Pousada de São Vicente / Pousada do Infante / Pousada de Sagres
| IPA.00017303 |
Portugal, Faro, Vila do Bispo, Sagres |
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Pousada de planta poligonal, construída no séc. 20 pelo Estado, em três fases distintas, inserida na atual rede Pousadas de Portugal - Pousadas Natureza. Pertence à segunda fase de pousadas construídas pela DGEMN e ao grupo de pousadas da "Série Beira-Mar", associadas à ideia de explorar os recursos turísticos naturais da costa, tendo sido construída no âmbito do programa de celebrações do V Centenário da morte do Infante D. Henrique, num lugar de grande simbolismo, ligado ao imaginário nacional, aos Descobrimentos Portugueses e ao papel da Escola de Sagres. Para manter o controlo do processo construtivo, o projeto é encomenda ao arquiteto Jorge Segurado, anterior colaborador do MOP, sendo inaugurada em 1960. Integra-se na arquitetura de expressão "regionalista", harmonizando a estrutura de betão com o ambiente e as características tradicionais da arquitetura algarvia, expressa nas fachadas lisas e caiadas, arcaria de aresta chanfrada, chaminés algarvias sobre os telhados, rematados em beirais à portuguesa, cantarias singelas nos vãos e escadarias, contrafortes de alvenaria caiados com capeamento simples de pedra e portadas exteriores de madeira. Compunha-se de dois edifícios: o da pousada, propriamente dita, com as instalações destinadas aos hóspedes e passantes, excursionistas, serviços gerais e aposentos do gerente, e um edifício de apoio, com a garagem e quartos para o pessoal, lavandaria, estendal e outras dependências. O edifício da pousada tem duas alas formando ângulo, construídas em simultâneo, por parecer do arquiteto e perante as vantagens económicas, apesar do programa construtivo das pousadas estabelecer que as obras ocorressem em duas fases distintas. As fachadas evoluem em dois pisos, de nítida horizontalidade, abrindo-se a fachada posterior ao oceano, em arcada corrida, acompanhada por amplo terraço destinado a zona de estar e de refeições, ao ar livre, para onde se abrem as salas principais, sustentando as varandas individuais dos quartos, separadas por muro e grelhagem caiada tradicional. Na fachada principal, virada a terra, o portal para o interior é protegido por alpendre contrafortado. O interior, com racional correspondência construtiva e distributiva, é de grande simplicidade e de carácter regional, com o emprego de materiais algarvios, tendo a decoração e o mobiliário como tema central o ambiente náutico, o Infante D. Henrique e São Vicente. Espacialmente organiza-se, no piso térreo, a sala de jantar, destinada aos hóspedes e passantes, com lotação para 72 pessoas, uma sala de jantar contígua e independente, para os excursionistas, para 80 pessoas, ambas com lareira, uma sala de estar e uma sala de leitura, todas acedidas por corredor, a partir do vestíbulo de entrada, dispondo-se a zona de serviço a nordeste. No segundo piso, organizam-se os 15 quartos, comportando pequeno vestíbulo com nicho para as malas e acesso às instalações sanitárias e ao quarto, com duas camas, ficando a zona de serviço e os dormitórios dos empregados a nordeste. O edifício de apoio, de maior simplicidade, apresenta planta quadrangular e as fachadas de um piso, ritmadas por arcadas. A partir de 1977 estudou-se a remodelação da pousada e a sua ampliação, concluída em 1980, prolongando o edifício cerca de 27 metros para poente, também da autoria de Jorge Segurado, mas com a colaboração de José Maria Segurado, seguindo no entanto a mesma modulação estrutural e a feição plástica da construção existente, conferindo grande unidade arquitetónica ao conjunto. A remodelação do núcleo primitivo e a ampliação permitia o aumento de 21 quartos ao empreendimento. Posteriormente, a pousada foi ainda ampliada com uma outra ala de quartos. |
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Número IPA Antigo: PT050815040020 |
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Registo visualizado 1442 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Comercial e turístico Unidade hoteleira Pousada
