Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Borba

IPA.00017519
Portugal, Évora, Borba, Borba (Matriz)
 
Arquitectura religiosa, maneirista e barroca. Igreja de Misericórdia de planta longitudinal composta de nave única e capela-mor, interiormente com iluminação axial e coberturas em abóbadas de nervuras, flanqueada à esquerda por várias dependências, com a sacristia e casa do despacho, e à direita o hospital, em U. Fachada principal da igreja terminada em frontão triangular e rasgada por portal de verga recta, encimado por frontão também triangular, e janela de verga abatida e moldura recortada. No interior possui coro-alto, do lado do Evangelho, órgão positivo de armário tardo-barroco e púlpito maneirista e, do lado da Epístola, tribuna com cadeiral dos mesários barroco, assente em mísulas, marcando no espaldar treze lugares, o do Provedor mais rico; tem ainda duas capelas laterais confrontantes, a do Evangelho em mármore, seguindo o esquema definido para as igrejas pombalinas, e a da Epístola em talha dourada joanina, de planta côncava e um eixo, e duas tribunas rasgadas num plano superior. Os vãos, cadeiral e o arco triunfal são encimados por sanefas em barroco joanino. Na capela-mor, o retábulo em talha dourada é joanino, de planta côncava e um eixo. O espaldar do arcaz é igualmente joanino. O hospital desenvolve-se à volta de um pátio, com arcada em cada um dos pisos, em arcos de volta perfeita no térreo e abatidos no superior. Igreja de Misericórdia de traça quinhentista mas posteriormente reformulada, com exterior singelo, seguindo os modelos da arquitectura rural alentejana, com embasamento, cunhais e remates sublinhados a azul. O portal da igreja e o de ligação à sala do despacho são maneiristas, o primeiro com porta datada de 1695, mas o janelão do coro e o portal do pátio do hospital são tardo-barrocos. O frontão do remate da igreja é desproporcionado relativamente à altura da fachada. O interior da nave possui azulejos de padrão de massaroca formando silhar, de produção maneirista, alguns reaproveitados, e conserva ainda a teia demarcando o presbitério. Lateralmente apresenta duas tribunas de pequenas dimensões, rasgadas frontalmente, em plano bastante elevado, uma de comunicação às dependências e outra ao hospital, em simultâneo com tribuna contendo cadeiral dos mesários, colocado em plano elevado. O remate contracurvo do órgão de armário é pouco comum para a época, apresentando linguagem rococó no espaldar e chinoiserie nas portadas. O sanefão do arco triunfal é de transição, possuindo estrutura joanina com alguns elementos rococós. O remate da capela lateral da Epístola é mais exuberante do que a própria estrutura e decoração do retábulo que alberga. O sacrário do retábulo-mor é oitocentista. O espaldar do arcaz da sacristia, joanino mas com policromia posterior, conserva os espelhos de revestimento. O lavabo é maneirista encimado por espaldar de época posterior e de qualidade inferior. Os cadeirais da sala do despacho são da segunda metade do séc. 18 e a mesa de campanha do 17. O hospital integra na ala do U, disposta à face da frontaria do conjunto, torre sineira, de construção setecentista.
Número IPA Antigo: PT040703010014
 
Registo visualizado 383 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  Misericórdia

