Igreja Paroquial de Figueiró dos Vinhos / Igreja de São João Baptista

IPA.00001782
Portugal, Leiria, Figueiró dos Vinhos, União das freguesias de Figueiró dos Vinhos e Bairradas
 
Igreja paroquial manuelina, maneirista, barroca, romântica, com a nave central mais elevada, cobertura em madeira, naves separadas por arcaria. A fachada principal rodeada por 2 torres, uma delas com remate prismático e coruchéu piramidal enquadra-se na tipologia da fachada da igreja manuelina. Arranjo revivalista da fachada.
Número IPA Antigo: PT021008040001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta pelos rectângulos das naves e capela-mor e dos corpos laterais que a ladeiam. Volumes articulados das naves e capela-mor cobertos por telhados de 2 águas, sacristias por telhados de 1 água. 2 torres quadrangulares enquadram a fachada principal, sendo a do lado N. assente em eirado protegido por balaustrada e encimada por coruchéu piramidal. A empena da fachada termina em corpo rectangular ornado por flores-de-lis. Um portal maneirista, sobrepujado por frontão com volutas, interrompido por nicho com a imagem do orago, São João Baptista, é ladeado por janelas de moldura e gradeamentos neo-góticos, tal como o óculo que rompe a empena. No INTERIOR as 3 naves de 5 tramos, com a principal mais elevada, são separadas por colunas graníticas de capitel jónico, sobre as quais assentam arcos plenos. O tecto é em madeira de 3 planos na nave principal e de um nas laterais. O coro-alto assente em arco rebaixado inscreve-se entre as 2 torres, que se abrem lateralmente para a nave por arcos plenos. A capela-mor, coberta por abóbada de berço, abre-se para a nave por arco pleno, assente em pilastras, sobre pedestais, está revestida nas faces N. e S. por composições azulejares figurativas, em azul sobre esmalte branco, representando cenas da vida de São João Baptista, o orago da igreja, enquadradas por cercaduras barrocas. Existência de um presépio em terracota.

Acessos

Praça do Município. WGS84 (graus decimais) lat.: 39.902215; long.:-8.274936

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 8 331, DG, 1.ª série n.º 167 de 17 agosto 1922

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado. A fachada principal abre para um adro, ao qual se ascende por escadaria, ficando-lhe fronteiro a Fonte dos Amores (v. PT021008040023). Do lado N. fica a Câmara Municipal (v. PT021008040029) e o Jardim (v. PT021008040034). A fachada posterior volta-se para o Parque da cidade (v. PT021008040032), separados por via pública.

Descrição Complementar

A arca tumular de Rui Vasques Ribeiro, senhor de Figueiró, e sua mulher Violante de Sousa, do séc. 15, repousa sobre 2 leões; a lastra mostra os escudos dos defuntos dentro de quadrifólios, amparados por anjos, em meio relevo; nas testeiras está representada a saída da alma do corpo do defunto.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 16 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Luís Reynaud (1898). ESCULTOR: Simões de Almeida (tio). PINTORES: oficina de Diogo Teixeira; José Malhoa. PINTOR DE AZULEJOS: Oficina dos Oliveira Bernardes.

Cronologia

Séc 15 - 16 - construção da igreja pelos religiosos de Santa Cruz de Coimbra, que passaram a apresentar os párocos, com honras de priores; da igreja de fundação quatrocentista, que segundo a tradição esteve na origem da actual igreja, nada resta; 1689 - data de instalação do órgão no coro; séc. 18 - reforma na capela-mor (azulejos e retábulo em talha) e abertura de janelas na fachada S.; execução do presépio; 1898 - o arquitecto Luís Reynaud dirige as obras de reconstrução da fachada; 1903 - inauguração da igreja renovada; 1904 - substituição do primitivo retábulo do altar-mor pela tela de Malhoa.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes e estruturas mistas

Materiais

Alvenaria, cantaria de granito.

