Igreja Paroquial de Paredes / Igreja de São Lourenço
| IPA.00018737 |
| Portugal, Bragança, Bragança, União das freguesias de Parada e Faílde |
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| Arquitetura religiosa, setecentista. Igreja paroquial de planta retangular composta por nave e capela-mor. | |
| Número IPA Antigo: PT010402270160 |
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| Registo visualizado 393 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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| Planta retangular composta por nave e capela-mor, tendo adossado a S. sacristia e anexo retangulares. Volumes articulados com coberturas em telhados de duas águas na igreja, de uma na sacristia e de três no anexo. Fachada principal virada a O.. |
Acessos
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| Largo do Rossio |
Protecção
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| Inexistente |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, no interior da povoação, inserido em adro, delimitado por muro. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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| Religiosa: igreja |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica (Diocese de Bragança - Miranda) |
Afectação
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| Sem afetação |
Época Construção
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| Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| CARPINTEIRO E ENTALHADOR: António de Sousa (1790-1795). PEDREIRO: António José Fernandes (1790-1795). |
Cronologia
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| 1706 - segundo o Padre Carvalho da Costa é uma paróquia anexa à reitoria de São Genésio (Gens) de Parada; a povoação tem 30 vizinhos; 1758 - segundo o pároco nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertence à comarca de Bragança, bispado de Miranda, sendo anexa à reitoria de Parada, da Ordem de Cristo, a quem os moradores pagam pensão anual e por conta da mesma Ordem se tomba o termo, todas as vezes que entra um novo comendador ou mestrado de cavalaria; tem 47 vizinhos e 119 pessoas; a paróquia está fora do lugar, a um tiro de pedra para a parte do N., e a igreja, com orago de São Lourenço, tem uma nave, com dois altares colaterais, o do lado do Evangelho dedicado a São Sebastião e o da Epístola ao Menino Deus, mas em nenhum deles se diz missa pela indecência com que se acham; tem portal virado a poente, sobre a qual está o campanário, que consta de um pequeno sino; a capela-mor, onde está o santo do orago, é antiga, acha-se arruinada e sem retábulo, só tendo umas tábuas que foram pintadas, e o teto da capela tem as madeiras soltas das paredes, ameaçando tanta ruína que as poucas vezes que nela se entra é preciso muita cautela e vigilância para se resguardar do perigo, e por isso já se não diz as missas conventuais na igreja; os visitadores têm determinado em várias visitas que o comendador, que recebe os dízimos do lugar, faça, como é obrigado, re-edificar a capela ou mudá-la para o meio do lugar, onde está situada a capela do Santíssimo Sacramento e que para isso se sequestrem os frutos, dando-se primeiro conta à Mesa da Consciência; mas até ao presente não tem sido possível obtê-la; a igreja está sem ornatos, nem dalmáticas, o turíbulo é de ferro com três cadeias, cada uma delas com o comprimento de dois palmos e meio, que é mais próprio para uma idolatria do que para os devidos cultos que devemos dar ao Senhor; o pároco é cura anual, apresentado pelo reitor de Parada, e tem de côngrua 40 alqueires de pão meados, 11 almudes de vinho e 6$300 em dinheiro, que dá o comendador, com a obrigação de dizer as missas todos os domingos e dias Santos, de assistir à Semana Santa em Parada, de residir na freguesia sem ter casa de residência; só tem uma Irmandade de São Lourenço, em cujo dia acodem a ela os irmãos a confessar e comungar para alcançar jubileu; no mesmo dia e no dia de São João Batista, vêm muitas pessoas lavarem-se à fonte de São Lourenço, que dista da igreja dois tiros de pedra, para N., e na qual, em tais dias (dizem pessoas fidedignas) aparece milagrosamente um alto de azeite sobre a água, e os que nela se lavam, conforme a fé que têm no Santo, obram saúde nas suas enfermidades; 1790 - apresentada na Mesa de Consciência e Ordens a necessidade de construir a capela-mor da igreja, anexa à de Parada, da Ordem de Cristo, a rainha determina que se faça a obra e que seja arrematada pelo lanço mais