Descrição

Planta rectangular com igreja longitudinal composta de nave e capela-mor, tendo adossado à fachada lateral esquerda vários anexos, integrando sacristia, e casa do despacho, e à direita o antigo hospital, em U, e torre sineira quadrada. Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja, de quatro nos anexos e hospital, rematados em beirada simples, e em cúpula bolbosa na torre sineira. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento, falsas pilastras da igreja e os cunhais dos anexos, sublinhados a azul e terminadas em faixa pintada de azul e cornija de massa. Fachada principal virada a NO.. Igreja terminada em frontão triangular, coroado por cruz latina de braços quadrangulares sobre globo, e por dois pináculos piramidais com bola sobre plintos paralelepipédicos no alinhamento das falsas pilastras. É rasgada, por portal de verga recta, de moldura percorrida por vários filetes, encimado por frontão triangular com losango relevado no tímpano, e por janela de verga abatida, com moldura recortada, inferiormente formando brincos e superiormente com motivos concheados e fragmentos de cornija interrompidos por cartela com elemento fitomórfico; o portal possui porta de duas folhas, com ferragens e espelhos recortados, e bandeira, sobrepondo-se às almofadas a data de 1695 em ferro. Os corpos que flanqueiam a igreja têm dois pisos. No da esquerda abre-se, no piso térreo, dois portais, um simples, e o de acesso à sala do despacho, semelhante ao da igreja, mas mais estreito; no segundo piso abrem-se duas janelas de peitoril, de verga abatida e moldura simples e, a meio, junto ao cunhal, uma outra janela de peitoril, mais recente. Sobre os anexos, ergue-se sineira formando bloco quadrangular, frontalmente com vão em arco de volta perfeita. O pano da direita, correspondente a uma das alas do hospital, é rasgado por duas janelas de varandim, sobrepostas, a térrea de moldura simples e a superior encimada por friso e cornija recta, ambas com guarda em ferro. Torre sineira de dois registos, separados por friso e cornija, o inferior cego e o superior rasgado, em cada uma das faces por sineira em arco de volta perfeita sobre pilastras; albergam dois sinos; coroa o conjunto, guarda em ferro, interligada por acrotérios estreitos dispostos nos cunhais; a cúpula é decorada lateralmente por cartelas redondas relevadas em cada uma das faces. Fachada lateral esquerda igualmente de dois pisos, rasgada no piso térreo por janelas de peitoril e no segundo por janelas de varandins, todas com molduras simples. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco. A nave possui azulejos de padrão policromo de massaroca formando silhar, dois tramos cobertos por abóbadas de nervuras assentes em mísulas e, no lado da Epístola, em coluna embebida, e a capela-mor coberta por abóbada de nervuras, ambas com pavimento em soalho de madeira. Coro-alto de alvenaria rebocada assente em arco rebaixado sobre mísulas decoradas, com guarda em balaustrada de madeira intercalada por acrotérios, pintada de branco, acedido por porta de verga recta a partir do lado do Evangelho, possuindo no lado oposto vão rectilíneo de comunicação ao hospital. Sub-coro com tecto em falsa abóbada e com o portal protegido por guarda-vento envidraçado, possuindo nos ângulos elementos decorativos recortados. No lado da Epístola, surge pia de água benta circular, em mármore, de taça pouco profunda e achatada. No lado do Evangelho, dispõe-se junto ao coro e acedido por ele, coreto com órgão de armário, de planta rectangular. Segue-se púlpito de bacia rectangular simples, assente em dois modilhões, com guarda em balaustrada e acedido por porta de verga recta emoldurada, encimada por sanefa de talha com elementos vegetalistas vazados. Sobre o púlpito abre-se tribuna rectangular, emoldurada, com gelosias, sobreposta por sanefa de talha com lambrequim, existindo uma outra confrontante. No lado da Epístola, a nave possui amplo vão em arco abatido pouco profundo, integrando tribuna de madeira entalhada assente em seis mísulas simples, albergando o cadeiral dos mesários. A tribuna e o espaldar do cadeiral são marcados por treze painéis almofadados, separados por estípides com flor-de-lis douradas, sendo o espaldar do assento do provedor mais largo e revestido a couro; cada assento é encimado por elemento recortado com concheado dourado, o do provedor encimado por motivo campaniforme invertido, tendo ao meio brasão recortado, com as armas de Portugal, envolvido por concheados laterais e encimado por coroa fechada. Sobrepuja o arco e o cadeiral sanefão com lambrequim sobre duas mísulas. Nos topos da nave existem duas capelas, a do lado do Evangelho dedicada a Nossa Senhora do Amparo e a da Epístola ao Senhor Jesus do Bom Sucesso, ambas protegidas por teias de balaústres, marcando