Bibliografia

Album do Turismo, Lisboa, 1933; PEREIRA, Esteves e RODRIGUES, Guilherme, PortugalDiccionari, vol. III, Lisboa, 1907; Guia de Portugal, vol. II, Lisboa, 1927; PAIS, Alexandre Manuel Nobre da Silva, Presépios Portugueses Monumentais do século XVIII em Terracota [ dissertação de Mestrado na Universidade Nova de Lisboa ], Lisboa, 1998; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal, Vol. V, Lisboa, 1955; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC, SIPA

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC

Intervenção Realizada

1940 - Memória descritiva, em que são referidas demolições dos anexos adossados à fachada N., (à excepção do espaço reservado a sacristia, ao lado da capela-mor) e de 2 coros existentes sobre as naves laterais; recalçamento de alicerces exteriores; levantamento do pavimento e assentamento de lajedo em cantaria; apeamento e novo assentamento do altar-mor; reconstrução do gigante em cantaria na capela-mor; cintagem a betão armado para consolidação de paredes e assentamento da armação do telhado; apeamento total do telhado e sua reconstrução; fornecimento de portas exteriores em castanho; reparação geral de rebocos, tomada de juntas das cantarias, assentamento de vitrais, pinturas; 1942 - um temporal derruba parte dos anexos cuja demolição estava prevista; 1949 - estão a ser realizadas obras; 1965 - em exposição do pároco ao Ministro das Obras Públicas é referida a urgência da impermeabilização e reparação do telhado, reparação e pintura da abóbada da capela-mor, substituição do pavimento, restauro e protecção da tela de Malhoa, existente no altar-mor. A fotografia e planta desse ano mostram a igreja ainda com os anexos e coros altos cuja demolição era apontada na memória de 1940. Nova memória descritiva refere a limpeza de cantarias, rebocos exteriores, reparação parcial de paredes interiores, assentamento de portas almofadadas; 1966 - reconstrução parcial da cobertura da nave N. com cintagem em betão das paredes, armação em madeira com barrotes aparentes e forro em madeira, telha patinada e beirado duplo; 1967 - reconstrução da cobertura da nave S., com cintagem em betão; 1968 - reconstrução de metade da cobertura da nave principal, com cintagem em betão; 1969 - finalização da reconstrução do telhado da nave; 1970 - assentamento de tijoleira na nave central, rematada por faixa de cantaria em lajedo en tre as colunas que dividem as naves; 1971 - remodelação da instalação eléctrica; reconstrução do telhado da capela-mor; pavimentação das naves laterais sobre massame de enchimento de caixa de ar; reestruturação dos anexos; pavimentação do baptistério e da capela da nave N.; construção de sanitários; placa pré-esforçada no tecto do baptistério; reparação de escada em madeira de acesso ao coro e à torre; novo reboco na abóbada da capela-mor; construção de um degrau para melhorar o acesso entre a capela-mor e a sacristia; madeiramentos novos para as portas exteriores e interiores e para as janelas; restauro do altar da capela do lado N.: supressão do arco quebrado em que assentava o painel representando o Gólgota (atribuído a Malhoa), que servia de fundo ao crucifixo de Simões de Almeida, picagem total do mesmo por se encontrar em muito mau estado de conservação e sua substituição por parede estucada e pintada a cinzento antracite; 1972 - Aproveitamento o vão do telhado de um dos anexos da capela-mor para sala de catequese: construção de placa de betão ligeiro e pavimentação da mesma com tijoleira; reboco e caiação das paredes da arrumação por trás do altar-mor; novo reboco das paredes da capela N.; novo soalho no coro-alto; montagem de instalação eléctrica e instalação de som; instalação da tela de Malhoa do altar-mor já restaurada; 1993 - obras de conservação exteriores; 1998 - obras de pintura no interior, carpintaria em soalhos, forros de tectos e caixilhos.

Observações

Autor e Data

Isabel Mendonça 1991 / Cecília Matias 2009

Actualização

 
 
 
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