Pelourinho de Mêda

IPA.00001594
Portugal, Guarda, Mêda, União das freguesias de Mêda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa
 
Pelourinho quinhentista, de gaiola octogonal, com soco octogonal de cinco degraus, fuste octogonal e capitel com a mesma estrutura. Apresentaria afinidades com os pelourinhos de Marialva (v. IPA.00001492) e Aveloso (v. IPA.00001490). Falta do chapéu e colunelos da gaiola, a qual, segundo alguns autores, seria semelhante à do Pelourinho de Muxagata (v. IPA.00001523).
Número IPA Antigo: PT020909090006
 
Registo visualizado 357 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição senhorial  Tipo gaiola

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco octogonal de cinco degraus, encontrando-se os três primeiros intersectados pelos degraus existentes no largo. Coluna de fuste octogonal com base quadrada chanfrada nos ângulos, onde existe pequena peça enrolada. Capitel em forma de pirâmide invertida truncada de base octogonal, assente em anel de secção octogonal e de maior diâmetro *1.

Acessos

Meda, Largo da Igreja; Rua da Cadeia. WGS84 (graus decimais) lat.: 40.962877; long.: -7.263408

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 23 122, DG, 1ª série, nº 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado em zona com forte pendor de inclinação, sobranceiro ao cabeço denominado Morro do Castelo ou da Torre do Relógio (v. IPA.00007689). Espaço marcado por lanço de degraus que intersecta o soco do pelourinho. Situado nas proximidades da Igreja Paroquial de Mêda, com fundação do séc. 16 (v. IPA.00007680) a oriente, do edifício do Largo da Igreja n.º 100 a 104 (v. IPA.00030262) a norte, e do edifício do antigo tribunal e cadeia e actual Museu Municipal (v. IPA.00030233), a sul.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 16 (conjetural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Época romana - hipotética localização de Medóbriga, por referência aos Medobricenses mencionados na ponte de Alcântara; 1145 - pertencia à Ordem do Templo, que incorporou os bens de um cenóbio beneditino instalado no sítio do Castelo; 1319 - transferência para a Ordem de Cristo; 1519 - concessão de foral por D. Manuel, onde se refere vila e concelho, mas sem referência a foral antigo; era, nesta data, um importante centro cerealífero; 1708 - a povoação, com 330 vizinhos, pertence ao Conde da Castanheira, comendador da vila, da Ordem de Cristo; 1758, 07 maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Frei Manuel Leal Pimentel, é referido que a povoação, com 250 vizinhos, é do rei e pertence à Comarca de Pinhel; tem juízes ordinários e oficiais da câmara; 1820 - D. Maria Francisca de Mendonça Corte Real era proprietária da Comenda; 1836, 6 novembro – na sequência do decreto da reforma administrativa, o concelho de Meda recebe as freguesias de Aveloso, concelho extinto, Casteição, concelho extinto e a sua antiga freguesia de Outeiro de Gatos, Longroiva, concelho extinto, Ranhados, concelho extinto e a sua freguesia de Poço do Canto *2; Meda pertence à comarca de Trancoso; 1872 – Meda recebe as antigas freguesias de Marialva que, com a extinção do concelho em 1855, haviam sido integradas no concelho de Vila Nova de Foz Côa, Barreira, Carvalhal, Coriscada, Pai Penela, Rabaçal e Vale Flor, então Val de Ladrões (DG n.º 288, de 19 dezembro), bem como a freguesia da Prova, de Penedono; 1875, 12 novembro – restaurada a comarca de Meda *3; 1895 – Meda integra no concelho a freguesia de Fonte Longa, do concelho de Vila Nova de Foz Côa; 1836 - anexação das freguesias dos concelhos de Aveloso, Casteição, Longroiva e Ranhados; pertencia à comarca de Trancoso; séc. 20, 1ª metade - destruição do remate do pelourinho, devido a vendaval; 1976 - indeferimento de pedido da Câmara Municipal para reconstrução do remate do pelourinho; 2005, 26 Janeiro - elevação de Mêda a cidade; 2011 - a freguesia de Meda tem 1987 residentes e 1328 fogos para 736 famílias; 2013, 29 janeiro - Meda, que tinha 16 freguesias, passa a contar com três uniões de freguesias (UF de Mêda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa, UF de Prova e Casteição, e UF de Vale Flôr, Carvalhal e Pai Penela) e oito freguesias (Aveloso, Barreira, Coriscada, Longroiva, Marialva, Poço do Canto, Rabaçal e Ranhados) (Lei nº 11-A/2013, de 28 janeiro

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

AZEVEDO, Joaquim de - História Eclesiástica da Cidade e Bispado de Lamego. Porto: Typographia do Jornal do Porto, 1877; COIXÃO, António do Nascimento Sá e TRABULO, António Alberto Rodrigues - Evolução político-administrativa na área do actual concelho de Vila Nova de Foz Côa. Vila Nova de Foz Côa: Câmara Municipal, 1995; COSTA, António Carvalho da (Padre) - Corografia Portugueza…, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1708, vol. II; LEAL, Pinho - Portugal Antigo e Moderno. Lisboa: Mattos Moreira, 1873; MALAFAIA, E.B. de Ataíde - Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral. Lisboa: Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; REAL, Mário Guedes -«Pelourinhos da Beira Alta» in Beira Alta. Viseu: 1968; RODRIGUES, Adriano Vasco - Terras da Mêda. Mêda: Câmara Municipal, 1983; SANTOS, Clarinda Moutinho dos - «SEC - Actividade Cultural da Zona Centro» in Boletim Informativo Dedicado ao Concelho da Mêda. Coimbra: 1991; SIÃO, José - Vila de Meda e seu concelho. s.l.: 1997; SARAIVA, Jorge António Lima Saraiva - O Concelho de Meda, 1838-1999. Meda: Câmara Municipal, 1999; SOUSA, Júlio Rocha e - Pelourinhos do Distrito da Guarda. Viseu: 1998; TRABULO, Coronel João Manuel Pais. Terras da Meda, https://pt-br.facebook.com/TerrasDaMeda

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

DGPC: DGEMN/DSID; DGLAB/TT: Memórias Paroquiais, vol. 23, n.º 102, fl. 675-678

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - este constituía a base da gaiola; com base na documentação gráfica, o IPPAR propõe-se a reconstituição da gaiola do pelourinho. *2 - Pelo Decreto de 6 de Novembro de 1836 (Quadro nº 9 – Organização do Distrito Administrativo da Guarda) o concelho de Meda integraria as freguesias de Fonte Longa, do extinto concelho de Longroiva, e Prova, do concelho de Penedono. Contudo, a bibliografia refere que Prova só é integrada no concelho em 1872 e Fonte Longa, então do concelho de Vila Nova de Foz Côa, só em 1898 apesar do normativo que o impõe ser de 1895. *3 – Da restauração da comarca decorre a necessidade de construção do edifício de Tribunal e Cadeia (v. IPA.00030233), segundo alguns autores, em parte, com a pedra obtida da demolição da antiga torre-celeiro, coeva do cenóbio beneditino, existente perto ou no local do novo edifício.

Autor e Data

Margarida Conceição 1992

Actualização

João Almeida (Contribuinte externo) 2018
 
 
 
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