o falso presbitério da nave. Arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras almofadadas, encimado por sanefão de talha policroma, decorado com concheados enrolados e vazados, amplo brasão nacional ao centro, e com lambrequim. Na capela-mor abre-se de ambos os lados portas de verga recta de mármore preto, encimadas por sanefas com lambrequins, de ligação às dependências; no lado da Epístola existe ainda nicho longilíneo, em arco de volta perfeita, em mármore branco e capitéis e chave em mármore preto. Retábulo-mor em talha dourada de planta côncava, e um eixo definido por quatro pilastras ornadas de acantos e querubins, as exteriores assentes em tripla ordem de plintos paralelepipédicos com acantos e os inferiores com atlantes, e por quatro colunas torsas, decoradas de acantos e aves, assentes em consolas; ao centro, abre-se tribuna em arco de volta perfeita com a boca ornada de acantos enrolados e querubins, albergando trono expositivo, de cinco degraus decorados de acantos, possuindo no topo glória de anjos; ático adaptado ao perfil da cobertura com duas arquivoltas sobrepostas por brasão nacional ao centro, policromo e com coroa, sustentado por quatro anjos de vulto, sob os quais surgem festões; sobre as colunas existem fragmentos de cornija, as exteriores com anjos músicos. Altar paralelepipédico, tendo sobre a banqueta sacrário, de ângulos facetados, sobrepostos por concheados, e com Delta luminoso num resplendor na porta. Sacristia rectangular, bastante ampla, com pavimento de mármore, formando três faixas axadrezadas, separadas por guias de mármore preto, e com cobertura em falsa abóbada de lunetas, de dois tramos. Ao fundo, possui arcaz composto de vinte e quatro gavetões, com ferragens de bronze, encimado por espaldar de talha policroma a bege e dourado, de remate recortado, com cornija encimada por festões e pequenas espaldares, de cinco eixos marcados por quatro pilastras com festões e duas estípides, coroados por fogaréus. Ao centro possui apainelado sobreposto por mísula sustentando imaginária coberta por baldaquino contracurvado, com lambrequim, brasão nacional e coroa; é envolvido por motivos fitomórficos e concheados; os dois painéis intermédios integram espelhos, terminados em concheados recortados e acantos vazados, e os painéis extremos são decorados por elementos vegetalistas relevados e dourados e concha central. Entre os vãos da parede direita, surge o lavabo, com espaldar composto por vários silhares, um deles convexo e com duas bicas em forma de querubim, encimado por friso, cornija e espaldar, tendo em relevo dois pináculos com bola assentes em plintos com losango e, ao centro, duas volutas afrontadas sustentando cruz latina; taça rectangular quase plana; sob esta existe silhar a imitar base, com volutas laterais estilizadas. A sacristia possui ainda armário embutido junto ao arcaz e, ao centro, mesa de mármore, de tampo octogonal sobre pé galbado facetado. Os anexos são compostos por várias dependências, conservando vestígios antigos na escada principal; a sala do despacho possui pavimento de tijoleira e tecto plano de estuque, percorrido por moldura; na parede testeira integra ao centro oratório do Senhor Jesus do Bom Despacho, com arco de volta perfeita sobre pilastras toscanas, albergando nicho de talha, com arco do mesmo perfil, querubins nos seguintes e ático em espaldar com cartela oval envolvida por acantos vazados enrolados; a imagem é protegida por porta envidraçada. Ladeiam o nicho dois painéis rectangulares pintados, com a figura da Virgem e de São João. Na sala existem quatro cadeirais de três assentos, cada um deles, estofados, de pregaria e pingentes metálicos, pernas curvas e pés estilizados, e uma cadeira de assento, pertencendo ao provedor, de braços, com travessas torneadas; existe uma outra também do provedor, de braços e espaldar encimado por concheado dourado. Mesa de sessões em madeira de castanho, com tampo circular giratório e de três tábuas unidas por dobradiças de bronze, para se poder fechar, tendo ao centro orifício para encaixe do estandarte; assenta em elemento maciço de onde surgem quatro pernas volutadas e terminadas em pés com garras. HOSPITAL com pátio rectangular fechado por alto muro, acedido por portal de planta convexa, de arco polilobado de fecho relevado, ladeado por pilastras decoradas superiormente por motivo relevado e capitéis estilizados, ladeado por aletas, e suportando frontão curvo interrompido por brasão com as armas nacionais, com coroa; portão em ferro. As fachadas viradas ao pátio têm dois pisos, o térreo com arcos de volta perfeita, cinco na face frontal e três nas laterais, sobre pilares, e no segundo arcos abatidos, actualmente envidraçados. Na escadaria das enfermarias, um dos arcos tem a inscrição HAEC EST SPES NOSTRA.

