Albergaria de São Crispim

IPA.00017260
Portugal, Braga, Guimarães, União das freguesias de Oliveira, São Paio e São Sebastião
 
Arquitectura assistencial, vernácula. Edifíciode planta rectangular, de dois pisos, com fachadas bastante simples, rebocadas e pintadas de branco, com os vãos do primeiro piso emoldurados a granito e os do segundo a madeira. Os remates são igualmente em madeira com cachorrada sob beiral. Interior com vestíbulo, escadas de madeira para acesso ao segundo piso e porta de comunicação com a sacristia da capela.
Número IPA Antigo: PT010308340125
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade    

Descrição

Planta rectangular, com volume de massa simples e cobertura em telhado de três águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com dois pisos, rematadas por friso de madeira, com beiral, e caibros da cobertura afilados no topo, tudo pintado a castanho. A fachada voltada a E. é rasgada no primeiro piso por porta de verga recta encimada por painel de azulejo com inscrição, e três janelas rectangulares jacentes, e no segundo piso, por quatro pequenas janelas com moldura em madeira pintada de castanho. Fachada virada a S. rasgada, no primeiro piso, por porta de verga recta e janela rectangular, com pequeno postigo gradeado, e no segundo por quatro janelas iguais às da fachada virada a E. INTERIOR com pequeno vestíbulo, escadas de madeira de acesso ao segundo piso e porta de comunicação com a sacristia da capela. No primeiro piso situa-se um salão amplo, com pavimento em terra batida e arrumos. No segundo piso distribuem-se pequenos quartos, cozinha e casas de banho. O pavimento do segundo piso é em soalho.

Acessos

Viela de São Crispim.

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção do Núcleo Urbano da Cidade de Guimarães (v. PT010308340101)

Enquadramento

Urbano, em gaveto, formado por vielas estreitas de cariz medieval, encontrando-se adossado à fachada posterior da Capela do Anjo da Guarda e São Crispim (v. PT010308340127). Na proximidade ergue-se ainda a Igreja da Misericórdia (v.PT010308040034), a Casa dos Lobos Machados (v. PT01030834037) e a Casa dos Coutos (v.PT010308340126).

Descrição Complementar

INSCRIÇÃO: Em painel de azulejos recentes, monocromos a azul, existente por cima da porta da fachada virada a E.: ALBERGUE DE S. CRISPIM CEIA DE NATAL ANTIGA ALBERGARIA-HOSPITAL MCCCXV.

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 14 / 17 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1315 - João Baião e Pero Baião fundam e instalam a confraria e irmandade dos mestres sapateiros, legando para fundo desta piedosa instalação todas as suas rendas e herdades; provável construção do edifício; 1492 - o cabido da real Colegiada de Guimarães, por um antigo contrato com a confraria agora reformado, obriga-se a acompanhar para a sua igreja os pobres falecidos no albergue anexo à capela de S. Crispim para lhes dar sepultura, e a cantar na capela da confraria cinco missas acólitadas e acompanhadas a órgão, em determinados dias, pela esmola de 50 réis cada uma; séc. 17 - provável reconstrução do edifício do albergue; 1706 - referência à Albergaria de S. Miguel, situada na rua Sapateira, "que tem sua Capela da invocação do mesmo Anjo com casas de Recolhimento de pobres admitidos pelos sapateiros daquela Vila"; 1869 - Domingos Gonçalves Lobo instituiu um legado de 200 mil réis, para uma ceia a 12 pobres que constava de "40 reis de pão de mistura, 6 onças de bacalhau cozido com batatas e um olho de couve, um bolinho de bacalhau desfeito, meio quartilho de vinho verde, e um pratinho de arroz doce ou aletria".

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Primeiro piso com paredes exteriores de granito; segundo piso com paredes exteriores em taipa de rodízio coberta com argamassa e pintada de branco; paredes divisórias do interior, em taipa de fasquio rebocada e pintada de branco; molduras das janelas do segundo registo, remates das fachadas, portas, janelas, pavimento do segundo piso, tectos, escadas, em madeira; grades das janelas em ferro; cobertura exterior em telha cerâmica.

Bibliografia

COSTA, Pe. António Carvalho da, Corografia Portugueza e Descripçam Topografica do Famoso Reyno de Portugal..., vol. 1, Braga, 1868, p. 53; MORAES, Maria Adelaide Pereira de, Guimarães, Terras de Santa Maria, Guimarães, 1978, pp. 25 - 26; ALVES, José Maria Gomes, Património Artístico e Cultural de Guimarães, vol. 2, Guimarães, 1984, pp. 128 - 133; CALDAS, Padre António José Ferreira, Guimarães. Apontamentos para a sua História, Guimarães, 1996, pp. 398.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

CMG: 1996 - Recuperação integral do edifício; colocação de reboco nas fachadas de cantaria do 1º piso.

Observações

Não houve autorização para fotografar o interior do edifício.

Autor e Data

António Dinis 2002

Actualização

Sónia Basto 2009
 
 
 
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