Casa Museu Afonso Lopes Vieira e capela / Colónia de Férias Afonso Lopes Vieira

IPA.00017060
Portugal, Leiria, Marinha Grande, Marinha Grande
 
Moradia integrada na tipologia de "Casa Portuguesa".
Número IPA Antigo: PT021010010013
 
Registo visualizado 334 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Moradia / Vivenda  

Descrição

Conjunto composto pela capela dedicada a Nossa Senhora de Fátima, a residência, tendo instalado no 1º andar o actual Museu e no rés-do-chão parte das instalações da Colónia Balnear e edifício anexo, situado a norte onde funcionam os dormitórios da colónia de férias. MUSEU: Planta rectangular de 2 pisos; cobertura diferenciada em telhados de 3 águas e aba corrida. Fachadas rebocadas e pintadas de branco contornadas nos cunhais e embasamento por faixa amarela; remates em empena triangular na fachada principal e beiral nas restantes. Fachada principal e lateral direita de 2 pisos, sendo um rebaixado e de 2 na fachada posterior e lateral esquerda, irregularidade provocada pela diferença de cotas em que o edifício se encontra. Fachada principal de 2 pisos com 1º piso aberto por porta e janela; ao 2º piso acede-se através de escadaria de um lanço com guarda plena em alvenaria com pequeno patamar por onde abre porta principal de moldura recta em cantaria encimada por alpendre com cobertura de três águas sendo ladeada por 2 janelas também de moldura rectangular. Fachada lateral direita de 2 pisos sendo o 1º meio enterrado pelo desnível do terreno e aberto por 2 pequenas janelas rectangulares de moldura em cantaria; adossada paralelamente uma escadaria de um lanço com guarda em alvenaria, cujo arranque forma uma voluta, dá acesso ao 2º piso através de uma marquise fechada por janelas em vidro separadas por colunas em cantaria com cobertura em aba corrida; Fachada posterior de 2 pisos voltada para o miradouro delimitada por dois meios contrafortes em esbarro, ao nível do 1º piso, entre os quais se adossada à parede um banco em alvenaria, forrado por azulejos azuis e brancos formando desenho geométrico, e sobre o qual se abrem janelas em arco contornado por moldura de azulejos polícromos com elementos florais, tendo entre elas um registo azulejar monocromo azul sobre fundo branco, representando CAMÕES, e por cima uma faixa em cantaria com a inscrição dos Lusíadas "ONDE A TERRA ACABA E O MAR COMEÇA"; junto ao cunhal esquerdo um outro registo de azulejo, em forma de búzio com a mesma inscrição que se encontra na entrada S.; no pano de parede das escadas registo azulejar recortado, representando uma caravela e a inscrição " MINHA ALMA É SÓ DE DEUS E O CORPO DA ÁGUA DO MAR"; 2º piso com a marquise descrita. Fachada lateral esquerda de 2 pisos, é aberta no 1º por portas e janelas de moldura rectangular com bandeira; 2º piso demarcado por mísulas colocadas a eixo das janelas, em número de quatro, centradas por um nicho em arco de volta perfeita totalmente forrado por conchas, com a imagem da virgem. Todas as fachadas tem registos azulejares com quadras e desenhos alusivos à obra do poeta e a elementos marinhos. INTERIOR: o primeiro piso dividido por salas diversas de paredes com silhares de azulejos enxaquetados em verde e branco, pavimentos em madeira e tecto com forro em madeira formando caixotões e contornado por friso de azulejos na cimalha; são ocupadas pelos serviços administrativos do museu e de apoio à colónia balnear. 2º piso com pavimento em madeira, paredes rebocadas e pintadas de branco com tectos em tábua corrida, ocupado pelas dependências do Museu. CAPELA NOSSA SENHORA DE FÁTIMA: Planta rectangular irregular, composta por nave, capela-mor e sacristia; paredes rebocadas e pintadas de branco contornadas por conchas que demarcam os cunhais e embasamento. Cobertura diferenciada em telhados de 2 águas no corpo do templo e aba corrida na sacristia; remates em empena e beiral. Fachada principal de um pano tem no cunhal esquerdo um apequena sineira, é aberta por portal de moldura recta encimado por friso de azulejo monocromo azul sobre fundo branco representando vieiras e três cruzes de Cristo, sobre o qual se ergue um registo azulejar com a representação da Virgem de Fátima com os Pastorinhos e rematada no vértice da empena por cruz pétrea. Fachada posterior com a inscrição "AVÉ MARIA" em conchas, aberta por óculo também contornado por conchas e quatro cruzes de Cristo formadas com o mesmo material. Fachada lateral esquerda com o corpo da sacristia mais saliente, aberto por óculo contornado por conchas. Fachada lateral direita adossado ao muro a N.. INTERIOR: de uma nave com paredes rebocadas e pintadas de branco com rodapé em azul e apontamentos florais feitos com conchas; tecto pintado de azul, em madeira de três planos, pavimento em tijoleira vermelha; arco triunfal pleno contornado por cercadura em azul com bordadura em conchas e pequeno degrau dá acesso à capela-mor da mesma altura e largura da nave totalmente pintada de azul com tecto em madeira de três planos; ao centro está a mesa de altar tipo urna. Na nave, do lado do Evangelho, um nicho com decoração em conchas, forma no centro a cruz do calvário; também deste lado se abre uma porta rectangular para a sacristia com lavabo decorado por conchas; do lado da Epístola um registo azulejar com um poema dos Lusíadas, e um nicho com conchas sobrepujado por cruz; na parede da entrada a porta é contornada por conchas tendo escrito AVÉ MARIA sobre a cruz do Calvário. COLÓNIA BALNEAR: planta rectangular irregular de 1 e dois pisos; cobertura diferenciada em telhados de 1 e 2 águas; fachadas rebocadas e pintadas de branco com contornos amarelos nos cunhais e embasamento. Fachada principal de um piso

