Farol do Cabo Carvoeiro

IPA.00016894
Portugal, Leiria, Peniche, Peniche
 
Arquitectura de comunicações. Edifício para equipamento de assistência à navegação marítima e habitação de função. Farol costeiro, de torre prismática de 27 m. de altura, com cunhais em cantaria e paramentos pintados de branco,com edifícios anexos de planta rectangular. O sistema de iluminação do farol é composto por pedestal rotativo com ópticas seladas; luz branca com um alcance luminoso de 15 milhas e altitude de 57 m..
Número IPA Antigo: PT031014040027
 
Registo visualizado 4102 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Comunicações  Farol    

Descrição

Torre prismática de 27 m de altura, com edifícios anexos.

Acessos

Cabo Carvoeiro

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Orla marítima, a uma altitude de 57m.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comunicações: farol

Utilização Actual

Comunicações: farol

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

MDN: Direcção de Faróis

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Polycarpo Lima (proj. séc. 19)

Cronologia

1758, 1 Fevereiro - o farol é mandado edificar por alvará pombalino com força de lei; 1790 - início do funcionamento do farol; 1886 - o farol é integralmente remodelado, segundo projecto de Polycarpo Lima *1; o aparelho iluminante era alimentado a petróleo; 1923 - o aparelho iluminante é substituído por uma óptica gigante de 4ª ordem *2, movimentada por uma máquina de relojoaria, passando a emitir "...grupos de quatro relâmpagos vermelhos, de dez em dez segundos..."; 1947 - a fonte luminosa era alimentada por gás; 1947 / 1949 - construção de habitação para faroleiro, pela Comissão Administrativa das Novas Instalações para a Marinha (Direcção de Faróis); 1952 - a fonte luminosa passa a ser alimentada a electricidade; 1981 - o farol necessitava de grande modificação para receber um novo aparelho lenticular, segundo a Comissão de Faróis e Balizas *3; 1988 - o farol foi automatizado, sendo a óptica retirada e montado em seu lugar um painel rotativo de ópticas seladas, PRB 46, funcionando a corrente contínua, emitindo três relâmpagos de cor vermelha, com um período de quinze segundos, correspondendo-lhe um alcance luminoso de 15 milhas.

Dados Técnicos

Materiais

Bibliografia

Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Triénio de 1947 a 1949, Lisboa, 1950; CALLIXTO, Carlos, A Igreja, o Forte e o Farol do Cabo Carvoeiro, in Revista da Marinha, 86, Fev. 1980; VILHENA, João Francisco, LOURO, Maria Regina, Faróis de Portugal, Lisboa, 1995.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN / DREMCentro/DE, DGEMN / DSARH, DGEMN / DRELisboa/DIE

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN / DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO. Em 1865 era descrito da seguinte forma: "...encontra-se a uma elevação de 55,52m. A luz é branca e fixa, produzida por dezasseis candeeiros de Argand com reflectores parabólicos. O alcance pouco excede as 9 milhas. A lanterna onde este aparelho está instalado tem 8,24m de altura e com oito faces com a largura de 1,67m cada...O edifício onde assenta a lanterna é uma torre quadrangular, construída de alvenaria com cunhais de cantaria. Junto à torre existem os alojamentos para faroleiros, oficinas e arrecadações e, em comunicação com estas casas existe uma igreja em ruínas (trata-se da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, sobre a qual consta ter havido uma luz, para guia dos navegantes antes da existência do farol). O combustível utilizado era o azeite. *1 - Descrição constante no Aviso aos Navegantes, nº24, de 1 de Fevreiro de 1886: "...sofreu substituição no aparelho e lanterna, constando actualmente de: Torre, de secção quadrada, de alvenaria, com cunhais e embasamento de cantaria, e tendo 20,62m de altura desde a soleira da porta até à plataforma da lanterna: Edifícios anexos, consistindo em duas habitações laterais de um só piso, destinadas a alojamento dos empregados e depósito de material; Lanterna, de 2,50m de diâmetro, com soco metálica, de dez faces e de cúpula esférica munida de catavento e pára-raios; liga, por meio de um tambor metálico, com a escada; os respectivos pinasios, bem como a cúpula, estão provisoriamente pintados de vermelho escuro, e o soco de branco; Aparelho iluminador, de 3ª ordem, provido de candeeiro de três torcidas; A luz é fixa vermelha, alimentada a petróleo, e ilumina um sector de 288º, compreendendo entre 53º NE e 55º SE....O alcance é, em estado médio de transparência atmosférica, de 17 milhas, e em estado brumoso, de 8,5 milhas. A altura do foco luminoso: Sobre o nível médio do oceano, 56,80m. Sobre o máximo preamar, 54,90m. Sobre a base da torre, 23,70m. Altura do vértice da lanterna sobre a base da torre, 26, 58m."; *2 - Descrição constante no Aviso aos Navegantes, nº3, de 6 de Fevreiro de 1923: "É constituído por quatro lentes de 60 graus, cada uma ...com plano focal à altura de 57 metros sobre o nível médio do mar. O alcance luminoso, em transparência média atmosférica, é de 12milhas..."; *3 - "O Palno Geral projectava para o Cabo Carvoeiro um farol de 3ª ordem, de luz fixa branca, iluminando um sector de 315º, e com 17 milhas de alcance em estado médio; esclarecia-se que o farol ficaria de luz fixa vermelha enquanto não se alterasse o do Cabo Mondego, que à data era de luz fixa branca mas se previa passar a ser de grupos de dois clarões brancos".

Autor e Data

Patrícia Costa 2007 / Cecília Matias 2008

Actualização

 
 
 
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