Acessos

Rua da Misericórdia, Largo das Almas

Protecção

Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 178/2023, DR, 2.ª série, n.º 76 de 18 abril 2023 / Parcialmente incluído na Zona de Proteção do Castelo de Borba (v. IPA.00004776)

Enquadramento

Urbano, no interior da vila e do castelo, formando quarteirão, circundado por três arruamentos, estreitos, e tendo adossado à fachada lateral direita outras construções. Os portais da igreja e para a casa do despacho são precedidos por vários degraus.

Descrição Complementar

Um dos sinos da torre tem a inscrição JESUS MARIA JOSE PERTENCE À MIZERICÓRDIA DE BORBA - 1868. O coreto do órgão, de forma contracurvada, surge sobre mísula lobulada, tendo em cada lóbulo painel pintado de bege e moldura verde, com cartela concheada; tem guarda em colunas tipo balaústre de madeira, em branco. Órgão de armário de planta rectangular, com as vergas sobrepostas por festões e portadas almofadadas, sendo estas e as portadas interiores decoradas com pintura em chinoiserie; possui remate em cornija contracurvada, com urnas nos ângulos e espaldar central, ornado com enrolamentos e concheados que enquadram cartela com brasão nacional e coroa. No interior tem dois nichos com as flautas em disposição diatónica em tecto; na base surge o teclado. Capela de Nossa Senhora do Amparo com retábulo de mármore, de planta recta e um eixo, tendo ao centro nicho em arco de volta perfeita, interiormente albergando imaginária, protegida por porta envidraçada; o nicho é enquadrado por aletas com concheados, palmetas e florões; banco com painéis de mármore branco e preto sobreposto e, ao centro, cartela côncava com florão. Capela lateral da Epístola do Senhor Jesus do Bom Sucesso, com vão totalmente revestido a talha dourada, composto por arco de volta perfeita sobre pilastras, decoradas com acantos, assentes em plintos paralelepipédicos também ornados de acantos; o arco é sobreposto por espaldar com apainelados de acantos e volutados encimado por cornija e anjos músicos de vulto, enquadrando cartela recortada envolta por volutas e concha central. Alberga retábulo de talha dourada de planta côncava e um eixo definido por quatro pilastras e quatro colunas torsas centrais, decoradas de acantos, as primeiras assentes em plintos e as colunas sobre consolas, que se prolongam em igual número de arquivoltas sobrepostas por cartela com as Chagas de Cristo, entre volutas; ao centro possui apainelado de acantos enrolados que servem de fundo a imaginária. Os retábulos laterais têm altares tipo urna, em mármore, com frontal almofadado contendo em cartela circular central Cruz de Cristo.

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja de confraria / irmandade / Saúde: centro de saúde

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ORGANEIRO: Pascoal Caetano Oldovini (1750).