Acessos

São Pedro de Moel, Rua Dr. Adolfo Leitão, n.º 4

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Marítimo. Urbano, isolado, implantado acompanhando a pendente da rua, tem a O. o oceano e a E. abre para o largo principal da vila. Todo o conjunto é rodeado por muro rebocado e pintado de branco com faixa ocre amarelo, que do lado da fachada principal tem duas cartelas em cantaria identificando o local: "Casa-Museu Afonso Lopes Vieira" e "Colónia Balnear Afonso Lopes Vieira", e a ladear e encimar as entradas é decorado por beiral, sendo uma moldurada por contorno denticulado; ao lado E., um edifício de 2 pisos e sótão, adossa-se ao muro que agora é rematado por grilhagem em cantaria; a S. o muro com acesso ao pátio principal através de pequena porta ladeada por registo azulejar com inscrição "OR: PIANGO.OR:CANTO" numa filactera, decorado por conchas, apresenta aparelho rusticado de pedra à vista que funciona como muro de suporte de terras em alambor, elevando-se frente ao mar e que se prolonga até ao paredão da esplanada que a norte delimita a propriedade; deste lado o muro adossa-se à fachada lateral da capela que se eleva, formando uma voluta contornada a ocre amarelo, até à cota superior do edifício da Colónia Balnear, e aí remata com grilhagem igual à da fachada E..No interior deste muro dois pátios, um voltado ao mar tem ao centro uma cruz em madeira assente sobre monte, invocando o monte Gólgota e fixo ao muro um relógio de sol; ao segundo pátio acede-se por um lanço de escadas até ao adro da capela. Neste pátio o corpo da colónia balnear e do museu são unidos por arco de volta perfeita sobrepujado por remate contracurvado em volutas demarcadas a ocre amarelo.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Raul Lino (projecto de adaptação a Colónia de Férias)

Cronologia

1902 - a casa foi oferecida pelo pai do poeta como prenda de casamento, sendo a noiva D. Helena Aboim; 1929, 12 de Agosto - inauguração da capela mandada construir pelo poeta para a sua esposa1938 - no seu testamento, Afonso Lopes Vieira legou a casa à Câmara Municipal da Marinha Grande, para que nela fosse instalada uma Colónia Balnear Infantil para os filhos dos operários vidreiros, bombeiros e trabalhadores das Matas Nacionais; 1949 - depois de obras de adaptação a casa começa a receber as crianças; 1996 - Projecto da CMMG, elaborado pelo arqtº Rui Figueiredo, para beneficiação, recuperação e restauro das instalações da Colónia Balnear Afonso Lopes Vieira; 1999 - foram feitas várias informações pelos técnios solicitando atenção para a necessidade urgente de intervenção dado o avançado estado de degradação do edifício;

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria de pedra; coberturas com vigamentos em madeira e telha cerâmica de canudo; soalho em pinho à portuguesa; tectos em placas de gesso caiadas; paredes interiores rebocadas a argamassa e pintadas; instalações sanitárias com azulejo e pavimento com ladrilho hidráulico; paredes exteriores em argamassa de cimento e cal e caiadas; vidro; conchas do mar

Bibliografia

Documentação Gráfica

CMMG: Arquivo Histórico

Documentação Fotográfica

CMMG; IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

CMMG: Arquivo Histórico

Intervenção Realizada

1949 - acrescento de um corpo ao nível do 1º andar, sobre as lojas térreas existentes, para alojamento de um dormitório; abertura de janelas diversas; construção de novas instalações sanitárias com revestimento a azulejos brancos e pavimento com ladrilho hidráulico; construção de nova escada; tectos de estuque liso; substituição da cobertura; reparação de todos os soalhos, forros, portas e caixilhos e janelas, substituindo por madeiras novas as que estiverem em mau estado; CMMG: 2005 - Obras gerais de conservação e adaptação a museu, (1ª fase)

Observações

O projecto de 1996 previa o arranjo das coberturas; soalho da camarata menor apresenta algumas falhas de madeira; paredes precisando de ser rebocadas e pintadas; revisão de todos os balneários; reparação da instalação elétrica

Autor e Data

Cecília Matias 2005

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login