Pousada de Miranda do Douro / Pousada de Santa Catarina / Estalagem de Santa Catarina
| IPA.00017467 |
Portugal, Bragança, Miranda do Douro, Miranda do Douro |
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Arquitectura turística, do sé. 20. Pousada construída de raiz, inserida na segunda fase de construção destes estabelecimentos, cronologicamente situada entre os meados da década de cinquenta e os anos de setenta. O plano de construções compunha-se de dois tipos de pousadas, a série "Beira-Mar" e a série "Barragens", abandonando-se a ideia inicial de que estes estabelecimentos serviam essencialmente como ponto de apoio ao viajante/turista, com localizações estratégicas dentro da rede viária nacional. A criação destas séries foi uma forma de acompanhar a vaga de modernização do país e associar o crescimento económico ao desenvolvimento regional, erigindo estruturas de lazer que levassem os turistas a visitar, não só zonas do país mais distantes, mas os simbolos dessa modernização, ideia essa que foi mais visível na série "Barragens". A pousada de Miranda do Douro foi a única que foi pensada desde logo para pousada, ao contrário das outras que resultaram de adaptações à posteriori (Lobo, 2006, p. 74). Esta série compõe-se das pousadas de São Pedro (barragem de Castelo de Bode, v. PT031418130057), a de São Bento (barragem da Caniçada, v. PT010311160025) e a de Santa Clara ( barragem de Santa Clara-a-Velha, v. PT040211040052). Estabelecimento de hotelaria desintegrado da rede das Pousadas de Portugal. |
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Número IPA Antigo: PT010406080105 |
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Edifício e estrutura Edifício Comercial e turístico Unidade hoteleira Pousada
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Descrição
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Edifício em 3 pisos, equipado com 9 quartos e 3 suites, sala de estar e restaurante. |
Acessos
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Largo da Pousada. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,496914; long.: -6,271522 |
Protecção
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Em estudo |
Enquadramento
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Numa encosta debruçada sobre o rio Douro, junto à fronteira com Espanha e em pleno Parque Natural do Douro Internacional. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Comercial e turística: pousada |
Utilização Actual
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Comercial e turística: estalagem |
Propriedade
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Privada |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Leonardo Castro Freire; DECORADOR: Leonardo Castro Freire |
Cronologia
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1953 - criação da Hidroeléctrica do Douro S.A.R.L., num contexto específico de desenvolvimento e modernização do país, que passava pela rentabilização dos recursos energéticos, em particular do hidroeléctrico. Foram projectados três complexos ao longo do Douro Internacional: barragem do Picote, Miranda do Douro e Bemposta, com projecto dos arquitectos Archer de Carvalho, Nunes de Almeida e Rogério Ramos; 1954 - DGEMN estabeleceu um segundo plano de construção de pousadas, onde foram propostos 15 novos edifícios; 1956 - estava prevista a abertura de uma pousada em Trás-os-Montes, mas cujo projecto inicial consistia na adaptação da existente Pensão Mirandesa, um edifício do séc. 18, na Pç. D. João IV, no núcleo urbano de Miranda do Douro; 1958 - o projecto inicial de adaptação da pensão pré-existente foi abandonado, optando-se por aproveitar a construção da barragem e erigir uma estrutura de raiz; 1960 - o conjunto da barragem de Miranda do Douro foi o segundo a ser construído e inaugurado; 1961 - tinha ficado acordado entre o Estado e a Hidroeléctrica do Douro que os edifícios a construir para albergar os engenheiros e demais pessoal, por altura da construção da barragem, seriam posteriormente adaptados a pousada; estes seriam entregues concluídos e completamente equipados, e o Estado pagaria apenas um valor residual pelo imóvel. Contudo, as obras atrasaram e a barragem ficou conluída antes da pousada. Perante isto, ficou acordado em reunião com o Ministro das Obras Públicas, o presidente do Conselho de Administração da Hidroeléctrica do Douro, o director-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais e o director dos Serviços de Turismo, a 15 de Junho, que a Hidroeléctrica ficaria responsável pela aquisição do equipamento em falta, sob supervisão adequada, compromentendo-se o Estado a pagar o valor correspondente, assim que houvesse orçamento disponível; 1962 - foi adquirido o equipamento considerado mais urgente para a inauguração da pousada, nomeadamente as peças decorativas, já que o restante, como talheres, pratos, roupa de cama, seria requisitado à Barragem do Picote até que o material fosse todo comprado; 1964 - a 16 de Julho foi assinada a escritura entre a Hidroeléctrica do Douro e o Estado, passando a pousada para propriedade pública. O Presidente da República visitou o edifício, mas este ainda não se encontrava aberto ao público; 2002 - foi desintegrada da rede Pousadas de Portugal e vendida ao anterior proprietário, António Granjo. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1955, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; FERNANDES, José Manuel, "Pousadas de Portugal. Obras de Raiz e em Monumentos", Caminhos do Património, Lisboa, 1999, pp. 159-177; Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970, Lisboa, IPPAR, 2004; LOBO, Susana, Pousadas de Portugal. Reflexos da Arquitectura Portuguesa no Século XX, Coimbra, Imprensa Universitária de Coimbra, 2006; |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSARH |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DREMN |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, PO |
Intervenção Realizada
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Observações
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DGEMN: 1964 - reparações várias, entre elas a beneficiação da cerca da pousada, pintura de paredes e grades metálicas exteriores; 1965 - limpeza da cobertura, colocação de portão de ferro e escada de acesso à cave, reparação de estores interiores, de panos de azulejo e do fogão da sala, recolocação de tacos soltos e pintura de paredes; 1974 - revisão geral das coberturas, assentamento de telhas, reparação de tubos de esgoto e canalizações, reparação e pintura de paredes; 1976 - reparação do telhado, revisão geral de canalizações, pinturas gerais interiores e exteriores, adaptação de uma das diviões em sala de convívio do pessoal e reequipamento da lavandaria; |
Autor e Data
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Patrícia Costa 2003 / Sofia Diniz 2007 |
Actualização
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