Ponte sobre o Rio Mira

IPA.00016771
Portugal, Beja, Odemira, São Salvador e Santa Maria
 
Arquitetura de transportes, eclética, do ferro. Ponte pedonal e viária, de fundação oitocentista mas substituída por nova estrutura na década de 1930, mantendo-se da anterior apenas o encontro e pilar-encontro de alvenaria e cantaria; apresenta 4 tramos, dois pilares de betão armado e super estrutura de vigas principais parabólicas independentes e tabuleiro inferior com pavimento de betão e passeios exteriores. Evidencia uma linguagem perfeitamente alicerçada nas potencialidades do material e no cálculo matemático da estabilidade da estrutura.
Número IPA Antigo: PT040211080043
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Transportes  Ponte / Viaduto  Ponte pedonal / rodoviária  Tipo viga

Descrição

Tabuleiro reto, plano, formado por estrutura de ferro fundido e laje de pavimento de betão, apoiado nas extremidades em maciços de alvenaria, rebocados, com cunhais de cantaria rusticados e remate superior em platibanda de betão. A E. o tabuleiro apoia-se num pilar de alvenaria, de planta rectangular, com dois registos e cunhais de cantaria rusticada; a O. dois conjuntos de pilares formados por dois pilares cilíndricos, em betão armado, ligados por vigas em cruz de Santo André; cada troço de tabuleiro situado entre pilares é encimado por um arco abatido preenchido por vigas verticais e diagonais, de ferro fundido, junto das quais corre um varandim exterior destinado à circulação dos peões, resguardado por gradeamento de ferro. Fundações dos pilares de betão armado executadas com cilindros gravados por havage até à rocha atingindo entre 15m e 17m de profundidade.

Acessos

Avenida Teófilo da Trindade

Protecção

Incluído no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Enquadramento

Urbano, isolado, ligando as duas margens do rio Mira, rodeado por várzeas com pequenas hortas e árvores frondosas; a S. situam-se os antigos Padrões da Barca (v. PT040211080017).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Transportes: ponte

Utilização Actual

Transportes: ponte

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

EMPREITEIRO: Fábrica Vulcano & Colares; ENGENHEIRO: Barbosa Carmona

Cronologia

1885, 15 de novembro - portaria que aprova a construção da ponte; 1886 - início da construção da ponte, na EN 120, ao KM 103,350m, pela Empresa Industrial Portuguesa; 1890 - breve paralização das obras devido à crise económica, financeira e política que atinge o país e em consequência da demissão do efémero Gabinete regenerador de Serpa Pimentel; 1891, março, finais - a Direcção Distrital das Obras Públicas ordena, a solicitação da Câmara, a abertura da ponte aos peões; 1891, agosto - abertura da ponte ao trânsito; a ponte possuía então um tabuleiro superior com 41,800m apoiado num encontro e num pilar-encontro de alvenaria e cantaria, e um viaduto com 91,200m dividido em 6 tramos com c. de 15m cada um, apoiado em pilares metálicos formados por colunas de ferro forjado; 1936 - 1941 - o Relatório de Actividades da Junta Autónoma de Estradas refere a deliberação de se construir uma nova ponte no mesmo local, dada a existente não oferecer as condições de resistência e segurança necessárias; 1935, agosto - 1941, julho - construção da nova ponte segundo projeto do Eng. Barbosa Carmona ficando a empreitada a cargo da Fábrica Vulcano & Colares, sendo aproveitado material não utilizado pela Direcção-Geral dos Caminhos e Ferro; o tramo de 42,15m destinava-se ao tramo rotativo da ponte do Rio Judeu e os dois tramos de 30m às pontes ferroviárias de Garvão e Totenique; para obter o comprimento necessário construi-se um novo tramo de 30m, do lado de São Teotónio; da antiga ponte foi consolidado o pilar-encontro e reconstruído o encontro; construíram-se ainda dois pilares de betão armado (CMOdemira: 2010); 2004 - a ponte é inspecionada, sendo identificada a necessidade de reforço estrutural e melhoria da circulação de peões, daqui resultando a elaboração de um projeto de reabilitação; 2009, novembro - a autarquia solicita à EP Estradas de Portugal, S. A. uma reunião e visita à ponte; 2010, 08 março - o Eng. Eduardo Gomes, Vice-Presidente da EP Estradas de Portugal, S. A., acompanhado de uma equipa técnica realizam visita à ponte e concluem da necessidade de urgência da obra; 2010, 30 abril - publicado em DR o concurso público para a empreitada de obras de reabilitação, reforço da ponte e iluminação decorativa, da responsabilidade da EP Estradas de Portugal, S. A..

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Paredes e pilares de alvenaria de pedra e cal, rebocadas; cunhais e elementos secundários de cantaria; guardas e laje de pavimento de betão; vigas, guardas e elementos secundários de ferro fundido; calçada.

Bibliografia

CÂMARA MUNICIPAL DE ODEMIRA, As Pontes de Odemira, Odemira em Notícia - Boletim Municipal, n.º 2, maio/junho, 2010, pp. 2 - 3; QUARESMA, António Martins, A Barca de Odemira, Odemira, 1993.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; Arquivo Histórico Municipal de Odemira

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; Arrquivo Histórico Municipal de Odemira

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; Arrquivo Histórico Municipal de Odemira

Intervenção Realizada

CMOdemira: 2010 - obras de reabilitação, empreitada no valor de 1 milhão e 200 mil Eur prevendo: reabilitação e reforço estrutural ao Km 103+350, incluindo alargamento do passadiço metálico do lado O., substituição da laje de betão existente por laje de betão leve armado, reforço e tratamento de alguns elementos da estrutura metálica, reforço do pilar P3 e das fundações, instalação de novos aparelhos de apoio, juntas de dilatação e guardas de segurança e pavimentação.

Observações

Autor e Data

Rosário Gordalina 2012

Actualização

 
 
 
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