|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Capela / Ermida
|
Descrição
|
Planta longitudinal composta pelo retângulo da capela, a que se adossam os retângulos da sacristia e de um anexo a N. e S., de uma galilé a O.; volumes articulados com telhados diferenciados de duas águas sobre a capela e galilé e de 1 sobre os anexos. A galilé de empena triangular, rasgada por três arcos redondos sobre pilastras, nas três faces, define a fachada principal, rematada por cruz no vértice, com uma pequena sineira do lado S.. Sobre a porta de acesso, ao fundo da galilé, de vão rectangular e cantaria nas molduras lisas, um nicho com a imagem quinhentista do orago. INTERIOR: nave única coberta por tecto de madeira liso, em três planos. As paredes da capela são totalmente revestidas por azulejo de padrão polícromo, seiscentista, em azul, amarelo e branco, enquadrado por cercaduras e frisos; do lado do Epístola, um padrão diferente reveste o arco de um nicho lateral, com fiadas imitando o franjado dourado de um panejamento. Um túmulo gótico está depositado na capela, com arca prismática e tampa piramidal, com uma lança e uma bandeira incisas. Na parede do lado do Evangelho está embutida uma lápide com caracteres góticos, alusivos ao tumulado, Luís Henriques: Aqui jaz Luís Henriques fidalgo da casa real do rei D. João I e seu mantieiro mor e um dos vinte a cavalo que ficaram em Lisboa estando esta cercada pelo rei D. João I de Castela. O retábulo seiscentista do altar-mor em talha branca e dourada, com colunas jónicas estriadas, suporta entablamento, sobre o qual assenta frontão contracurvado com enrolamento no topo; motivos incisos nos pedestais das colunas e no entablamento; o retábulo enquadra oito tábuas pintadas, as duas centrais com cenas da vida de São Brás; nas predelas outras três cenas da vida do padroeiro e no registo superior, abaixo do frontão, dois santos bispos dos 2 lados de uma cena representando o descanso na fuga para o Egipto. |
Acessos
|
Rua de São Brás. WGS84: 39º15'35.75'' N. / 9º09'03.93'' O. |
Protecção
|
Categoria: IM - Interesse Municipal, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª série-B, n.º 56 de 06 março 1996 *1 |
Enquadramento
|
Integra-se atualmente dentro do recinto murado do cemitério do Bombarral, à saída da povoação. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Religiosa: capela |
Utilização Actual
|
Religiosa: capela |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afetação |
Época Construção
|
Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
PINTOR: Diogo Teixeira (atr., séc. 17). |
Cronologia
|
Séc. 16 - data provável da construção da ermida, no local de uma primitiva capela, certamente já dedicada a São Brás, na qual jazia, desde c. 1430, Luís Henriques, fidalgo da corte de D. João I e seu Monteiro-mor; o túmulo estava inicialmente na galilé, sendo mais tarde transferido para o interior, mandando-se então colocar a lápide na parede; séc. 17 - feitura do retábulo, com pinturas atribuíveis a Diogo Teixeira, e revestimento azulejar; a ermida é centro de devoção regular, realizando-se anualmente, no dia de São Brás, uma romaria no terreiro que a envolvia. |
Dados Técnicos
|
Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
Cantaria e alvenaria rebocada e caiada. |
Bibliografia
|
SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, vol. V, Lisboa, 1955; Tesouros artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; RAMOS, Augusto José, O Bombarral e seu Concelho, Bombarral, 1982; VERGIKOSK, Francisco de, Pedras de Armas do Bombarral, Bombarral, 1989. |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DRMLISBOA |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
JFBombarral: 1991 - substituição da cobertura. |
Observações
|
*1 - DOF: Capela de São Brás, também denominada Ermida de São Brás, incluindo o retábulo do altar-mor e o túmulo de Luiz Henriques, fidalgo da corte de D. João I, integrada no cemitério do Bombarral. |
Autor e Data
|
Isabel Mendonça 1992 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |