Câmara Municipal de Silves / Tribunal de Comarca de Sines

IPA.00016256
Portugal, Faro, Silves, Silves
 
Arquitectura político-administrativa, revivalista, neoclássica. Paços Municipais edificados nos finais de oitocentos com obra concluída a nível de interiores já em meados do séc. 20, num projecto de desenho clássico, com átrio central, iluminado por clarabóia, de inspiração mudéjar. Alçados de alvenaria com elementos definidores de panos e registos e molduras de vãos pétreos ou em argamassa, remates rectos em cornija e platibanda.. Fachada principal de dois registos e panos definidos por pilastras e cunhais toscanos rasgados por amplos janelões, de sacada no registo superior, os maiores, ao centro dos panos, de vergas em arco de volta perfeita.
Número IPA Antigo: PT050813070041
 
Registo visualizado 90 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Político e administrativo regional e local  Câmara municipal  Casa da câmara  

Descrição

Planta rectangular, massa simples disposta na horizontal com cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Alçados de alvenaria rebocada e pintada a cor rosa claro, com embasamento, cornija e platibanda de remate envolventes e cunhais angulares pétreos dispostos em dois registos. Fachada principal a S. de dois registos, definidos por larga cornija arquitravada envolvente, e com três panos, definidos por pilastras sobrepostas e cunhais angulares, munidos de bases; o pano central é subdividido em vários panos, cinco no registo inferior e três no superior, definidos por pilastras que arrancam directamente da verga dos vãos; no 1º registo rasgam-se ao centro, portal em arco de volta perfeita, flanqueado por três janelas de cada lado, as extremas de dois lumes, as adossadas às molduras portal de lume único; nos panos laterais, rasga-se janelão de dois lumes munido de bandeira em arco de volta perfeita, flanqueado por duas janelas de lume único; no 2º registo repete-se idêntico rasgamento de vãos, mas em janelas de sacada, sendo no pano central, o portal substituído por janela de sacada munida de bandeira idêntica à dos vãos laterais; gradeamento em balaústres de ferro; remate em cornija arquitravada sobreposta de platibanda, mais elevada no corpo central, com mostrador de relógio e rematada por plinto coroado flanqueado por aletas; molduras de vãos, cornijas, pilastras e cunhais pétreos; caixilharias das bandeiras desenham roseta semicircular. Fachadas laterais de dois panos, o 1º de dois registos definidos pela cornija envolvente da fachada principal, os extremos, a N., de três registos definidos por cornija simples; no 1º pano rasgam-se inferiormente três janelões, de dois lumes e munidos de bandeira, idênticos aos dos panos extremos da fachada principal; superiormente dois janelões de sacada de idêntico desenho; no 2º pano, rasgam-se inferiormente porta, de molduras rectas, ladeada por três janelas de dois lumes, quadrangulares, duas nos lados extremos e uma do outro, com bandeiras simples de dois lumes; nos registos superiores, rasgam-se em cada, quatro janelas de sacada, de desenho idêntico às inferiores e que no último registo apresentam as bandeiras com recorte em arco abatido e vergas munidas de chave central. Fachada posterior de três registos definidos por cornija; no inferior rasgam-se duas portas e oito janelas, de dois lumes e bandeira rectangular, em esquema a-a-b-a-a-a-a-b-a-a; superiormente, axiais aos vãos inferiores, rasgam-se dez janelas idênticas às dos panos extremos das fachadas laterais, mas as do piso intermédio com bandeiras de lume único. Nos alçados principal e posterior, quatro lanternas em ferro. Todas as caixilharias são de madeira pinta a branco. INTERIOR: acesso ao piso nobre por escadaria pétrea de quatro lances opostos, com alçados revestidos a azulejo de padrão e balaustrada de ferro no último lance; salão nobre com pátio quadrado central abrindo para o poço da escadaria, sobre estrutura metálica de pilares iluminado pela clarabóia do lanternim da cobertura em cúpula octogonal; tambor rasgado por quatro óculos circulares e panos enquadrados por molduras de argamassa definindo painéis com decoração de estuque em padrão geométrico.

Acessos

Largo do Município

Protecção

Enquadramento

Urbano, no antigo rossio extramuros, junto ao Torreão das Portas da Cidade (v. PT050813070018), a E., e ao Pelourinho (v. PT050813070004)., em local de transição entre a área intra-muros e o arrabalde. A área envolvente desenvolve-se em dois níveis, sendo imóvel onstruído sobre a linha da antiga muralha (v. PT050813070018) e os Antigos Banhos árabes (v. PT050813070040), cuja arcaria suporta parcialmente o patamar sobre o qual se ergue, elevado em relação à Praça do Pelourinho, (actual Lg. do Município), de configuração quadrangular, centro da vida social e administrativa da cidade.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Política e administrativa: câmara municipal

Utilização Actual

Política e administrativa: câmara municipal / Judicial: tribunal de comarca

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

PROJECTISTA: Gregório Nunes Mascarenhas; CONSTRUTOR: João Vitorino Mealha e Arq. Jorge de Oliveira; DESIGNER: Samora Barros (mobiliário)

Cronologia

1755, 01 Novembro - o edifício da antiga Cadeia, instalado, após a reconquista, nos primitivos Banhos Muçulmanos, é danificado pelo terramoto (MENDONÇA, 1758); 1880 -1890 - construção, no local onde se situavam os Antigos Banhos Muçulmanos, dos novos Paços Municipais, até aí funcionando no Torreão das portas da Cidade (v. PT050813080018), sob projecto do industrial republicano Gregório Nunes Mascarenhas em equipa com o construtor João Vitorino Mealha, consagrando a zona como novo centro admnistrativo da urbe; a construção do imóvel sobre a linha da antiga muralha (v. PT050813070018) implicou a destruição de um troço da mesma (numa extensão de c. de 40m), de uma torre albarrã a ele adossada e de parte dos antigos Banhos Muçulmanos; 1891- data na porta principal; 1890, até c. de - a antiga Casa da Câmara e Tribunal Judicial, funcionando no Torreão das Porta da Cidade ( v. PT050813070018 ) são transferidos para o novo edifício; 1930 - 1940 - conclusão do imóvel, a nível de interiores (salão nobre), sob projecto do Arq. Jorge de Oliveira, sedeado em Faro e com mobiliário desenhado por um artista local, Samora Barros.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Alvenaria mista, rebocada e pintada, cantaria, argamassa, estuque.

Bibliografia

FERNANDES, José Manuel, Silves na transição dos séculos XIX - XX: aspectos urbano-arquitectónicos, Revista Monumentos, nº 23, Lisboa, 2005, pp. 38 - 45; MENDONÇA, Joachim Joseph Moreira de, História Universal dos Terramotos, Lisboa, Officina de António Vicente a Silva, 1758; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1951, Lisboa, 1952.

Documentação Gráfica

CMSilves

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

CMSilves

Intervenção Realizada

Observações

EM ESTUDO

Autor e Data

Rosário Gordalina 2005

Actualização

 
 
 
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