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Descrição
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Planta poligonal, composta por várias alas articuladas, com coberturas em telhados de quatro e duas águas, rematadas em beiradas simples, sobrepostas por chaminés algarvias. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, de dois pisos. A fachada posterior, virada ao mar, abre-se por meio de arcada corrida, parcialmente acompanhada por amplo terraço, destinado a zona de estar e de refeições, ao ar livre, sustentando as varandas individuais dos quartos, separadas por muro e grelhagem caiada tradicional. |
Acessos
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Sagres, Ponta da Atalaia, EN 268; Rua Patrão António Faustino |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Marítimo, isolado. Implanta-se na orla costeira, virada ao Oceano Atlântico, num pequeno promontório a sudeste da vila piscatória, localizada entre a Ponta da Atalaia e a Ponta da Baleeira. Ergue-se em terreno rochoso desabrigado e com encosta escarpada, delimitada por muro com conversadeiras. A pousada possui esplendido panorama sobre a paisagem envolvente, o oceano e a Fortaleza de Sagres (v. IPA.00001291). Na proximidade, ergue-se a Fortaleza de Belixe (v. IPA.00002892), a Fortaleza do Cabo de São Vicente (v. IPA.00002891). |
Descrição Complementar
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A pousada possui 51 quartos, sendo 36 twins, 1 suite, 11 duplos com vista para o mar e 3 duplos com vista para a costa e para o parque. O empreendimento inclui um anexo de apoio, parque de estacionamento, zonas ajardinadas, mini-golfe, campo de tiro, zona de pesca e de atividades náuticas, campos de ténis, piscina e mirante. |
Utilização Inicial
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Comercial e turística: pousada |
Utilização Actual
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Comercial e turística: pousada |
Propriedade
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Privada: pessoa colectiva |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: José Maria Segurado (1978-1980); Jorge de Almeida Segurado (1958-1969, 1977-1980); Vaz Martins (urbanista). ARQUITETO PAISAGISTA: António Viana Barreto. ENGENHEIROS: António Mateus Wencelau (1958, 1959), Baptista da Conceição, Carlos Maria da Silva Granate, Luís Henrique Martins de Pilar (1978-1980), Silveira Ramos (1959). ENGENHEIROS ELETROTÉCNICOS: Adolfo Queiroz de Sousa, José Duarte Turras (1978-1980). ESCULTOR: Álvaro de Brée (estátua de São Vicente). FIRMAS: Jardim Paraíso (1960). PINTORES: Cândida Costa Pinto (retrato do Infante), Jorge Barradas (1960), Eduardo Leite (execução de um painel de azulejos na Fábrica Viúva Lamego). |
Cronologia
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1953, 16 dezembro - na sequência do plano de novas pousadas, elaborado pelo Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo, o longo despacho do presidente do Conselho refere que dada a possibilidade de se vir a construir um empreendimento particular em Sagres, considerava não haver necessidade de se prestar atenção a esta região do país; contudo, esse empreendimento nunca chegou a ser construído; 1957 - continuação dos estudos para a construção de uma pousada em Sagres; 1958 - por despacho do Presidente do Conselho de Ministros, foi determinada a construção de uma pousada em Sagres, dentro do programa das Comemorações do V Centenário da Morte do Infante D. Henrique; 15 maio - apresentação do anteprojeto da pousada *1; 23 agosto - celebração do contrato entre a DGEMN e o arquiteto Jorge de Almeida Segurado para a elaboração do projeto da Pousada de Sagres; 28 outubro - avaliação dos terrenos necessários adquirir pelo Estado para a construção da pousada; 11 dezembro - despacho ministerial encarregando da elaboração do projeto de abastecimento de águas e drenagem de esgotos o engenheiro António Mateus Wencelau; 1959, 13 maio - despacho ministerial aprova o projeto do engenheiro António Mateus Wencelau; 26 maio -concurso para adjudicação da obra de construção da pousada; 24 junho - adjudicação da construção à firma Lourenço, Simões & Reis, Ld.