Jardim do Largo António Nobre

IPA.00015821
Portugal, Ilha da Madeira (Madeira), Funchal, São Martinho
 
Jardim público urbano, de construção novecentista e de pequenas dimensões. Implantado sobre escarpa formando miradouro, apresenta planta retangular, com alameda de conservadeiras e bancos corridos, em alvenaria rebocada, com capeamento a cantaria e ângulos revestidos a azulejos, formando ainda pérgula de trepadeiras, dos inícios dos anos 40 do séc. 20, e com canteiros de diferentes formas geométricas de flores sazonáis e árvores de grande porte. No centro, integra num canteiro busto em bronze do poeta António Nobre, que deu o nome ao jardim. Ergue-se junto dos principais e mais antigos hotéis da Madeira, disposto sobre o Ribeiro Seco.
Número IPA Antigo: PT062203070146
 
Registo visualizado 80 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Espaço verde  Jardim  Jardim  Formal    

Descrição

Pequeno jardim de planta rectilínea inscrito numa plataforma rectangular com orientação N. / S., colocada sobre uma escarpa. No lado da escarpa, corre muro de alvenaria rebocada e pintada de amarelo forte e com capeamento e ângulos revestidos a azulejos vermelhos, integrando a espaços regulares conversadeiras; sensivelmente a meio, surgem frontalmente, a N., bancos corridos igualmente pintados de amarelo e com capeamento e ângulos azulejados a vermelho; entre os bancos erguem-se pilares do mesmo tipo, suportando pérgula formada por estrutura de travejamento de madeira com trepadeiras. Sobre os muros erguem-se ainda candeeiros para iluminação. Os canteiros, de diferentes formas geométricas, sendo o central circular, possuem relvado, um roseiral, flores sazonais e são pontuados por árvores de grande porte: buganvílea ("Buganvillea hybrids", Brasil), encefalatos ("Encefalartos transvenosos", África do Sul), carolina abissínia ("Erythina abyssinica", África Tropical), figueiras da Índia ("Ficus banjamina", Ásia), jacarandás ("Jacaranda mimosifolia", Argentina), palmeira anã ("Phoenix roebilini", Assam, Vietname) e chama da floresta (Spathodea campanulata", África Tropical). A meio do jardim, ergue-se num dos canteiros coluna de mármore canelada suportando o busto de bronze de homenagem a António Nobre, junto da qual se dispõe placa de cantaria regional cinzenta com a inscrição "A António Nobre / que aqui viveu e / cantou / homenagem da / Câmara Municipal do Funchal / Dezembro de 1941". Os caminhos interligando cantareiros e o restante jardim são pavimentados em lajes irregulares de cantaria basáltica.

Acessos

São Martinho, Largo de António Nobre

Protecção

Categoria: VL - Valor Local, Resolução do Presidente do Governo Regional n.º 981/2000, JORAM, 1.ª série, n.º 60, de 04 julho 2000

Enquadramento

Urbano, sobre a escarpa do Ribeiro Seco e com vista sobre a escarpa fronteira e ponte do Ponte do Ribeiro Seco, articulando-se com o pequeno jardim murado em meia laranja, onde se eleva o Fontanário do Lg. de António Nobre (v. PT062203070028); a N. corre estrada, com passeio separador.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Recreativa: jardim

Utilização Actual

Recreativa: jardim

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

ESCULTOR: Tomás Costa.

Cronologia

Séc. 20, inícios - construção do então jardim do Ribeiro Seco; 1929, 24 outubro - decisão municipal de homenagear a memória do poeta António Nobre, que vivera na Madeira entre Fevereiro de 1898 e abril de 1899, dando o seu nome ao largo do Ribeiro Seco; 1941, 28 dezembro - inauguração do busto no jardim que passou a ter o seu nome.

Dados Técnicos

Terraceamento.

Materiais

Inertes: cantaria regional, alvenaria pintada, azulejos, mármore e bronze; vivos: flores sanzonais, buganvílea ("Buganvillea hybrids", Brasil), encefalatos ("Encefalartos transvenosos", África do Sul), carolina abissínia ("Erythina abyssinica", África Tropical), figueiras da Índia ("Ficus banjamina", Ásia), jacarandás ("Jacaranda mimosifolia", Argentina), palmeira anã ("Phoenix roebilini", Assam, Vietname) e chama da floresta (Spathodea campanulata", África Tropical).

Bibliografia

SILVA, Padre Fernando Augusto da, Elucidário Madeirense, vol. 2, Funchal, 1945, pp. 437 - 439; AFFONSO, Eng. José, Funchal. Flora e Arte nos Espaços Verdes, Funchal, 1996, pp. 53 e 82; VERÍSSIMO, Nelson e TRUEVA, José Manuel de Sainz, Inventário de escultura da Região Autónoma da Madeira, Funchal, 1998, pp. 17 - 18.

Documentação Gráfica

DRAC; CMF

Documentação Fotográfica

Museu Vicentes Photographos, colecção Perestrellos; DRAC

Documentação Administrativa

CMF; DRAC

Intervenção Realizada

Observações

*1 - A estadia de António Nobre na ilha, percorrendo vários hotéis e pensões, não teria decorrido da melhor maneira, queixando-se o mesmo amargamente em várias cartas para o continente, que o clima demasiado quente e húmido o estava a prejudicar mais que beneficiar. *2 - Do programa da homenagem de 1941, para além de descerrar o busto de António Nobre (1867 - 1900), foram recitadas quatro das poesias que o poeta escrevera na Madeira: o soneto "Ó Virgens que passais ao Sol Poente", "Intermezzo Ocidental", "As Meninas da Madeira" e "Antes de partir", poesias editadas em "Despedidas: 1895 - 1899". O busto que Tomás Costa havia feito do poeta em Paris, foi editado em 1898, por altura da 2ª edição do "Só", em Lisboa pela editora Guillard, Aillaud e Cª na antiga Livraria Gomes, no Chiado. *3 - Escreveu-se que na apresentação do "Só", onde estava exposto o busto, a rainha D. Amélia e a condessa de Sabugosa perante o mesmo busto, teriam querido conhecer o poeta, que aliás se encontrava nessa altura na livraria, ao que o mesmo, já muito doente, se recusou.

Autor e Data

Rui Carita 2003

Actualização

 
 
 
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