baixo, pelos mestres da respetiva Câmara ou outros quaisquer, não excedendo os 300$000 que o mestre Sebastião de Morais ofereceu pela obra de pedreiro, 50$000 que o mestre António Pereira ofereceu pela obra de carpinteiro e 179$000 que o mestre António Pereiro ofereceu pela obra de talha e retábulo, tudo na forma de planta e apontamentos fornecidos; a despesa seria feita pela renda da comenda; 1790, 27 maio - auto de arrematação da obra de canteiro e pedreiro da capela-mor a António José Fernandes, do lugar de Cabeça Boa, por 270$000, e da obra de carpinteiro da capela-mor e sacristia a António de Sousa, de Quintela, por 49$000; segundo os apontamentos, a capela-mor teria 32 palmos pelo exterior e 5 palmos nas fundações; levaria dois cunhais toscanos, com 24 palmos de altura como a igreja, acornijados e "afrigada" conforme a igreja, sobre os quais levaria duas pirâmides e, na empena, uma cruz com pedestal com alguma moldura; no interior seria lajeada de cantaria com duas sepulturas, levaria três degraus de bucal para o altar; o altar teria 11 palmos de comprido, coberto de madeira e forrada por baixo dos caibros e teria suas cornijas saindo para fora; o forro da capela-mor seria de meia laranja e a sacristia em escamas de peixe; seria em madeira de castanho e as paredes rebocadas e branqueadas; teria uma fresta para E., de 6 palmos de altura por 3 de largura, e portal de cantaria apilarado pela banda da capela, com 10 palmos de altura e 5 de largura, de modo a que caibam os caixões; a sacristia teria 20 palmos de comprido e 15 de desvão, por dentro apilarados nos cunhais em correspondência da capela, com 15 palmos de alto, com fresta gradeada e lavatório; levaria as mesmas "pinharolas" correspondentes aos cunhais da igreja; será frisada e acornijada como a capela; lançou João Fernandes do lugar de Izeda em 400$000, exceto a tribuna; 28 maio - escritura de fiança da obra de canteiro adjudicada a António José Fernandes, sendo seus fiadores Francisco José Pires e sua mulher Maria Pires, de Paredes; 1791, 11 setembro - treslado de escritura de obrigação que fazem o entalhador António de Sousa, que arrematara a obra de carpintaria e da talha da capela-mor por 218$000, e seu fiador António Afonso, da Quinta de Veigas; 12 setembro - António de Sousa, entalhador do lugar de Quintela, que arremata a obra de carpinteiro e talha da capela-mor por 218$000 ainda não havia recebido pagamento algum; António de Sousa recebe portaria para os primeiros pagamentos de 56$333 para a obra de carpintaria e 16$333 para a obra de talha; 1794, 12 setembro - António de Sousa recebe o segundo pagamento da obra de carpinteiro e talha da capela-mor, 56$333 para a carpintaria e 16$333 para a obra de talha; 28 dezembro - estando finda a obra de canteiro e entalhador, requerem os mestres portarias para o seu pagamento; 1795, 5 fevereiro - auto de exame e aprovação da obra de cantaria da capela-mor e sacristia pelos pedreiros João Moreira, da cidade de Bragança, e Alexandre José Rodrigues, natural do Minho, os quais declararam estar conforme os apontamentos, ficando obrigado o mesmo mestre apenas a dar duas mãos de "leite" na parede da capela-mor, depois do retábulo ser assente; 20 julho - auto de exame e aprovação da obra do retábulo-mor e madeiramento pelo entalhador José Pires, de Aziveiro, e António Afonso das Neves, dizendo que tudo estava conforme os apontamentos e com boa madeira; o juiz de fora certifica que o canteiro dera duas demãos "de leite" na capela-mor e sacristia. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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| CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique - As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património. Braga: José Viriato Capela, 2007; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza..., Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706, tomo I; FERNANDES, Armando, RODRIGUES, Luís Alexandre, Monografia das Freguesias do Concelho de Bragança, Bragança, Câmara Municipal de Bragança, 2004; MOURINHO, António Rodrigues - Documentos para o estudo da Arquitectura Religiosa na Antiga Diocese de Miranda do Douro - Bragança, 1545 a 1800. s.l.: Tipalto - Tipografia do Planalto, Lda. 2009. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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| EM ESTUDO |
Autor e Data
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| Paula Noé 2013 |
Actualização
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