Pelourinho de Vila Flor

IPA.00000186
Portugal, Bragança, Vila Flor, União das freguesias de Vila Flor e Nabo
 
Arquitectura político-administrativa e judicial, seiscentista. Pelourinho de bola, com soco quadrangular de três degraus e fuste octogonal com capitel de inspiração coríntia, encimado por tabuleiro e pequeno elemento que sustenta o remate em forma de bola. Pelourinho com base tronco-piramidal, encimado por fuste com secção quadrangular, que se chanfra, tornando-se octotongal até ao topo. O remate forma uma florão.
Número IPA Antigo: PT010410170003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo bola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco quadrangular com três degraus, onde assenta base quadrangular, com as arestas superiores chanfradas. Fuste inferiormente quadrangular e depois octogonal com cerca de 5 m. Capitel de volutas bastante relevadas e um brasão encimado por flor-de-lis e coroa. O conjunto é rematado por pináculo em forma de ceptro ornado de motivos vegetalistas.

Acessos

Largo Padre António José de Morais. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,306954; long.: -7,152584

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, num largo rodeado de casas de um e dois registos que mostram alguns elementos perturbadores.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1286, 24 Maio - foral de D. Dinis, confirmando um outro anterior; D. Dinis mandou cercar a povoação de muros e mudou-lhe o nome de Póvoa d'Além do Sabor, para o actual; séc. 14 - criação do senhorio de Vila Flor, doado a Vasco Peres de Sampaio; 1512, 04 Maio - D. Manuel concedeu-lhe foral novo; séc. 17 / 18 - época provável da construção do pelourinho; 1706 - a povoação tem 300 vizinhos e é do senhorio dos Condes de Vila Flor, na pessoa de Manuel de Sampaio de Melo e Castro, que apresenta tabeliães e alcaide e só no campo da correição entra o corregedor de Torre de Moncorvo; o senhor recebe 200$000 anuais; tem um Ouvidor, que assiste a todas as povoações da Casa de Vila Flor, 2 juízes ordinários, vereadores, juiz dos órfãos com os seus oficiais; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais, a freguesia era cabeça do senhorio de Vila Flor, representado por António de São Paio Melo e Castro Moniz e Torres, e pertencia à comarca de Torre de Moncorvo; tinha 274 fogos e 781 pessoas maiores e 31 menores; tinha dois juízes ordinários, com eleição pelo povo e confirmação do donatário "quando está de posse, alliás o corregedor da comarca"; tinha câmara que constava dos ditos juízes, três vereadores e um procurador, tinha também capitão-mor e sargento-mor das ordenanças; 1834, até - teve para além de justiças próprias, um ouvidor apresentado pelos Condes de Sampaio, senhores da Vila; o pelourinho deve ter sido destruído depois desta data; 1935 - Nuno Cardoso classifica-o como estando demolido; 1936 - Necessita de pedestal e degraus pelo que é pedido o seu restauro; 1937 / 1957 - o aguarelista F. Perfeito de Magalhães pinta-o embora este seja referenciado como existindo fragmentos em poder de um particular; 1969 - feito novo pedido de restauro.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1986; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2007; CARDOSO, Nuno, Pelourinhos Demolidos, Lisboa, 1935; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; MAGALHÃES, F. Perfeito de, Pelourinhos Portugueses, Lisboa, 1991; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; Pelourinhos, Lisboa, 1935; Pelourinhos do Distrito de Bragança, Bragança, 1982.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

DGEMN: 1937 - restauro do pesdestal e degraus.

Observações

Autor e Data

Ernesto Jana 1993

Actualização

 
 
 
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