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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa de função Casa de cantoneiros
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Descrição
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Planta longitudinal irregular. Volumes articulados dispostos na horizontal. Embasamento homogéneo à mesma altura sugerido por uma banda policromada de cor diferente que as restantes paredes. Cobertura heterogénea em telhado de quatro águas, de duas águas e de uma água. Fachada principal a a SO. de quatro corpos a um registo; corpo central é o único organizado na vertical, com a porta principal, de arco recto com moldura simples em cantaria, a que se acede através de um degrau, protegido superiormente por um pequeno beiral recto assente em cornija, solução que se repete em todos os restantes vãos do edifício; sobrepujando o portal, um painel de azulejos em forma de cartela rectangular delimitada superiormente por frontão curvo, ostenta o símbolo da República Portuguesa e a alusão à Junta Autónoma das Estradas, em composição de padrão azul e branco; corpo termina em frontão curvo bem acima da restante linha de beiral do edifício, acompanhando a linha delimitadora do painel de azulejos; corpos laterais assimétricos e acompanhando a curvatura da estrada em que se encontra implantado o edifício; corpo lateral SE., desenvolvendo-se em declive, compõe-se de duas janelas rectangulares dispostas verticalmente, com moldura em cantaria e protecção de pequeno ressalto em forma de beiral, terminando numa linha recta do beiral que suporta o telhado; entre as duas janelas um espelho de trânsito; a ladear a última janela pelo lado SE. uma placa identificadora da Rua; corpo lateral NO. ao portal compõe-se de uma porta de menores dimensões que a principal e uma janela de feição idêntica às restantes, terminando o alçado na linha recta do beiral que antecede o telhado; último corpo rompe o prolongamento rectilíneo da fachada e inverte ligeiramente para N., compondo-se unicamente de uma janela, na secção SE., permanecendo o restante alçado sem qualquer elemento identificador. Fachada lateral SE. organizada num só corpo de registo único, ostentando ao centro uma porta de arco recto com moldura superior em cantaria, a que se acede através de uma pequena rampa protegida por gradeamento férreo; de um lado do portal, uma caixa de electricidade incrustada na parede; do lado S., que se liga à fachada principal do edifício, um sinal de trânsito, duas placas identificadoras do Pólo museológico e da Rua respectiva e um candeeiro público de forma trapezoidal corrente, colocado no ângulo superior da intersecção dos dois alçados; fachada termina na linha recta do beiral. Fachada posterior virada a NE. adossada. Fachada lateral O. adossada a uma propriedade privada de reduzidas dimensões, mais baixa que o pé direito do edifício, deixando ver parte do alçado O., sem decoração ou vãos de iluminação para o interior. INTERIOR: Espaço único de planta rectangular irregular sem elementos de iluminação natural visíveis; pavimento em tijoleira com paredes quase integralmente revestidas por painéis expositivos que chegam ao tecto; este é em caixotões irregulares de madeira, com apliques de candeeiros dirigidos para os painéis e para o espaço interior, contribuindo para uma iluminação difusa. A partir da entrada principal, situada a SE., situa-se um balcão de atendimento a NE., de secção rectangular, com duas prateleiras expositivas; do lado esquerdo, a SO., um painel com prateleiras antecede o primeiro núcleo expositivo, que se prolonga ao longo de toda a fachada principal do edifício, em ligeira curva que se aproxima da caixa murária e atinge o seu ponto máximo de aproximação sensivelmente a meio do núcleo, para depois se afastar dela; a N. após o balcão, desenvolve-se o segundo núcleo expositivo, em planta quadrangular definida por duas paredes, o limite N. do edifício e uma parede a O. que originalmente delimitava as duas divisões principais; esta parede mantém parcialmente o aparelho em xisto não-isódomo, de um lado e do outro; terceiro núcleo expositivo situa-se a O., com acesso através de uma estreita passagem entre o fim desta parede e o longo painel do primeiro núcleo expositivo, apresentando uma planta rectangular irregular, pela delimitação heterogéna do lado O., com portas para dependências de arrumos, instalações sanitárias e um pequeno gabinete de arquivo; exposição de objectos em bases quadrangulares nos segundo e terceiro núcleos, designadamente alfaias agrícolas, barris e instrumentos do quotidiano. |
Acessos
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Cachopo, Rua Padre Múlio Alves de Oliveira; Rua Matos Casaca, n.º 12. WGS84 (graus decimais) lat.: 37,333350, long.: -7,818043 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, meia-encosta, parcialmente adossado, implantado no centro histórico da vila de Cachopo, na sua vertente O., desenvolvendo-se a fachada principal para a rua que circunda a meia-encosta esse mesmo centro urbano. Em relação à Igreja Matriz (v. PT050814010058), localiza-se para O. Fachada lateral, actual entrada no Museu, ligeiramente virada a SE., abre para uma rua íngreme que conduz ao centro da vila. Fachadas posterior e lateral NO. adossadas a edifícios contíguos, estando este último em muito mau estado de conservação. Ligeiro declive no sentido N. - S., com a porta principal localizada diante de uma outra rua, o que beneficia urbanisticamente o portal. |
Descrição Complementar
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Inscrição no painel de azulejos da fachada principal: "J.A.E. / CASA DE CANTONEIROS // Cª. Lusitânia Lisboa". |
Utilização Inicial
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Residencial: casa de cantoneiros |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Luísa Rogado (projecto museográfico) |
Cronologia
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Séc. 20, meados - construção da Casa; 1999 - estudo prévio para a adaptação do imóvel a pólo museológico; 2000 - Obras de adaptação a museu e inauguração. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Estrutura em alvenaria rebocada e caiada; madeira; vidro; tijoleira; telha; ferro |
Bibliografia
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PINTO, Cristina - "Tavira espalha cultura em rede de museus". In Jornal do Barlavento. 13 dezembro 2001. |
Documentação Gráfica
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DGPC: DGEMN:DSID; CMTavira |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID; CMTavira |
Documentação Administrativa
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CMTavira |
Intervenção Realizada
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CMTavira: 1999 / 2000 - obras de adaptação a pólo museológico. |
Observações
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*1 - Núcleos expositivos: 1) O Cachopo no tempo, Problemática do ciclo de povoamento na serra; 2) A Serra e a Vida - lugar de actividade humana e da coexistência de aspectos ecológicos e económicos; 3) Os Trabalhos e os Dias - perspectiva geral do quotidiano. |
Autor e Data
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Paulo Fernandes 2002 |
Actualização
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