Igreja de Nossa Senhora de Fátima

IPA.00017751
Portugal, Castelo Branco, Covilhã, União das freguesias de Covilhã e Canhoso
 
Arquitectura religiosa, revivalista. Igreja de planta longitudinal composta por nave, capela-mor ligeiramente mais estreita, com duas torres sineiras e sacristia adossada. Fachada principal harmónica, com as duas torres rematadas em coruchéu piramidal, evoluindo em três registos, divididos por friso e cornija, rematando em friso, cornija e balaustrada, com sineiras em arcos de volta perfeita em todas as faces; flanqueiam um corpo mais baixo, rematado em frontão sem retorno, semelhante ao da fachada posterior, com os vãos rasgados em eixo, com portal de verga recta e emoldurado, ladeado por pilastras que sustentam cornija, e pelo janelão do coro-alto, rectilíneo. Fachadas com remates em friso, cornija e beirada simples, rasgadas por porta travessa de verga recta, rematada por frontão interrompido e com janelas rectilíneas, na nave no lado esquerdo, e na nave e capela-mor no lado oposto.
Número IPA Antigo: PT020503190134
 
Registo visualizado 170 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja  

Descrição

Conjunto composto pela igreja, de planta rectangular com eixo longitudinal interno, composta por nave e capela-mor, a que se adossam duas torres sineiras e uma sacristia na fachada lateral esquerda, de volumes articulados e diferenciados com cobertura homogénea na igreja a duas águas, em coruchéu piramidal de cantaria, com remate em bola, nas torres e a uma água na sacristia. Junto ao edifício, situa-se um corpo rectangular, que serve de residência paroquial e casa mortuária. IGREJA com fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por pináculos e rematadas em friso, cornija e beirada simples. Fachada principal, virada a E., harmónica, com o corpo central ligeiramente saliente, com remate em frontão sem retorno, interrompido por plinto paralelepipédico e cruz no vértice, com o tímpano marcado por cornija contracurva interrompida e pequeno elemento recortado, que termina, acima do friso do frontão, o remate do janelão do coro-alto, rectangular e com moldura simples em cantaria; possui portal de verga recta, com moldura recortada e almofadada, flanqueada por duas pilastras, que sustentam, juntamente com três mísulas, um friso, cornija e dois pináculos. As torres são semelhantes, com remates em friso, cornija, e balaustrada, com pináculos nos ângulos, evoluindo em três registos separados por friso e cornija, os inferiores cegos e o superior rasgado por quatro ventanas de volta perfeita, assentes em impostas salientes e com fecho saliente. Fachada lateral esquerda, virada a S., com porta travessa de verga recta e moldura recortada e almofadada, rematada por frontão interrompido e volutas, com tímpano recortado, rematado por volutas e elementos circular. Está ladeado por duas janelas rectilíneas, com molduras recortadas em cantaria. O corpo da sacristia possui porta de verga recta e duas janelas de peitoril rectilíneas, todas com molduras simples em cantaria. Fachada lateral direita, virada a N., com porta e janelas na nave, semelhantes à da fachada oposta, possuindo fresta rectilínea de moldura recortada na capela-mor, alteada relativamente ao seu nível anterior, mais baixo que a nave. Fachada posterior com remate em frontão sem retorno com cruz latina no vértice, possuindo, no corpo da sacristia, pequena janela rectilínea, com moldura simples de cantaria. INTERIOR não observado. O CORPO anexo tem planta rectangular simples, com cobertura homogénea em telhado de quatro águas, evoluindo em dois e três pisos, adaptando-se ao declive do terreno, com as fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria e rematadas em friso, cornija e beirada simples. Fachada principal, virada a N., com remate em frontão triangular com cruz latina no vértice, possuindo o pano central saliente e revestido a cantaria de granito, com portal de verga recta e fecho saliente, flanqueado por pilastras toscanas que sustentam uma cornija, que o separa do segundo piso, rasgado por três janelas rectilíneas. Os panos laterais possuem janelas de peitoril, rectilíneas e com molduras simples em cantaria, com portadas interiores de madeira pintada de branco, surgindo, no lado esquerdo, uma lápide com a inscrição: "QUANTO PÔDE O ZÊLO, A FÉ, INDÓMITA VONTADE DO REVERENDO PADRE JOAQUIM DOS SANTOS MORGADINHO HOMENAGEM DA L.O.C.F. DA FREGUESIA DE SÃO MARTINHO DE COVILHÃ 3-3-944 13-7-947".

Acessos

Rua Marquês de Ávila e Bolema; Largo Cónego Joaquim dos Santos Morgadinho

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Peri-urbano, isolado e destacado, situado na zona das antigas fábricas, junto à Ribeira da Degoldra, em zona de ligeiro declive. Nas imediações, situam-se a Ponte do Rato, dois dos pólos da Universidade da Beira Interior (v. PT020503190006 e PT020503190233) e a Fábrica Alçada e Pereira (v. PT020503190252). O conjunto é envolvido por amplo adro, murado a alvenaria de granito, rebocada e pintada de branco e pavimentado a calçada de paralelepípedos de granito, com acesso frontal, por escadaria, no topo da qual se situa uma cruz latina, pertencente à antiga capela, e uma fonte, a Fonte de Santo Cristo, construída no séc. 17, adossada ao muro divisório do adro, em cantaria de granito aparente, com espaldar simples, rematado por cornija, no qual se rasga vão rectilíneo, onde se situava uma caixa de água, que vertia para tanque rectangular de bordos simples, situado ao nível do pavimento.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: igreja

Utilização Actual

Religiosa: igreja

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese da Guarda)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1730 - construção da Capela de Nosso Senhor da Ribeira, em frente a um cruzeiro que tinha forte devoção; 1758 - nas Memórias Paroquiais é referido que o Senhor da Ribeira possuía uma Irmandade, que cuidava de uma imagem com muitos devotos, que vinham anualmente em romaria; pertencia à paróquia de São João do Monte in Colo; séc. 20 - demolição da capela para a construção da Igreja de Nossa Senhora de Fátima; 1947, Julho - inauguração da igreja pelo prior Joaquim dos Santos Morgadinho e de uma casa anexa; séc. 20, década de 70 -ampliação da capela-mor da igreja em altura.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes autónomas.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito e betão, rebocado e pintado; modinaturas, pilastras, cornijas, frisos, mísulas, cruzes, tímpanos, frontões, pináculos, balaústres, coruchéu em cantaria de granito; portas de madeira; caixilhos de ferro e vidro simples; cobertura em telha.

Bibliografia

DIAS, Luiz Fernando de Carvalho, História dos Lanifícios (1750 / 1834) - Documentos, Lisboa, 1958; SILVA, José Aires da, História da Covilhã, Edição do Autor, 1970.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Séc. 20, década de 70 - ampliação da capela-mor; década de 90 tratamento de rebocos e pinturas; tratamento de madeiras e caixilharias.

Observações

Autor e Data

Paula Figueiredo 2009

Actualização

 
 
 
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