Anta do Olival do Monte Velho, na Herdade de Fontalva

IPA.00001754
Portugal, Portalegre, Elvas, Santa Eulália
 
Anta que não apresenta vestígios de corredor
Número IPA Antigo: PT041207060016
 
Registo visualizado 379 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Funerário  Anta    

Descrição

Anta de planta poligonal que preserva sete esteios, a entrada situa-se a 28º.No seguimento do monumento no sentido Este/Oeste existe um alinhamento de blocos de pedra que trava o socalco superior do olival; este alinhamento pode confundir-se com o monumento, no entanto não faz parte dele.

Acessos

Entre Santa Eulália e Barbacena (N 243-1), a 5,700m, cortar à direita por caminho de terra que conduz ao Palácio da Herdade de Fontalva, seguir o caminho que desce podemos observar do lado esquerdo, no topo de um cabeço, o castelo do Monte Velho, no fim da descida cortar à esquerda por um caminho que acede diretamente ao castelo (v. PT041207040056); a anta situa-se a c. de 200m da fachada traseira do castelo do Monte Velho. CMP, Gauss:M- 72.27,P- 24.64 M- 224697, P- 2721997

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 29 604, DG, 1.ª série, n.º 112 de 16 maio 1939

Enquadramento

Rural, no olival da encosta O. do castelo do Monte Velho, a uma cota de c. de 325m, este monumento faz parte da necrópole de Fontalva, cujos monumentos foram classificados em 1939 - Anta da Coutada de Barbacena (v.IPA:00003228), antas nº1 (v.IPA.00001854) e 2 de D. Miguel.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: anta

Utilização Actual

Cultural e recreativa: monumento

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Neolítica/calcolítica - cultura megalítica

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Período cronológico - 5º a 3º milénio a.C.; 1999 - 2005, este monumento integrou o circuito do Barbacena, no âmbito dos circuitos arqueológicos Antas de Elvas, implementados pelo IPPAR.

Dados Técnicos

Materiais

Granito

Bibliografia

Albergaria, João, Lago, Miguel - “Cromeleque do Torrão (Elvas): Identificação”, Vipasca, 4, Aljustrel, 1995,pp.53-60; Cartaillac, Émile, Les Ages Préhistoriques de L'Espagne et du Portugal, Paris,1886; Roteiros de Arqueologia Portuguesa, Dias, Ana Carvalho, coord., Antas de Elvas, textos: Albergaria, João, Dias, Ana Carvalho, s.l: IPPAR, Setembro 2000, pp 14-15; Lago, Miguel, Albergaria, João, - “Cabeço do Torrão (Elvas): Contextos Megalíticos”, Actas do 2º Simpósio Transformação e Mudança: Tempo, Construção do Espaço e Paisagem, Cascais,1996; LEISNER, G. e V. - Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Suden, Berlim: Walther de Gruyter, 1943; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (1) Berlim: Walther de Gruyter, 1956; LEISNER, G. e V., Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel, Der Western (2) Berlim: Walther de Gruyter, 1959; LEISNER, G. e V. - Antas do Concelho de Reguengos de Monsaraz: Materiais para o Estudo da Cultura Megalítica em Portugal, Lisboa,1951: Instituto para a Alta Cultura [reprint: Uniarch, Estudos e Memórias 1, 1985, com uma apresentação de V.S. Gonçalves]; Vasconcelos, J. Leite de - O Archeólogo Português, XXI, 1916, p.362; Paço, A. Ferreira, O. Veiga, Viana, A. -“Antiguidades de Fontalva. Neo-Eneolítico e época romana”, Zephirus, vol. VII, 1957; Silva, J. Possidónio - “Dólmens recentemente descobertos em Portugal”, Boletim de Architectura e de Archeologia da Real Associação dos Architectos e Archeólogos Portugueses, t.3,2ª série, Lisboa; Viana, Abel - Contribuição para a arqueologia dos Arredores de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XII, Porto,1950; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de -Exploración de algunos dólmens de la region de Elvas, Crónica del 2º Congresso Arqueológico Nacional, Madrid, 1951; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de,- Mais três dólmens da região de Elvas (Portugal), Zephirus, vol. IV, Salamanca,1953; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, -, Notas para o Estudo dos Dólmens da Região de Elvas, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. XV, Porto,1955; VIANA, Abel e DEUS, António Dias de, - Mais Alguns Dólmens da Região de Elvas (Portugal), Paço Ducal de Vila Viçosa, 1957.