ª, no valor de 5:200.000$00, com o prazo de execução de 365 dias; 08 agosto - a firma Lourenço, Simões & Reis, Ld.ª informa a DGEMN não poder cumprir o curto prazo de construção imposto no caderno de encargos, devido às obras não terem começado logo após a adjudicação, conforme previsto; 15 setembro - dada à impossibilidade de ter começado as obras na data prevista e visto que a data de inauguração da obra tinha data marcada, a firma Lourenço, Simões & Reis, Ld.ª solicita ao Ministro das Obras Públicas o adiantamento de 2.000.000$00 caucionados por uma garantia bancária prestada pelo Banco José Henriques Totta à ordem da DGEMN, a fim de fazer face ao desembolso forçado na aquisição antecipada de materiais; 24 setembro - início da construção da pousada; outubro - está em curso a construção da estrada de acesso à pousada, com direção das obras a cargo do engenheiro Silveira Ramos, da DGEMN; dezembro - DGEMN envia ao Tribunal de Contas para efeitos de "visto" a certidão da escritura relativa à aquisição de parcelas de terreno para construção da pousada, na importância de 252.303$00; dezembro - a firma solicita autorização à DGEMN para executar os trabalhos da empreitada em serviço contínuo, por turnos de pessoal; 1960 - o Estado adquire a José Furtado Duarte e outros diversas parcelas de terreno para construção da estrada de acesso à pousada; colocação do painel cerâmico do mestre Jorge Barradas; fevereiro - por Despacho do Ministro da Presidência o nome da pousada é alterado de Pousada de São Vicente para Pousada do Infante; 03 fevereiro - despacho ministerial adjudicando o projeto de abastecimento de água e drenagem a Luís Branco; 22 março - adjudicação do projeto abastecimento de águas e drenagem de esgotos ao engenheiro António Mateus Wencelau; junho - trabalhos a mais, imprevistos e complementares; 27 julho - adjudicação da empreitada de ajardinamento à empresa "Jardim Paraíso"; 1961, 14 janeiro - auto de receção provisória da empreitada de construção da Pousada de São Vicente e dos espaços verdes; 04 maio - aprovação de um projeto para a instalação de um posto de venda de combustíveis junto da pousada; 29 setembro - conclusão do edifício principal; 11 novembro - despacho da entrega do edifício ao Ministério das Finanças e sua cessão a título precário ao Secretariado Nacional da Informação, Cultura Popular e Turismo; 1962, 11 janeiro - compra de um terreno pertencente a Pedro Augusto Vidoeira, destinado a caminho de acesso à pousada; 1963, 24 maio - auto de receção definitiva da obra; 1967, 06 outubro - delimitação dos terrenos da pousada; 1977, 12 julho - elaboração de um projeto de remodelação e ampliação da pousada, da autoria do arquiteto Jorge Segurado; novembro - na sequência de reuniões havidas entre a DGEMN com a Direção-Geral de Turismo e a Enatur decide-se integrar no plano de pousadas para o triénio de 1977/1980, a remodelação e ampliação da pousada de Sagres; 1978, 11 março - parecer sobre o projeto de remodelação e ampliação da pousada, pelo arquiteto Jorge Santos Costa, chefe da Repartição de Projetos *2; 1979, 30 maio - despacho do Secretário de Estado das Obras Públicas sobre o parecer da Comissão de Revisão ao programa base da ampliação da pousada; não havendo concordância entre as entidades envolvidas no empreendimento, o arquiteto Jorge Segurado, em vez de elaborar o anteprojeto conforme solicitado, propõe fazer o estudo-prévio, por ser mais prudente e mais rápido tentar obter acordo numa fase menos desenvolvida dos estudos; o arquiteto Jorge Segurado coordenava a equipa de obra, onde colabora também o arquiteto José Maria Segurado, o engenheiro Luís Henrique Martins de Pilar, no estudo das fundações e estruturas, e o engenheiro eletrotécnico José Duarte Turras; 1980 - conclusão da obra; posteriormente, é construída uma outra ala na pousada. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Estrutura de pilares e vigas de betão armado; alvenaria de pedra e de tijolo;
