Edifício da Caixa Geral de Depósitos, CGD, de Leiria
| IPA.00016884 |
Portugal, Leiria, Leiria, União das freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes |
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Arquitectura financeira, do séc. 20. Banco que foi, num grupo de 3 edifícios, a primeira filial da Caixa Geral de Depósitos projectado por Chorão Ramalho, constituindo-se, por esse motivo, definidora das linhas gerais para este programa. Questões como a localização dos terrenos, em zonas históricas e simultaneamente em áreas de transição da cidade, e a necessidade que havia de manter os espaços maleáveis e passíveis de serem aumentados ou alterados, consoante as necessidades dos serviços, limitando as estrutras fixas ao estritamente necessário, como escadas, elevadores e instalações sanitárias. Há um entendimento organicista do edifício, que deverá crescer e abrigar consoante as necessidades e não o oposto. Este foi, aliás, um dos pontos fundamentais para a decisão da demolição do edifício da Caixa Geral de Depósitos anterior, da autoria do Arquitecto Cristino da Silva, uma vez que a sua compartimentação interna já não respondia às necessidades dos serviços, e mesmo que se procurasse uma adaptação, como foi proposto inicialmente, havia que derrubar paredes, que eram estruturais, para tornar o todo compatível com o novo projecto de utilização. | |
Número IPA Antigo: PT021009120091 |
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Registo visualizado 3513 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Serviços Banco
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Descrição
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Edifício de configuração paralelepipédica e planta de definição rectangular. A áreas que contemplam elementos de carácter fixo, como sejam as caixas de escadas, ascensores, condutas e instalações sanitárias traduzem-se exteriormente em 4 volumes opacos revestidos a cantaria, sendo as restantes áreas de trabalho e atendimento ao público revestidas por superfícies envidraçadas com caixilharia metálica de bronze ou cor de bronze, dotadas de um sistema de protecção solar constituido por lâminas pivotantes, que enriquece plasticamente as fachadas mediante a criação de jogos de sombra e luz. |
Acessos
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Praça Goa Damão e Diu |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano. Situado no centro da cidade, na proximidade da Praça Rodrigues Lobo, na transição entre uma zona de construção incaracterística, definida a sul, constituída por prédios de 3 e 4 pisos, e a zona histórica, constituída por casario antigo com 2 pisos de altura, que se espraia para norte. A construção do edifício, que ocupou o lote do antigo Mercado Municipal, implicou a redefinição do quarteirão e a consequente alteração da fisionomia do local, funcionando como elemento de charneira entre as zonas acima mencionadas, de características e silhuetas diferenciadas, e o espaço livre dos jardins e parque que acompanham o Rio Liz. A edificação deste novo volume contribuiu para a reordenação dos espaços urbanos envolventes. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Serviços: banco |
Utilização Actual
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Serviços: banco |
Propriedade
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Privada: pessoa coletiva |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETOS: Diogo Forte Vaz (1980-1983); Jorge Vieira (séc. 20); Luís Cristino da Silva (1940-1941); Pedro Chorão (séc. 20); Raul Chorão Ramalho (1980-1983). |
Cronologia
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1940 - 1941 - construção do edifício da Caixa Geral de Depósitos com projecto do Arquiteto Luís Cristino da Silva; 1980 - demolição do edifício existente, apesar do projeto inicial do Arquiteto Raul Chorão Ramalho (1914-2002) ter contemplado a sua adaptação; contudo, as adaptações a realizar teriam que ser de tal forma perturbadoras da estrutura existente, dado que a sua compartimentação limitada e rígida não se coadunava com as características e exigências de espaço impostas pela nova organização funcional dos serviços; seria preciso demolir toda a zona central e a compartimentação das zonas laterais, incluindo o derrube de paredes estruturais; 1983 - parecer do IPPC relativamente ao projeto apresentado considerava que o volume do edifício seria demasiado impositivo para a zona histórica, uma vez que ocupa um quarteirão inteiro, e as frentes urbanas envolventes têm cérceas relativamente baixas e de pouca monumentalidade; o arquitecto contrapõe que o imóvel projectado permitirá uma revitalização da zona e ordenação urbanística; 1984 - inauguração das instalações. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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AAVV, Exposição Raul Chorão Ramalho Arquitecto, Almada, 1997; Luís Cristino da Silva. Arquitecto, Lisboa, 1998; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953. |
Documentação Gráfica
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IHRU: Arquivo Pessoal Raul Chorão Ramalho |
Documentação Fotográfica
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IHRU: Arquivo Pessoal Raul Chorão Ramalho |
Documentação Administrativa
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IHRU: Arquivo Pessoal Raul Chorão Ramalho |
Intervenção Realizada
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Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Sofia Diniz 2003 / Rute Figueiredo 2006 |
Actualização
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