Documentação Gráfica

DGPC/IPPAR: coleção de desenhos SIPA DOC.00206498

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

IPPC/SRAZS/CME: 1989, relocalizado por Miguel Lago da Silva; IPPAR/DRE 1990, o interior foi coberto por uma camada de saibro. IPPAR/DRE: 1991 - limpeza do monumento e demarcação da Zona de Proteção através de 4 marcos brancos enterrados no terreno, IPPAR/DRE: entre 1997 e 2005, foi assegurada a limpeza anual da vegetação; Projetos de Valorização: IPPC/SRAZS: Projeto de Salvaguarda e Valorização das Antas de Elvas (1989-1993) co-financiado pelo Programa OID/NA); IPPAR/DRE: Projeto de Recuperação e Valorização das Antas de Elvas (1997-1999), co-financiado pelo Programa AVNA; IPPAR/DRE: Implementação dos Circuitos Arqueológicos das Antas de Elvas que funcionaram a partir do castelo de Elvas entre 1999 e 2005. Projeto de Investigação de Miguel Lago e João Albergaria - O Megalitismo da Região de Elvas, entre o caia e o Guadiana (1994) reformulado com o título Monumentalização e domesticação da paisagem na região de Elvas entre o 5º milénio e o 3º milénio a.C.: entre o Caia e o Guadiana, exemplos e particularismos na Herdade do Torrão (1998).

Intervenção Realizada

IPPC/SRAZS/CME: 1989, relocalizado por Miguel Lago da Silva; IPPAR/DRE 1990, o interior foi coberto por uma camada de saibro. IPPAR/DRE: 1991 - limpeza do monumento e demarcação da Zona de Proteção através de 4 marcos brancos enterrados no terreno, IPPAR/DRE: entre 1997 e 2005, foi assegurada a limpeza anual da vegetação; Projetos de Valorização: IPPC/SRAZS: Projeto de Salvaguarda e Valorização das Antas de Elvas (1989-1993) co-financiado pelo Programa OID/NA); IPPAR/DRE: Projeto de Recuperação e Valorização das Antas de Elvas (1997-1999), co-financiado pelo Programa AVNA; IPPAR/DRE: Implementação dos Circuitos Arqueológicos das Antas de Elvas que funcionaram a partir do castelo de Elvas entre 1999 e 2005. Projeto de Investigação de Miguel Lago e João Albergaria - O Megalitismo da Região de Elvas, entre o caia e o Guadiana (1994) reformulado com o título Monumentalização e domesticação da paisagem na região de Elvas entre o 5º milénio e o 3º milénio a.C.: entre o Caia e o Guadiana, exemplos e particularismos na Herdade do Torrão (1998).

Observações

Em 1938, o proprietário Rui de Andrade convidou os arqueólogos Savory, Afonso do Paço, Octávio da Veiga Ferreira, Abel Viana e Eugénio Jallay a visitar a sua Herdade de Fontalva. Esta visita deu a conhecer os materiais arqueológicos correspondentes a um povoado calcolítico, recolhidos durante a edificação do Palácio de Fontalva, bem como o conjunto de monumentos megalíticos que se situavam dentro da propriedade e que designámos por necrópole megalítica de Fontalva. Estes monumentos - anta da Coutada, Antas nº1 e 2 de D. Miguel, anta do Olival do Monte Velho e ainda a anta do Torrão serão classificados em 1939 a inventariação e publicação dos materiais e dos monumentos seguir-se- à em 1957. Salientamos que esta classificação permitiu que todas as antas chegassem aos nossos dias, ao contrário por exemplo das de Vila Fernando que foram todas destruídas. Devido à fragmentação da propriedade, hoje estes monumentos situam-se em propriedades diferentes. A anta do Torrão classificada no seguimento desta visita não está incluída na necrópole de Fontalva, porque as descobertas na década de 90 do séc. XX permitiram identificar o cromeleque e o povoado do Torrão dominando um conjunto evolutivo de monumentos funerários cuja máxima expressão arquitetónica foi a anta do Torrão.

Autor e Data

Ana Carvalho Dias, 2019

Actualização

 
 
 
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