Câmara Municipal da Lousã / Paços do Concelho da Lousã
| IPA.00016942 |
| Portugal, Coimbra, Lousã, União das freguesias de Lousã e Vilarinho |
| |
| Arquitectura política e administrativa, revivalista, neobarroca. Edifício de planta quadrangular, irregular, evoluindo em três pisos, com fachadas circunscritas por cunhais apilastrados de ordem colossal, coroados por urnas, e rematadas em friso e cornija, rasgadas simetricamente por vãos rectilíneos e curvilíneos com molduras de cantaria, que, na fachada principal no corpo central, mais recuado, se rasgam a partir de eixo central composto por portal e ampla sacada curvilínea para onde abrem três janelas. Interior composto por amplo átrio, em volta do qual se organizam os diversos serviços administrativos. |
|
| Número IPA Antigo: PT020607030037 |
| |
| Registo visualizado 178 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
| |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Político e administrativo regional e local Câmara municipal Casa da câmara e tribunal
|
Descrição
|
| Planta quadrangular irregular, simples, evolui em três pisos, (cave, r/chão, primeiro andar e sótão). Coberturas diferenciadas em telhados de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, rematadas em friso e cornija com beiral, circunscritas por cunhais apilastrados, da ordem colossal, de cantaria coroados por urnas, e vãos distribuídos simetricamente com as molduras em cantaria, sendo as janelas maioritariamente de duplo batente com bandeira, e em caixilharia de madeira pintada de branco. Fachada principal voltada a N. desenvolve-se em 3 corpos de 3 registos, sendo os corpos dos flancos mais avançados, e todos com o registo inferior de menor altura, aberto por 2 frestas rectilíneas jacentes. Os corpos flanqueantes são simétricos entre si e abertos por duas janelas em cada registo, sendo as do intermédio, rectilíneas encimadas por frontões recortados, e as do superior curvilíneas com molduras recortadas, encimadas por frontões com relevos de configuração geométrica, sobrepostos por cornijas curvas, dando para sacada de cantaria sobre mísulas, com guarda de gradeamento em ferro fundido. O corpo central de maior reentrância nos dois registos superiores, tem acesso por escadaria em cantaria, com balaustrada coroada por urnas, dando para terraço, antecedente do portal da entrada principal rectilíneo de moldura recortada, e frontão curvo rematado em volutas, ladeado por duas janelas, idênticas às que estão ao mesmo nível nos corpos flanqueantes. No registo superior, abrem-se três janelas curvilíneas, para sacada também curvilínea, de cantaria, com guarda idêntica às dos corpos flanqueantes, rematadas em frontões, sendo os das janelas laterais idênticos ao do portal, sobrepostos por cornijas, prolongando-se o da central até à cartela com as armas do município, que decora o frontão curvo elevado, no remate da fachada. Fachada lateral esquerda, com 3 registos cada um com 7 vãos rectilíneos, rasgados a eixo, de pano único; os vãos, no registo inferior correspondem a frestas jacentes, nos registos intermédio e superior, correspondem a janelas verticais encimadas por cornija curva. Fachada lateral direita, de três registos, pano único; o primeiro registo, da cave, com 6 janelas quadrangulares, centradas por porta de remate curvilíneo; nos registos, intermédio e superior, as janelas são em igual número e de configuração idêntica às da fachada lateral esquerda. Fachada posterior de dois registos, e 3 panos definidos por pilastras colossais; nos panos laterais rasgam-se a eixo 6 janelas rectilíneas com remate em cornija curva; no pano central no primeiro registo surge portal com porta de duplo batente de almofadados, com bandeira, em madeira, ladeada por duas janelas idênticas às anteriores, no segundo registo 3 janelas rectilíneas, com remate curvo, geminadas, abrem-se para sacada em cantaria protegida por gradeamento em ferro. INTERIOR: paredes rebocadas e pintadas de branco; pavimento em pedra e madeira. Acesso no rés-do-chão, através de guarda-vento de vidro, átrio principal de grandes dimensões, em volta do qual se organizam os diversos serviços administrativos. O átrio e a escadaria de acesso ao primeiro piso têm um silhar de azulejos da fábrica de Jorge Colaço. O piso superior é ocupado pelo Salão Nobre, sala de reuniões, gabinetes do presidente da câmara, vereadores e técnicos. |