alvenaria hidráulica de pedra rija no exterior; pedra vermelha do Algarve no exterior e interior; pedra serrada em brecha de Tavira ou calcário dos Ferreiros no exterior, interior e decoração; mármore branco de Estremoz e mármore Viana na decoração; pavimento de ladrilho, mosaico cerâmico, em soalho ou tacos de madeira; silhar de azulejos policromos; lambris de madeira; elementos em madeira de casquinha, madeira de castanho, madeira de mogno, madeira de azinho, madeira de sicupira e cortiça; vidros simples; cobertura de telha, suportada por estrutura de betão, pré-esforçado. |
Bibliografia
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DGEMN - Monumentos de Sagres. Boletim da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Lisboa: 1960, n.º 100; FERNANDES, José Manuel - «Pousadas de Portugal: obras de raiz e em monumentos». In Caminhos do Património. Lisboa: 1999; LOBO, Susana - Pousadas de Portugal. Reflexos da Arquitectura Portuguesa no Século XX. Coimbra: Imprensa Universitária de Coimbra, 2006; LOBO, susana - «1942-2002 60 Anos de Pousadas». In Arquitectura Moderna Portuguesa 1920 . 1970. Lisboa: Instituto Português do Património Arquitectónico, 2004, pp. 82-101; Ministério das Obras Públicas - Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958. Lisboa: 1959, vol. 1; Ministério das Obras Públicas - Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 195. Lisboa: 1960, vol. 1. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSEP, DGEMN:DSPI/CAM, DGEMN/DREL/DEM, DGEMN/DREMS/DE, DGEMN/DSARH (PO - 280) |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DESA |
Documentação Administrativa
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DGPC: DGEMN/DSConservação, DGEMN/DSARH-PO, DGEMN/CAM, DGEMN/DSEP, DGEMN/DNISP, DGEMN/DSARH (PO - 280) |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1960 - obras de melhoramentos, compreendendo o arranjo da entrada, jardinagem e arborização; 1963 - obras de conservação, com reparação das canalizações e instalação elétrica, substituição das loiças dos sanitários e pinturas diversas; 1964 - obras de conservação e beneficiação na sequência de um sismo; 1965 - obras de reparação e beneficiação com caiação das fachadas e retoques de pintura nos caixilhos e interior; 1966 - obras de conservação com reparação das canalizações de água e esgotos; 1967 - obras de reparação, ocasionadas pelas rigorosas condições atmosféricas sentidas neste ano; 1968 - obras de reparação urgentes das canalizações, pavimentos e pintura; 1969 - reparação de fendas e telhados e instalação de aquecimento central; 1971 - pinturas, caiações, reparação de telhados e canalizações; 1973 - instalações eletromecânicas; 1974 - obras de beneficiação nos esgotos; 1980 - ampliação das instalações especiais designadamente elétrica, aquecimento, ar condicionado, água e esgotos. |
Observações
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EM ESTUDO. *1 - Segundo as diretrizes dadas pelo Presidente do Conselho, as construções destinadas a pousadas deviam ser integradas nas características regionais, nunca podendo ser confundidas com as de outras zonas do país. O projeto devia ser estudado de maneira a poder ser executado em duas fases, pelo que o autor devia apresentar dois anteprojetos e dois projetos de cada uma destas fases. O estudo para a pousada de Sagres, que deveria incluir o isolamento térmico e sonoro, devido à localização em local desabrigado e exposto à ação do mar e dos ventos, deveria apresentar quatro zonas distintas: alojamento, receção, serviço e concessionário. A zona de receção deveria constar de uma entrada ampla, com vestiários, instalações sanitárias para homens e senhoras, cabine telefónica, balcão para receção, P.B.X. e alojamento para o porteiro ou quem ficasse à noite. O átrio, grande, devia ser guarnecido de modo a poder ser utilizado como casa de estar para hóspedes e situado em local que permita estabelecer uma fácil ligação com as restantes zonas da pousada. A casa de jantar deveria ser bastante vasta, pois previa-se que a pousada fosse muito procurada devido à sua localização privilegiada. Anexo deveria ter um terraço onde, sempre que o tempo