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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja
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Descrição
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Planta longitudinal, composta pelo corpo de 3 naves, transepto, capela-mor rectangular ladeada de absidíolos, torre sineira quadrangular, claustro e outras dependências conventuais; volumes articulados; cobertura diferenciada em telhado de 2 águas na nave central e de uma água nas colaterais. Fachada de 3 panos sendo o central avançado de 3 registos, tendo no inferior alpendre em arco de asa de cesto, no médio grande janelão de verga recta encimando uma lápide alusiva à fundação do templo, e remate em empena triangular curvada de cruz; nos panos laterais, em empena, pequena janela rectangular de grade. INTERIOR: arcos de volta perfeita sob colunas toscanas dividindo os 4 tramos; nos absidíolos e nos últimos tramos das colaterais retábulos esculpidos em pedra de colunas jónicas sobre altas bases rectangulares molduradas; nos muros das colaterais diversas e díspares portas e janelas; arco triunfal de volta perfeita. |
Acessos
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Largo de Santa Maria de Alcaçova |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 29/84, DR, 1.ª série, n.º 145 de 25 junho 1984 *1 |
Enquadramento
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Urbano. Fronteiro ao Jardim do Largo das Portas do Sol. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Santarém) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 11 / 16 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1154 - provável fundação da igreja por D. Hugo Martins, mestre dos templários e comendador de Santarém, tendo sido seu construtor Frei Pedro Arnaldo; a crer na inscrição sob a porta principal. certos autores (SILVA, 1817) consideram que o templo se teria erguido no local de um primitivo templo romano, conjectura esta baseada em algumas pedras romanas gravadas encontradas no adro; 1157 - Celestino III expede uma bula, reconhecendo a Colegiada de Santa Maria de Álcáçova, com 20 cónegos; 1160, 14 Abril - Celestino III aprova os estatutos da Colegiada; 1211 - Celestino ÎII concede aos cónegos a isenção relativa ao poder dos bispos de Lisboa, ficando drectamente dependentes da Santa Sé; 1274, 24 Janeiro - D. Afonso III obriga os lavradores das terras da Colegiada a pagarem jurada; após os templários foi entregue aos cónegos regrantes de Santo Agostinho; 1280, 09 Março - a colegiada é elevada a Paroquial, pelo bispo D. Mateus, a qual chegou a ter a posse das Igrejas paroquias de Santa Cruz, Santa Iria e São João do Alfange; o templo serviu de capela ao Paço-Real com o qual tinha comunicação; o Cabido toma posse de terras em Valada e Alvísquer doadas por D. Rodrigo Afonso, prior da igreja e filho natural de D. Afonso III; 1290 - sagração da igreja; 1302, 10 Setembro - falecimento de D. Rodrigo Afonso, prior da igreja, sepultado na capela-mor; 1427 - Martinho V confirma os privilégios da Colegiada; 1429 - os carreteiros da Colegiada são isentos de outros serviços por D. João I; 1467, 04 Dezembro - D. Afonso V confirma o pagamento dos dízimos à Colegiada; séc. 16 - reconstrução do templo; 1516, 28 Novembro - Breve de Leão X, determinando a côngrua do prior; 1543, 19 Agosto - o bispo de Lisboa, D. Fernando, concede novos estatutos à Colegiada; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese de Lisboa; 1611, 03 Setembro - D. Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa, nega a reforma dos Estatutos da Colegiada; 1633, 22 Setembro - falecimento de Diogo Rebelo Berberia, vigário de Santa Iria e Capelão Real, sepultado na Igreja; 1643, 05 Agosto - D. João IV confirma que o Cabido mantivesse em sua posse os dízimos 1682, 21 Novembro - falecimento do vigário de Santa Cruz e Capelão Real, Lourenço Nogueira, sepultado na Igreja; 1706, 15 Abril - D. Pedro II confirma a mercê concedida por D. Afonso V, dos Cónegos terem honras e privilégios semelhantes aos Capelães da Casa Real; 1715 - 1724 - reconstrução devida a D. Rodrigo Teles de Menezes, Conde de Unhão; 1724, 15 Outubro - falecimento do Cónego João Montez, sepultado na sacristia; 1745 - reconstrução do templo; 1800, 09 Dezembro - o príncipe regente, D. João, confirma as doações e privilégios concedidos pelos seus antecessores; 1833 - a Colegiada perde o seu prestígio; 1854, 28 Setembro - o Patriarca D. Guilherme resolve manter a Colegiada, reduzindo o número de benefícios a 9; 1869, 01 Dezembro - extinção da Colegiada; 1875, 13 Abril - feitura do remate e cata-vento na Igreja; 1878 - demolição do adro; 1983 - restauro da igreja, com fundos reunidos pelo Correio do Ribatejo; 1987 - restauro da igreja; 1988 - durante as obras, são encontradas três esculturas, duas em calcário e uma de barro; 1993 - primeira e única reunião da Comissão Técnica e Científica para a reconstrução da Igreja. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Cantaria, alvenaria, azulejo, estuque. |
Bibliografia
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BARATA, José, Santarém nas Memórias Paroquiais de 1758, Santa Maria de Alcáçova in Vida Ribatejana, 1948; BARBOSA, Inácio de Vilhena, As Cidades e as Vilas da Monarquia Portuguesa que tem brasão d'armas, vol. 3, Lisboa, 1860; BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; FEIO, A. Areosa, Santarém, 1929; SARMENTO, Zepherino, Santarém, Porto, 1931; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, vol. III, Lisboa, 1949; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971; SILVA, Luis Duarte Vilela da, Memórias Históricas da Insigne e Real Collegiada de Sta. Maria da Alcáçova da Villa de Santarém, Lisboa, 1817. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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1947 - obras de conservação: pinturas de portas e guarda-ventos; 1984 - obras de conservação e consolidação da galilé; 1987 - 1988 - beneficiação de coberturas; 1989 - obras de conservação e restauro. |
Observações
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*1 - DOF: Igreja de Santa Maria de Alcáçova, e construção conventual anexa. |
Autor e Data
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Rosário Gordalina 1991 |
Actualização
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