da fonte, no tempo do Arcebispo D. Afonso Furtado de Mendonça (1619 - 1627) (BELLINO 1895); séc. 20, anos 60 - transladada do sítio original, no cimo da R. dos Granjinhos, para o local que ocupa actualmente. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante de cantaria com aparelho pseudo-isódomo. |
Materiais
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Estrutura de granito; bica tubular em ferro. |
Bibliografia
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BELLINO, Albano, Inscripções e lettreiros da cidade de Braga e algumas freguesias rurais, Porto, 1895, p. 101; FERREIRA, Monsenhor J. Augusto, Fastos Episcopaes da Igreja Primacial de Braga (séc. III - séc. XX), tomo II, Braga, 1931, p. 504 - 505; NÓBREGA, Vaz Osório da, Pedras de Armas e Armas Tumulares do distrito de Braga, vol. 1, tomo I, Braga, 1971, p. 719 - 721; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, MOURA, Eduardo Souto, MESQUITA, João, Braga Evolução da Estrutura Urbana, Braga, 1982, p. 25, Fig. 21; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, A paróquia de São José de São Lázaro (1747 - 1997), Braga, 1997, pp. 233 - 234; COSTA, Luis, Braga Roteiro Histórico e Monumental Extra-Muros, Braga, 1998, p. 15. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Câmara Municipal: séc. 20, finais dos anos 60 - Transladação do seu local original, da R. dos Granjinhos, para o sítio que ocupa actualmente, junto da capela de São Sebastião das Carvalheiras. |
Observações
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*1 - No Memorial das obras que mandou fazer o Arcebispo de Braga Dom Diogo de Sousa, escrito entre 1531 e 1565, refere-se que esta fonte tinha ameias: "Fez a fonte de S. Marcos de novo, com seu chafariz, peitoril e ameias, da forma que ora está, no meio do dito caminho, a qual dantes era um charco, sem nenhuma serventia para o caminho de Guimarães, salvo da parte de cima por um caminho muito estreito por onde não passava besta nenhuma" (FERREIRA 1931). |
Autor e Data
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João Santos / António Dinis 1998 |
Actualização
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