Cronologia

1417, 26 Junho - Fundação de Confraria do Espírito Santo no adro da Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo; posteriormente, a ordem de Avis, comendador da vila, mandou construir extra-muros e no outeiro das Casas Novas a actual igreja paroquial de Nossa Senhora do Soveral; 1516, 11 Novembro - fusão da Confraria do Espírito Santo com a Confraria da Misericórdia conforme licença de D. Manuel, que lhe concedeu o primeiro Compromisso; 1524, 18 Junho - renovação do Compromisso segundo alvará de D. João III, passado em Évora; séc. 16, meados - época provável da construção da igreja da Misericórdia provavelmente sobre os alicerces do antigo templo; 1608 - data da morte do Padre Aleixo Nunes, vigário da vara de Borba, que tem sepultura na igreja; 1665, cerca - data da mesa da sala de despacho, que pertenceu a D. Dinis de Melo e Castro, 1º conde das Galveias, e que o acompanhou na campanha de Verão que terminou com a vitória de Montes Claros; 1695 - data da inscrição do portal da igreja; construção dos anexos com consitório; 1709, 18 DE Janeiro - data da morte de D. Dinis de Melo de Castro; 1712 - o Padre Carvalho da Costa refere que "Dentro do Castelo está a Igreja da Misericórdia com seu Hospital, e uma vistosa fonte de nativas águas" *1; 1740, década - reedificação ou reforma profunda da igreja; 1731 - a Mesa da Misericórdia elege para seu "provedor" a imagem do senhor Jesus do Bom Despacho e passa a organizar-lhe festa anual; 1750, cerca - construção do hospital; feitura do espaldar do arcaz da sacristia; séc. 18 - construção da torre sineira; abertura da janela do coro; execução do órgão por Pascoal Caetano Oldovini; 1781 - data do privilégio do altar do Senhor Jesus do Bom Sucesso, concedido por Pio VI; 1793 - constituição de uma Colegiada que funcionou anexa à Misericórdia; 2 Junho - ouvido a nobreza e o povo em sessão pública, a Misericórdia passa a obter por aluguer e aforamento anual de $040 de um terreno da Câmara para cemitério privativo da Misericórdia; 1794 - escritura lavrada pelo tabelião Carrinho; 1802 - conclusão da torre sineira, durante a provedoria de Fr. José Cardoso Moniz Castelo Branco, conforme inscrição existente na face do pátio do hospital; séc. 19, finais - extinção da Colegiada anexa à Misericórdia; 1868 - data inscrita num dos sinos da torre; 1873, cerca - segundo Pinho Leal, a igreja tinha bom hospital, capelão-mor, a quem pagava 2 moios de trigo, pela obrigação de assistir aos enfermos e 12$000 pelas missas dos domingos, dias santos e quartas-feiras; este estabelecimento pio tinha o rendimento anual de 1:600$00; 1895 - data do sinal do Redentor da Capelinha das Almas, que tinha nave e capela-mor, e que sobre a representação das Almas tinha a inscrição: MISEREMINI REI SALTER VOS ARICI REI; 1940, década - feitura das mesas de altar dos retábulos laterais, em mármore, decoradas com cruz grega; alteração da distribuição espacial dos anexos da sala do despacho, com colocação do nicho ladeado pelos painéis; 1947 - pavimentação do pátio do hospital com empedrado; 1975, Julho - DREMSul determina a demolição da capelinha das Almas para desobstrução das muralhas da vila; 2002, 14 de fevereiro - Proposta de classificação pelo IPPAR/DRÉvora; 2002, 18 de fevereiro - Despacho de abertura do processo de classificação pelo Vice-Presidente do IPPAR; 2003, 10 de março - o IPPAR/DRÉvora solicita elementos à CM de Borba para instrução do processo de ZEP; 2003, 7 de maio - Parecer do Conselho Consultivo do IPPAR propondo a classificação como IIP; 2006, 20 de setembro - a CM de Borba envia ao IPPAR/DRÉvora documentação relativa ao processo de ZEP; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública; 2009, 10 dezembro - Proposta da DRCAlentejo para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação da Vila de Borba; 2010, 11 fevereiro - devolvida a proposta para a ZEP à DRCAlentejo com despacho do Director do IGESPAR para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, de 23-10-2009; 2010, 27 de julho - Proposta da DRCAlentejo para a classificação como de IIP; 2010, 12 de novembro - nova proposta de ZEP pela DRCAlentejo; 2011, 23 de fevereiro - Parecer favorável à ZEP pela SPAA do Conselho Nacional de Cultura; 2013, 03 dezembro - publicado no DR, 2.ª série, n.º 234 o Anúncio n.º 374/2013 relativo à abertura de novo procedimento de classificação da Igreja e Hospital.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; molduras dos vãos, brasões, frisos e cornijas, pia de água benta, mesa da sala de despacho e lavabo em mármore; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; retábulos de talha dourada e em mármore; órgão em chinoiserie; silhar de azulejos policromos; teia em madeira do Brasil; tribuna com cadeiral em madeira entalhada; telas pintadas; pavimento em soalho de madeira, lajeado, em mármore e ladrilho; tectos em abóbadas e estuque; cobertura de telha.

Bibliografia

LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. 1, Lisboa, Livraria Editora de Mattos Moreira & Companhia, 1873; ANSELMO, António Joaquim, O Concelho de Borba (topographia e história), Elvas, 1907; COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo II, Braga, 1868 [1.ª ed. de 1712]; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990.ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal, Tomo IX, vol. 1 e 2, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, 1978; ESPANCA, Túlio, A Santa Casa da Misericórdia de Borba in A Cidade de Évora, nº 58, Janeiro. Dezembro, Ano XXXII, 1975, p.p. 203 - 211; 237 - 238; s.l., LAMEIRA, Francisco, Retábulos das Misericórdias Portuguesas, Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade doalgarve, União das Misericórdias Portuguesas, 2009.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - Segundo a tradição, nesta fonte havia aparecido um grande Barbo, que teria dado o nome à vila, cujas armas "são dois Barbos em campo Branco" (Carvalho da Costa). *2 - Em meados do século o pavimento da nave junto ao guarda-vento tinha duas lápides sepulcrais com as inscrições "SEPULTURA DE VASQUO FRANCISCO E ASI. TODOS EM A ESTA. FIM e SEPULTURA DO P.E ALEIXO I NUNEZ E AL CLERIGO DE MISSA. DO ÁBITO DE SÃO PEDRO. No verso do tampo da mesa de campanha de D. Dinis de Melo e Castro existe a seguinte inscrição: ESTA MENSA DEV DINIZ DE MELLO DE CASTRO CONDE DAS GALVEIAS, ERA A QUE TRAZIA NA CAMPANHA EM QUE SE DEV A BATALHA DE MONTES CLAROS ERA O DITO CONDE IRMÃO DESTA STA. CASA.

Autor e Data

Paula Noé 2010

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login