Acessos
|
| Rua Dr. João Santos |
Protecção
|
| Inexistente |
Enquadramento
|
| Urbano, isolado, implantada em terreno desnivelado, integrada no centro histórico da vila (v. PT020607030043); próximo da Igreja Matriz (v. PT020607030032), formando quarteirão. A frontaria encontra-se voltada para um amplo jardim, com canteiros, de buchos de configuração geométrica com uma estátua ao centro. A Fachada posterior é antecedida de um pequeno largo com o pelourinho (v. PT020607030002) e uma inscrição no pavimento. |
Descrição Complementar
|
| |
Utilização Inicial
|
| Política e administrativa: câmara municipal |
Utilização Actual
|
| Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
|
| Pública: Câmara Municipal |
Afectação
|
| Sem afetação |
Época Construção
|
| Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
| ARQUITECTO: João Moura Coutinho de Almeida Eça; ARQUITECTO PAISAGISTA: Jacinto de Matos; ESCULTOR: Carlos Antunes; PINTORES: Carlos Reis e João Reis |
Cronologia
|
| 1921 - Aquisição do terreno pela Câmara Municipal para a construção do edifício; 1920, década de - projecto de João Moura Coutinho de Almeida Eça, de Braga;1926/30 - interrupção da obra que tinha sido iniciada a custa da venda dos baldios municipais (os alicerces estavam à superfície da terra, blocos de cantaria abandonados às intempéries e ao salitre); 1930 - pequena alteração ao projecto inicial: prolongamento suave dos flancos da fachada principal, dando-lhe maior movimento e mais imponência; 1931/32 - elevação das paredes, montagem de pavimentos e telhados, aquisição e pagamento de cantarias; 1933 - data do terminus do primeiro piso, mudando-se para lá as repartições de finanças (secretaria e tesouraria) e a Conservatória do Registo Predial; 1934 - fim da construção, transferência dos serviços de justiça (secretaria judicial, gabinetes do chefe, dos Magistrados e sala de audiências). Esta sala foi enriquecida com um silhar de azulejos para o qual o Juiz Dr. Diogo Gouveia Sarmento obteve a devida dotação. Na cave ficava o arquivo do tribunal; Séc. 20 - oferta de uma tela por Carlos Reis para decorar a parede do fundo do Salão Nobre; desenhou também o tecto, o lustre, e indicou as cores para a pintura das paredes, bem como para as molduras que deveriam ser douradas; oferta de um tríptico por João Reis para a decoração do vão entre as duas portas da parede oposta à que continha a tela de Carlos Reis. Arranjo do jardim em frente à fachada principal, da autoria de Jacinto de Matos, do Porto; séc.20, final - Monumento aos Heróis do Ultramar instalado no jardim frontal ao edifício, da autoria do escultor Carlos Antunes. |
Dados Técnicos
|
| Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
|
| Cantaria (molduras, frontões, escadaria, cunhais pilastras, cornijas frisos, coroamentos nos ângulos do telhado, pavimentos) alvenaria de pedra e argamassa (estrutura); telha cerâmica (cobertura exterior), madeira (pavimentos interiores). |
Bibliografia
|
| LEMOS, Álvaro de, Lousã e o seu concelho, Lousã, 1950; CORREIA, Vergílio e GONÇALVES, A. Nogueira, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Coimbra, Lisboa, 1952; DIAS, Pedro, REBELO, Fernando, Lousã. A terra e as gentes, Lousã, 1985; BORGES, Nelson Correia, Coimbra e Região, Lisboa, 1987; LEMOS, Eugénio de Andrade - "A Urbanização da villa I", Arunce, nº 7/10, Lousã, 1992/95; LEMOS, Eugénio de Andrade - "A Urbanização da villa II", Arunce, nº 11/12, Lousã, 1996/97; TOMÁS, Paulo Manuel de Carvalho, A vila da Lousã. Contributo para um estudo de geografia urbana, Lousã, 1999. |
Documentação Gráfica
|
| |
Documentação Fotográfica
|
| IHRU:DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
|
| |
Intervenção Realizada
|
| PROPRIETÁRIO: 2016 / 2017 - remodelação do edifício, com alteração dos caixilhos de madeira por uns novos em PVC; tratamento de rebocos e pinturas. |
Observações
|
| EM ESTUDO. |
Autor e Data
|
| Cecíla Matias 2003 / Sandra Lopes 2004 / Margarida Silva 2006 |
Actualização
|
| |
| |
| |
|
|
| |