o permitisse, pudessem ser servidas refeições e se usufruísse o panorama oferecido pelo mar e pelas costas. A sala de leitura e escrita, deveria situar-se próximo ,mas em zona recatada e que ofereça sossego. A zona de alojamento deveria constar de quartos de cama, todos com casa de banho privativa, e compartimentos especiais destinados aos serviços de pequenos almoços e limpeza. A zona de serviço deveria constar de cozinha e copa com dimensões proporcionadas ao movimento de hóspedes e passantes, despensa geral e do dia, garrafeira, arrecadações vastas, dependências destinadas a instalação das caldeiras de aquecimento, garagem compartimentada, lavandaria, rouparia, engomadoria e estendal, longe da vista dos hóspedes. A zona de concessionário deveria constar de dois quartos de cama, instalações sanitárias e uma sala ou escritório. A Pousada de Sagres deveria ter na sua fase final um mínimo de 15 quartos (todos de duas camas), dos quais 10 na primeira fase e os 5 restantes na segunda, sempre que possível com um terraço privativo ou uma boa varanda. A casa de jantar deveria poder servir simultaneamente 60 pessoas pelo mesmo, pelo que a cozinha teria de ser calculada para tal número acrescido das que o terraço comportasse. Deveria igualmente prever-se uma casa de jantar e instalações sanitárias para o serviço de excursões, estudadas de modo a ficarem perfeitamente independentes da casa de jantar dos hospedes e passantes. As zonas de serviço e uso geral não deveriam ficar sobrepostas à zona dos quartos, a fim de evitar ruídos que pudessem perturbar o repouso dos hóspedes. Aconselhava-se ainda uma completa independência entre as zonas destinadas ao pessoal e aos hóspedes da pousada. *2 - Os Serviços da Direção-Geral de Turismo consideram que merecia aprovação a proposta de ampliação da pousada, com um corpo edificado no topo poente, com 7 quartos no piso térreo e outros 7 no segundo piso, na mesma correspondência vertical, e mais 2 obtidos na área reservada ao gerente, no total de 16 quartos. No entanto, a proposta carecia de aprovação da Direção-Geral de Portos, uma vez que o corpo se aproximava grandemente da falésia, ultrapassando a linha dos 50 m vedados à construção. Dá também o seu acordo à proposta de adaptar no 1.º andar a zona ocupada pelo alojamento das empregadas e empregados a 5 quartos para hóspedes e na zona a poente se instalarem os aposentos da gerência e os serviços de apoio ao andar, embora esta zona de serviço devesse adotar um dispositivo diferente ao proposto no estudo elaborado. Concorda com a criação de um bar, mas considera que é pequeno e mesmo assim obtido pela redução da área da sala de estar, o que se afigura inconveniente. Não concorda com o estudo e traçado da galeria ligando a zona de entrada da pousada à sala de refeições, bem como a alteração da cozinha, pois o bloco de câmaras frigoríficas subtraia espaço à cozinha, e a supressão da cave do dia, sem se criar outra em substituição. Sugere trocar a loja por uma vitrine; deveria manter-se a sala de refeições para excursionistas e os correspondentes apoios; teria de se encontrar nova localização para o monta-cargas, já que o atual monta-pratos será eliminado com a construção de quartos do 1.º andar; considera que as zonas de serviço (r/c e 1.º andar) previstas no prolongamento da ala poente, são insuficientes para conter os sectores de pequenos almoços, roupas, despejos e material de limpeza. Tendo em vista reduzir os gastos com o aquecimento de águas da pousada, entendo que se deverão iniciar os estudos necessários ao aproveitamento da energia solar, substituindo ou talvez reforçando a rede de água quente existente. Finalmente, são de parecer que deverá remeter-se para uma 2.ª fase a construção do mini-golfe e o tiro aos pratos sendo de prever a construção de um ou dois campos de ténis e a piscina, aliás já sugerida pela Direção-Geral do Turismo. |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 2003 / Patrícia Costa 2004 |
Actualização
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Paula Noé 2018 |
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